O EXPERIMENTO FILADÉLFIA
Por Al Bielek, na conferência
sobre Ets e Governo
11-12 de agosto de 1990, Sedona,
Arizona, EUA
Meu nome é Al Bielek. Sou
um sobrevivente do Experimento Filadélfia - assim chamado porque sua última fase foi realizada nas
docas de Filadélfia, Pensilvânia. Quantos de vocês sabem alguma coisa sobre o
que foi o Experimento Filadélfia? Bastante, parece que a história tem
circulado. Vocês têm alguma idéia de como começou? Quantos de vocês pensam que
começou durante a guerra entre 41- 42? Quantos acham que começou mais cedo?
Mais uma vez, vocês estão certos.
Essa história teve início muito
antes da guerra, em
Naquela época, havia uma grande
especulação por parte da imprensa sobre a possibilidade de tornar objetos invisíveis
e fazê-los ir de um ponto A para um ponto B, instantaneamente.
Foi então que essas três pessoas resolveram ver se podiam fazer alguma coisa a esse respeito e começaram a estudar o que seria necessário fazer para tornar um objeto como - não vou dizer um navio da Marinha, mas quem sabe uma caixa comum, invisível. Aparentemente, rumores começaram a se espalhar e a Marinha começou a interessar-se, passando a fornecer os fundos para a pesquisa.
Em 1934, ainda sem resultados importantes, a pesquisa foi
transferida para o Instituto de Estudos Avançados (Institute of Advanced
Studies) em Princeton, Nova Jérsei. O Instituto que havia sido fundado em 1930,
só começou a funcionar de verdade a partir de 1933 quando pessoas de peso, como
Albert Einstein, foram convidadas a dele participar. Einstein partira da
Alemanha em 1930 e ensinara em Cal-Tech durante 3 anos. Com a novo emprego,
mudou-se para Nova Jérsei, onde morou até sua morte em 1955. O Dr. John von
Neumann entrou na equipe em 1933; também havia deixado a Alemanha em 1930,
tornando-se um professor adjunto no Instituto - para ser mais exato, na
pós-graduação da Universidade de Princeton. Juntou-se ao Instituto, em1933.
Todo mundo sabe alguma coisa
sobre Tesla, mas quase nada sobre sua história, porque muito pouco foi publicado
a esse respeito. Quantos de vocês já viram um filme Iugoslavo chamado O
Segredo de Nikola Tesla de
Xavier Productions? Poucas pessoas o viram. É um filme excelente, bem feito,
com mais ou menos duas horas de duração. Mostra sua infância e o início de sua
vida de adulto nos EUA, como se envolveu em pesquisas e as armadilhas e
tribulações que enfrentou.
Tesla nasceu em 1863 em Smoljian,
de pais pobres; o pai era pastor e a mãe, apesar de analfabeta, possuía bastante
habilidade como inventora. Tesla queria ser engenheiro, porém seu filho
preferia que se tornasse pastor. Quando Tesla ficou gravemente enfermo, seu pai
reconsiderou a questão, consentindo que fizesse engenharia. Matriculou-se em
1879 e cursou um ano, até seu pai morrer (tudo está nos arquivos públicos).
Sem poder pagar seus estudos,
Tesla continuou freqüentando a universidade como ouvinte. Nunca recebeu um
diploma, mas era muito estimado por seus professores. Trabalhou algum tempo na
companhia telefônica iugoslava e depois, uns dois anos na divisão européia da
Companhia Edison em Paris.
Em 1884, com a idade de 21
anos, embarcou para os EUA. Tendo perdido sua bagagem durante a viagem, apresentou-se
ao Serviço de Imigração dos EUA somente com “um livro de poesias, quatro
centavos no bolso e o conhecimento de onze línguas.” Mas talvez o mais
importante, fosse uma carta de apresentação para Thomas Alva Edison, escrita
pelo diretor da European Works.
Tesla trabalhou no que aparecia,
inclusive cavando fossas, até conseguir ver Edison. Os dois não se entenderam
muito bem no início. Na Europa, Tesla havia desenvolvido o sistema polifásico
de corrente alternada (CA), usado hoje
Foi “descoberto” pelo
chefe da Western Union, que vendo-o um dia, perguntou-lhe: “O que você está
fazendo aí, nesse buraco?” “Estou cavando.” respondeu. “ Que tal desenvolver um motor de CA, que ouvi dizer
que você projetou?” Tesla respondeu: “Sim, mas não tenho dinheiro nem
laboratório”. Ficou combinado então que a Western Union patrocinaria o projeto
com U$30.000 dólares e isso foi o sinal de partida para o Sr. Tesla.
Ele construiu seu primeiro motor
e sistema gerador; tornou-se também um palestrante famoso no Instituto de Engenharia
Elétrica de Nova Iorque. Em uma dessas palestras conheceu George Westinghouse,
diretor-presidente das Indústrias Westinghouse. Westinghouse ofereceu-lhe jantar e U$1 milhão em dinheiro em troca de
suas vinte patentes, o que era muito dinheiro naquela época. Westinghouse
também disse, “ Pagarei um dólar por unidade de força (horsepower), para cada
unidade de força gerada pelos seus sistemas”. Tesla não estava levando a sério
a oferta, mas Westinghouse, sim. Fizeram um acordo e a partir daquele momento,
as coisas começaram a progredir.
Tesla naturalizou-se cidadão
americano em 1887. Teve sua audiência com Edison. Conheceu também, um certo J.
Pierpont Morgan, que passou a figurar proeminentemente em sua vida financeira,
assim como na de Edison e outros. Aconteceu então, talvez, a virada mais
importante de sua vida - a concorrência para construir a maior usina hidrelétrica
dos EUA,
Tesla construiu o sistema
com grande sucesso. Em seguida, em 1893, iluminou a Feira Mundial de Chicago
além de mostrar ao público, o modelo de um barco controlado por rádio (isso,
dez anos antes do anúncio da invenção do rádio por um certo Sr. Marconi, na
Itália, que mais tarde, figurou proeminentemente em batalhas legais). De
qualquer maneira, Tesla repetiu a demonstração em 1898 no Madison Square
Garden, para satisfação de todos, inclusive do Sr. Morgan. Em 1899, decidiu fazer mais pesquisas e foi para
Colorado Springs, onde construiu um laboratório famoso, onde durante dois anos
fez diversas coisas interessantes. Construiu uma espiral Tesla gigante, que
ainda consta como um recorde (se procurarem nos livros certos).
Descobriu muitas coisas, dentre
elas, aparentemente, ser possível comunicar-se com Extraterrestres. Fez uma
declaração nesse sentido para a imprensa, quando já estava no final de seu
trabalho
Tesla continuou a explorar outras áreas. Queria desenvolver um
sistema de força sem fio, além de ter
idéias sobre comunicação sem fio, rádio e televisão. Morgan estava
totalmente convencido e patrocinou a construção da famosa torre Warden Cliff
O trabalho na torre foi abandonado em 1911, e essa foi dinamitada
por desconhecidos; ainda existem fotografias. Em
Tesla vai para Washington
Na ocasião, Franklin Delano
Roosevelt era sub-secretário da Marinha e convidou Tesla para ir a Washington
oferecendo-lhe um trabalho na Marinha. Mesmo com a guerra, Tesla respondeu:
“Certamente.” Naquela época, ele fazia parte da Companhia Marconi Americana
(American Marconi Company), na área de Nova Iorque. Durante a guerra ela foi
ocupada pelo governo americano, por ser considerada um possível ninho de
sabotadores, espiões, etc. - numa demonstração típica da histeria de guerra. O
Sr. Tesla permaneceu na organização e trabalhou muito.
Entre outras coisas, Tesla
desenvolveu o sistema de comunicação Rogers, que foi mantido secreto e
registrado sob o nome Rogers e não Tesla. Ele possibilitou, durante a I Guerra
Mundial, uma comunicação verbal com a Europa, livre de estática, coisa inédita
na época. Foi uma operação militar, que veio a conhecimento público em 1923, quando
Hugo Gernsback, ou alguém de sua equipe escreveu um artigo a respeito. O
sistema desapareceu. Porém, foi patenteado em nome de Rogers, funcionou e ainda
é usado.
Em 1919, decidiram formar uma
nova empresa com o que havia sobrado da Companhia Marconi (Marconi Company) -
RCA - Corporação Radiofônica da América (Radio Corporation of America). Foi
incorporada em 12 de agosto de 1919
tornando-se uma entidade operacional em dezembro de 1919. Tesla era um
de seus melhores engenheiros; mais tarde, tornou-se diretor do departamento de
engenharia. Em 1935, tornou-se diretor mundial de pesquisas em engenharia além
de vice-presidente, cargo do qual aposentou-se em 1939.
Dificilmente era o recluso que foi apresentado no filme; uma das
razões era seu cargo executivo. Houve uma grande festa por ocasião de sua
aposentadoria
Em 1931, Tesla envolveu-se com o
projeto de invisibilidade que havia sido transferido para o Instituto em 1934,
mas também trabalhava em outras coisas, como um sistema de armamento de raios
feito de partículas, que foi desenvolvido em meados dos anos trinta. Foi
oferecido a vários governos ao mesmo tempo - EUA, Grã-Bretanha, Canadá, que o
recusaram, com exceção da Rússia que comprou um modelo operante por U$25.000,
assim me disseram.
Outra coisa em que trabalhou, foi
um sistema de raio-mortal - na verdade, um laser extremamente potente - em
1938/39 e que foi demonstrado
O primeiro teste parcialmente bem
sucedido do projeto de invisibilidade do Instituto de Estudos Avançados, realizou-se
em 1936. Conseguiram tornar um objeto do laboratório parcialmente invisível.
Todos pensaram que, pelo menos, essa era uma confirmação parcial do trabalho
teórico; estavam trabalhando na direção certa. A Marinha aumentou seu
patrocínio financeiro. Encontraram-se de posse de uma boa soma para gastar e
certamente, Franklin Delano ficou muito contente com os resultados. Mais
algumas pessoas entraram na equipe. O Instituto, por sinal, não estava
vinculado somente a esse projeto; estava envolvido em muitos outros, e seus
programas de pesquisa cobriam uma boa gama.
O projeto não era
considerado secreto naquela época. Em 1940, conseguiram seu primeiro sucesso
total, utilizando um navio tênder - um pequeno navio da Marinha - no estaleiro
do Brooklyn. Colocaram o equipamento no navio; não havia funcionários, pela
simples razão que não queriam correr riscos, no caso de algum problema. O
tênder ficou posicionado entre outros dois navios onde estava colocado o
equipamento que ligava as espirais no tênder; a força passava através de longos
cabos. O equipamento foi ligado tornando o navio invisível; foi um grande
sucesso. Lembrem-se de que não havia ninguém a bordo. Fizeram funcionar as
ferragens.
Bem, a Marinha estava extasiada.
Decidiram ir fundo pedindo fundos ilimitados, tornando o projeto secreto e dando-lhe
um novo nome - Project Rainbow (Projeto Arco-Íris). Obviamente, todos que
estivessem trabalhando nele tinham que ser aprovados pela segurança.
Minha História Pessoal
Suponho
que a essas alturas eu deva explicar como entro nessa história. Foi mais ou menos em 1940.
Nasci em 4 de agosto de 1916, Bayshore, Long Island, filho de
Alexander Duncan Cameron Sr. e meu nome era, originalmente, Edward A. Cameron
II. Meu pai era uma figura estranha e enigmática; engajou-se na Marinha em
1913, creio eu. Não conseguimos encontrar nenhum registro oficial que mostrasse
quando se alistou. Há uma foto dele em uniforme, de antes ou do início da I
Guerra Mundial. Sem dúvida, serviu os 20 anos de praxe e aposentou-se, porque
nunca mais trabalhou. Adotou como hobby a construção de veleiros e competir em
regatas; ainda existem algumas taças de ouro. Também foi um homem de muitas
mulheres - cinco esposas seguidas e quem sabe quantas amantes. De qualquer
maneira, éramos uma família grande. Há indicações de que mantinha ligações com
o serviço secreto, enquanto estava engajado. Novamente, não há nenhum registro
para mostrar o que fazia. Tudo foi removido dos arquivos e dos registros
familiares. A única coisa que restou foi um álbum de retratos e ainda assim
incompleto.
Tenho um meio-irmão (para ser
franco, nem sei quantos meio-irmãos), Alexander Duncam Cameron Jr., que foi o
segundo a nascer, em maio de 1917 e o mais próximo a mim. Fomos criados por tio Arnauld na “casa
grande”
O que foi que fizemos então?
Aprendemos, antes de mais nada, a respeito do
projeto, o que deveria realizar e conhecemos o Dr. Von Neumann, naquela
época, assistente de Tesla. Ocasionalmente, víamos um certo Albert Einstein
correndo pelos corredores; uma espécie de chefão, consultor de todos os projetos do Instituto.
Se alguém tinha um problema, procurava Albert - o General, como às vezes era
chamado. É claro, que Tesla, como diretor do projeto, comandava o show.
Após o sucesso do teste de 1940,
nos estaleiros do Brooklyn o projeto foi rebatizado de Projeto Rainbown e tornou-se
secreto. Abriram escritórios nos estaleiros de Filadélfia e ficamos entre essa
cidade e Princeton. Animado com os resultados, Roosevelt deu a Tesla um navio
de guerra tripulado para utilizar em seus experimentos de invisibilidade. Com
isso, Tesla atingiu um certo status; encomendou mais equipamento e projetou um
sistema maior. Devo admitir que seu ponto-de-vista era muito interessante,
muito especial: usava uma combinação de campos magnéticos de alta potência,
além de campos “rf”. Isto estava relacionado com um outro trabalho mais antigo.
Logo antes da II Guerra Mundial, os alemães haviam desenvolvido uma mina
magnética que não dependia do contato do casco do navio para explodir, mas sim
da concentração dos campos magnéticos da Terra pelo casco do navio, para
fornecer uma grande assinatura magnética, que detonaria o mecanismo responsável
pelo detonamento da mina. A Marinha, muito preocupada, resolveu fazer algo.
T. Towsend Brown
Esse trabalho precedeu em um ou
dois anos o Experimento Filadélfia e foi realizado no Instituto e nos
estaleiros da Marinha
O sistema utilizado inicialmente
teve muito sucesso e consistia em envolver todo o casco do navio em serpentina
de fio de grosso calibre. Um equipamento especial a bordo seria ligado, gerando
pulsações magnéticas de alta potência ao longo do casco, o que daria a
impressão de um grande navio aproximando-se da mina magnética, detonando-a a
uma distância segura do mesmo. Mais tarde, Towsend também deu sua contribuição
ao Experimento
Filadélfia.
Creio ser importante fazer uma
pequena descrição matemática: há muita história precedendo estes acontecimentos.
O Sr. Tesla, era um homem bastante incomum. Não tinha diplomas, mas possuía uma
intuição incrível, não só em relação à natureza como também à matemática. Era
um auto-didata; aprendeu 11 línguas e livros de poesia inteiros. Estava
acostumado a passar muitas horas acordado estudando por conta própria, assim
como na universidade onde era um aluno excelente. Porém, sua matemática era de
1880, ou seja, do século passado.
Há outras pessoas que são importantes na história deste projeto.
Darei um breve relato.
David Hilbert
O Dr. David Hilbert, nasceu em 1862
na Alemanha, onde fez o doutorado em matemática e foi professor; pelo o que eu
saiba, nunca deixou o país. Aposentou-se em 1930, mas não sem ter antes
desenvolvido um número incrível de novos sistemas matemáticos, sendo o quinto
deles conhecido como O Espaço Hilbert, considerado o mais importante,
por oferecer uma descrição matemática de universos e de realidades múltiplas, o
que foi de grande valia para o que no futuro ficou conhecido como Experimento
Filadélfia.
John Von Neumann
Von Neumann, filho de um rico
comerciante judeu, nunca teve problemas financeiros. Nasceu na Iugoslávia e tinha
dois irmãos e uma irmã. Estudou em várias universidades, diplomando-se em 1925,
com um doutorado em química e outro, vejam vocês,
Von Neumann, partiu do trabalho de Hilbert e em 1940, havia
desenvolvido sistemas matemáticas completamente novos - a nova álgebra - seu trabalho dentro do projeto tornou-se
muito importante.
Outro matemático pouco conhecido, mas muito importante no
projeto, formou-se não se sabe onde, mas foi professor em MIT, Massachussets Institute of Technology
(Instituto de Tecnologia de Massachussets). Trabalhou como assistente de
professor de matemática até 1955 quando tornou-se catedrático, cargo que ocupou
até a sua morte em 1976. Contribuiu com muitos livros sobre matemática, mas seu
trabalho mais importante foi as Equações
do Tempo, intricados meios matemáticos
para desenvolver um sistema envolvendo tempo e sua relação com nosso
universo, algo pouco conhecido ou apreciado pelos leigos. Não vivemos em um
universo tridimensional, mas sim de cinco dimensões. A importância desse fato
não pode ser suficientemente enfatizada. Em 1931, um matemático russo, P.D.
Ouspensky, escreveu um livro chanado Tertium
Organum, Um Novo Modelo do Universo, no qual afirma a mesma coisa - vivemos
em um universo de cinco dimensões. A quarta dimensão, conforme afirmou
Einstein, é o tempo. Ouspensky, não foi nada claro a respeito da quinta
dimensão, o que não foi o caso com nosso
cavalheiro das Equações do Tempo que foi bastante enfático sobre sua
importância e descreveu o tempo como um vetor bidimensional: um vetor linear,
que é a quarta dimensão e um vetor rotativo ou cone de hélice, na dimensão linear
(se considerarmos o tempo como uma função linear). Para nós, o tempo é linear,
fluindo continuamente e tudo o mais com ele. De outro modo, os coisas estariam
aparecendo e desaparecendo dentro do nosso continuum. Não estou me referindo à OVNIs,
mas à nossa vida diária. Isso tornou-se muito importante para a função que
estávamos tentando desenvolver no Instituto - uma estrutura de cinco dimensões.
Após 1940
O que aconteceu após 1940? A teoria foi desenvolvida. O sr.
Tesla decidiu qual seria sua abordagem: campos magnéticos de alta-potência,
emitidos a partir de quatro bobinas do tipo- Tesla, colocados no deck do navio
e quatro grandes transmissores “rf”, de aproximadamente meio megawatt cada,
modulados de forma análoga, o que quer dizer, uma modulação contínua com ondas
de formato muito complexo - tudo baseado no trabalho que já havia realizado no
estaleiro da Marinha no Brooklyn. Estávamos lá durante parte do projeto e
ajudamos a construir parte do equipamento. Muita coisa foi construída fora: os
geradores principais foram feitos na Westinghouse e os transmissores “rf”, pela
Federal Electric. O projeto progredia. Enquanto isso, Tesla havia desenvolvido
na RCA, receptores “rf” de longo alcance, poderosos e muito sensíveis, utilizados
pela RCA em sistemas de comunicação global aparentemente. Duas pessoas que
conheceram-no em sua velhice, garantiram-me que com esse equipamento, mais seus
próprios transmissores, Tesla mantinha comunicações com Extraterrestres. Viram
o equipamento, mas não entenderam o que viram.
Tesla possuía muitos
laboratórios, fato ignorado por muitos. Morava no último andar no Hotel
NewYorker, onde estava instalada parte de seu laboratório, com seus receptores.
Os transmissores estavam instalados no Waldorf Astoria, outro hotel muito conhecido,
no qual possuía o último andar e as torres gêmeas. A maior parte da conta era
paga pela RCA (uma pesquisa rápida desvendou esse detalhe). Ele não podia
colocar todo seu equipamento no mesmo local, por causa da interferência dos
transmissores nos receptores. A comunicação, aparentemente, era muito
importante, crucial mesmo, para esse projeto. O hardware foi projetado e
construído por Tesla: com “receita caseira”, terrestre, baseado em nossos
conhecimentos e ciência e nossa matemática. Não falei com ele a esse respeito, mas em algum momento, Tesla recebeu informações de extraterrestres.
Soube que teria que enfrentar problemas com funcionários, que fariam parte do
experimento e pediu mais tempo para a Marinha. Isso foi no fim de
Tesla se Retira do Projeto
Àquela altura, Tesla tinha duas opções: arriscar-se na
esperança de que o problema não fosse tão sério quanto previsto, cancelar o
teste ou sabotá-lo. Escolheu a última. Recusou-se a aceitar a responsabilidade
pelo que poderia acontecer às pessoas e sabotou o teste, tirando o equipamento
de sintonia, assegurando-se de que parte dele não funcionaria direito, ou não
ligaria, ou que os campos não se desenvolveriam. Assim, quando os interruptores
foram ligados, nada aconteceu. A coisa foi um grande desastre. Então, Tesla
disse: “Sinto muito senhores, o teste foi um fracasso. Estou de saída. Tenho
outras coisa a fazer. Há um homem muito bom que pode ficar no meu lugar, o Dr.
John Von Neumnn. Ele pode ser o novo diretor.” Von Neumann foi designado como
novo diretor no dia seguinte.
O que foi então que Neumann fez?
Primeiro disse à Marinha: “Tenho que estudar o problema”(o que era óbvio e
lógico). Como não forneceu um prazo, a Marinha não teve escolha. Após considerar
a questão, Neumann decidiu que queria um navio especialmente construído para o
projeto. Entrou em contato com diversas pessoas da Marinha e selecionou um
navio que estava sendo projetado - o DE173 (um contra-torpedeiro-escorte), um
pequeno navio de 1560 toneladas americanas - a tonelagem pode variar de acordo
com o peso e tamanho do navio.
Decidiram fazer modificações ainda na prancheta: a torre número dois não
foi construída e os dois geradores principais para as bobinas magnéticas foram
colocados no deck, sob uma coberta que
era, na verdade, uma sala disfarçada. O DE173 foi construído no seco e levado
depois de pronto, a uma doca secreta no porto da Marinha
Escolhendo a Tripulação
Estivemos embarcados, passamos algum tempo
Existe uma foto dos formandos. Eu
não a tenho, mas algum dia conseguirei uma.
Adivinhem quem era o diretor da turma? O meu pai, em seu uniforme da
guarda costeira! Da marinha para a guarda costeira não é uma mudança muito
grande. Um dos documentos que ainda existem sobre sua vida, é uma carta de
louvor da guarda costeira, elogiando sua assistência à mesma e ao governo
durante a segunda guerra mundial, o que quer dizer que ele estava bem
enfronhado nessa história.
Por alguma razão, a guarda costeira foi escolhida para manter
algumas dessas operações
A partir daí, meu irmão e eu tornamo-nos os únicos responsáveis
pelo funcionamento do equipamento, que em sua versão final possuía uns 3000 6L6
tubos em renque; tínhamos um sistema gerador de impulsos e outros equipamentos
exóticos. Tudo isso estava no porão e sob nossa responsabilidade. Eram
necessárias duas pessoas para operar o equipamento na seqüência certa (na época
não havia computadores, tudo tinha que ser feito à mão). Eventualmente, chegou
o dia em que acharam que estávamos prontos para um teste prolongado. Era o dia
22 de julho no porto de Filadélfia.
O Primeiro Teste
Saímos à baia, com a certeza de que tudo iria funcionar. As
ordens de Von Neumann viriam pelo rádio do navio de observação. Deram-nos
ordens de ligar o equipamento e assim o fizemos. Tudo correu bem durante uns 20
minutos. Parecia que tudo estava funcionando normalmente. Conseguiram a
invisibilidade total, óptica e em radares.
Devo dizer que em 1943, tínhamos um sistema de radar muito bom,
melhor do que qualquer coisa que existisse em 1940 e 41. Quando Pearl Harbor
sofreu o ataque, o sistema de radar que captou os bombardeiros japoneses era
muito tosco e o comandante ou seja quem fosse que estivesse no comando naquela
hora, ignorou o aviso. Não era um radar muito bom ou eficiente. Dois anos
fizeram muita diferença.
O navio ficou totalmente
invisível e 20 minutos depois, recebemos ordens de desligar o equipamento e
voltar ao porto. Naquele momento, percebemos que tínhamos problemas com o
pessoal no deck do navio. Haviam sido colocados lá deliberadamente, para testar
os efeitos. Os indivíduos estavam totalmente desorientados e abalados, digamos
que não estavam “normais”. Eu, meu irmão e todo o pessoal que ficou sob o deck foi protegido
pelo aço. A Marinha disse: “Bem, dar-lhe-emos uma nova tripulação.” Ao que
Neumann retrucou: “Não! Sei que temos
um problema.” Pediu à marinha uma extensão no prazo. “Não, estamos em guerra,
faça o que puder.” E deram-lhe um prazo final - 12 de agosto de 1943.
Von Neumann ficou muito bravo com
isso. Eu pensei: “por que um prazo final?” Procurei o diretor do projeto na
época, Hal Bowen, diretor do Departamento de Engenharia Naval, organização que
precedeu o atual Departamento de Pesquisa Naval, fundado em 1946. Foi o
primeiro diretor desse Departamento e o último daquele. Perguntei-lhe o porque
daquele prazo, mas ele não sabia. No entanto, comprometeu-se a descobrir a
resposta.
Descobriu que a ordem tinha
partido do Chefe Naval de Operações (CNO - Chief of Naval Operations), uma pessoa
que estava envolvida somente com a operação de guerra e que não podia estar
menos interessada em um projeto de engenharia. De qualquer maneira, havia dado
a ordem; achamos que havia algum outro fator e que, na verdade, a ordem havia
partido de um escalão superior. Na época não conseguimos descobrir.
Fizemos o possível para estarmos
prontos no dia 12 de agosto. A marinha também havia mudado de idéia e disse que
“uma invisibilidade em relação a radares já seria suficiente. Não precisamos de
invisibilidade óptica; na verdade, não a queremos.” Na época, não existia um
sistema de navegação mundial como hoje em dia - LORAN (sistema de navegação de
longo alcance), SHORAN (sistema de radar e de navegação de curto alcance) e
nem, é claro, apoios de navegação como sistemas de radar computadorizados.
Assim era necessário manter um contato visual a um navio adjacente, na falta de
um radar. Se no caso de uma tempestade ele ficasse invisível ao radar, seria
necessário vê-lo!
Chegou o dia 12 de agosto:
estávamos à bordo do Eldridge, saímos do porto e esperamos pelo sinal para
ligar o equipamento. Nos primeiros 60 ou 70 segundos tudo parecia correr de
acordo com o plano. O navio tornara-se invisível a radar, mas era possível ver
o contorno do casco como que através de
uma neblina. Mas aí, o navio desapareceu completamente do porto - sumiu. Houve
pânico total no navio observador. Havia dois deles, três, se incluirmos um
navio da marinha mercante que estava muito intessada no sucesso do sistema. Se
vocês se lembram, naquela época, os submarinos alemães estavam fazendo a festa
no Atlântico, afundando 50% dos nossos
navios da marinha mercante que levavam mantimentos para a Europa.
O navio desapareceu. Reapareceu
umas quatro horas depois, no mesmo local, mas era óbvio que havia algo
drasticamente errado. Uma boa parte da superestrutura estava danificada; a
antena especial construída por T. Towsend tinha quebrado e ninguém respondia
pelo rádio. Tiveram que enviar uma lancha para descobrir o que estava
acontecendo. O que viram era devastador - um pandemônio total a bordo. Em uma
contagem posterior, soube-se que muitas pessoas haviam desaparecido do navio
completamente; quatro homens estavam enterrados, dois no deck - seus corpos
presos no aço - e dois nas paredes. Um quinto homem tinha a mão presa em uma
parede de aço. Ele viveu, mas teve sua mão amputada. Alguns haviam sumido e o
resto dos sobreviventes ficaram insanos.
Aqueles que estavam dentro
do navio, sabiam que havia algo de errado e apesar de não enlouquecerem, foram
afetados. Todos foram postos em quarentena, o que teria acontecido de qualquer
maneira para fazer o famoso “debriefing”. A questão então era: “o que
aconteceu?”
O Eldridge havia desaparecido de
Não estive presente nessas reuniões.
Compareci somente para entregar meu relatório; meu irmão havia desaparecido -
falarei disso mais tarde. Decidiram fazer mais um teste como o primeiro, de
1940. Como havia sobrado muito equipamento, pois esperavam ter sucesso,
utilizaram-no em substituição daquele que havia estragado. Ligaram o
equipamento no controle remoto com uns
35m.de cabo. Em uma noite do final de outubro, levaram o navio fora do porto de
Filadélfia, com a tripulação à bordo e ancoraram-no. Desembarcaram a tripulação
e ligaram o equipamento. O navio desapareceu e voltou 15 minutos mais tarde.
Essa deve ser a causa de uma história apócrifa que relata ter sido visto o
navio em seu porto alternativo
O Encobrimento
O que encontraram? Todas as páginas do diário de bordo até
01 de janeiro de 1944 haviam sido arrancadas. E o que é que os gregos iam
fazer? Reclamar com a Marinha dos EUA? Toda a documentação havia desaparecido,
o que quer dizer que toda a história do Eldridge até aquela data foi
acobertada. A marinha criou 4 versões diferentes: há uma versão oficial que
relata quando o navio foi lançado à água
e quando entrou no serviço ativo (que por sinal é o dia correto, 27 de agosto
de 1943). Tivemos um capitão temporário durante os testes, o Capitão Engle. Um
capitão em sistema permanente assumiu mais tarde, a partir de 27 de agosto
(segundo a Marinha), depois do cruzeiro de guerra, para serviço normal no
Atlântico - o que não é bem verdade. Foi mais tarde, em 12 de dezembro. Houve
um grande acobertamento. Até hoje a Marinha insiste na existência do Eldridge,
mas nega tudo sobre os testes. Segundo o livro de William Moore, O
Experimento Filadélfia (The Philadelphia Experiment), publicado em
julho de
O fato é que os testes foram realizados e há
sobreviventes.
Minha Experiência no Teste
Eu e meu irmão estávamos a bordo.
Aconteceu conosco. O último teste tripulado foi realizado em 12 de agosto de
1943. Ligamos o equipamento e tudo parecia funcionar normalmente (faço um
relato de como nós vimos tudo e não do ponto-de-vista dos observadores do lado
de fora), quando começou a haver uma estranha discrepância na maneira pela qual
o equipamento estava funcionando: começou a desaparecer de uma maneira
esquisita além de outras coisas estranhas. A instabilidade aumentou e chegamos
à conclusão de que o equipamento definitivamente não estava funcionando como deveria.
Corremos aos interruptores principais para desligar tudo, mas não
funcionavam; haviam travado. A essas alturas, com arcos elétricos disparando
por todos os lados dentro da cabine, decidimos que era melhor sair dali.
Subimos ao deck onde reinava o caos. Dissemos um ao outro: “vamos pular e nadar
até a costa.”
Mergulhando em 1983
Saltamos do navio, mas ao invés
de cairmos na baía, aterrissamos em terra firme, em plena noite - soubemos depois
que eram 2 horas da manhã do dia 12 de agosto (no início não acreditamos) de
1983, em Montauk, Long Island - uma parte e parcela de um outro projeto chamado
Fênix (Phoenix Project). Estávamos dentro do perímetro de uma base militar, uma
cerca às nossas costas, que podíamos ver e sentir. Sobre nossa cabeça... o que sabíamos
a respeito de helicópteros? (Sikorsky ainda estava tentando torná-los uma
máquina militar exeqüível em 1943). Alí estávamos com um helicóptero, seu facho
de luz voltado em nossa direção, sobrevoando sobre nós. Os PM chegaram logo e
nos levaram até um prédio, onde tomamos um elevador que nos levou vários
andares subterrâneos. Muitas portas se abriram e finalmente fomos saudados por
um senhor que era obviamente um civil - percebemos que possuía alguma
autoridade. Ele disse: “Bem, vocês conseguiram.” Ao que respondi: “O que quer
dizer com isso?” “Sou o Dr. von Neumann”. “Você é quem? Acabamos de deixá-lo.
Ele é muito mais jovem que você”. “Vocês não estão em 1943, mas em
No início não acreditamos,
estávamos muito confusos. Porém, à medida que olhava em torno do recinto, vimos
computadores incríveis e outros equipamentos totalmente diferentes, monitores
de vídeo - coisas que não existiam em 1943. Eventualmente, fomos convencidos de
que estávamos, de fato, em 1983 e Von Neumann explicou-nos o que havia
acontecido: “Tenho todos os relatórios. Sei o que aconteceu e estava esperando
por vocês. Vocês têm que voltar ao Eldridge e destruir todo o equipamento.
Criamos um buraco no hiperespaço onde o Eldridge caiu. Vocês pularam e foram
atraídos para este lado do experimento. Os dois experimentos cruzaram-se
através do hiperespaço, um em 1943 e o outro em
Um Buraco no Hiperespaço
O encadeamento dos dois
experimentos criou esse buraco no hiperespaço. Para aqueles de vocês que não sabem
o que é hiperespaço, digo que é um simpático termo matemático que quer dizer que você não está em lugar nenhum;
está entre universos. O equipamento do navio forneceu campos que geraram uma
realidade artificial, na qual todos que permanecessem dentro do navio estariam
a salvo. Como escapamos - pulando - foi algo que não conseguimos entender
naquele momento.
Von Neumann disse: “vou mandá-los
de volta para destruir o equipamento. Assim o navio voltará ao seu lugar no
tempo”. Perguntei ,”e a tripulação?” “Você já o fêz. Tenho os relatórios aqui
comigo”. Ficamos ainda mais confusos. Quem pensa que viajar no tempo fácil,
deveria ler algo a respeito, além de ficção científica.
Eles tinham o controle total do tempo e espaço no Projeto Fênix e
mandaram-nos de volta. Empunhando machados, destruímos todo o equipamento da
sala de controle. Eventualmente os geradores foram parando. Subimos ao deck. Os
campos estavam se dissipando. Vimos pessoas correndo, berrando e caindo.
Distraí-me com alguém que estava preso no meio de uma divisória e durante esse
instante de distração, meu irmão, aparentemente em pânico, jogou-se do navio
(descobri mais tarde, que havia voltado para 1987). Permaneci em 1943. Voltamos
à baía, e a partir daí, reinou o caos. Fizemos muitas reuniões depois, e Von
Neumann costumava coçar a cabeça e dizer: “não entendo o que aconteceu”.
Passamos anos tentando descobrir o que havia provocado o incidente. Ele sabia
que havia tido um problema com pessoal muito sério, mas não a natureza do
mesmo. Com o passar do tempo, a Marinha descontinuou o projeto..
Permaneci na Marinha e casei-me
no final daquele ano. Tive um filho, Jess, em fevereiro de 1944, sendo transferido,
com minha família, para Los Álamos, Novo México, onde permaneci até 1947,
quando fui removido à força e separado de minha família para sempre.
Fui acusado de traição, mas ao
invés de ir parar
No início da II Guerra Mundial,
em 1945, fui convocado pela Marinha pela segunda vez em minha vida, agora sob o
nome de Al Bielek. Fui desligado em 1946; entrei em negócios que não
deram muito certo e então fui para uma universidade em Newark, Nova Jérsei e
mais tarde para a Universidade da Califórnia de Los Angeles (UCLA). Finalmente,
estabeleci-me como engenheiro eletrônico (1958-1988) até aposentar-me. Com a
recuperação de minha memória sobre o Projeto Fênix em maio de 1986 e o Experimento
Filadélfia (Projeto Rainbow) em janeiro de 1988, passei a dar palestras
e a escrever sobre ambos e suas extraordinárias conseqüências.
Em 1947, veio uma nova administração política e com ela, uma nova
administração militar. O Departamento de Pesquisas Navais, passou a ser
composto pelo antigo Departamento de Engenharia Naval. Não havia um
Departamento das Forças Aéreas, que surgiu três anos depois, mas tínhamos o
Pentágono. Só em 1947 é pediram a Von Neumann que voltasse ao projeto para
verificar o que poderia ser salvo. Nessa época, eu já não fazia mais parte
dele.
Enviado a Montauk
Fui removido da Marinha antes do
primeiro grande acidente de OVNI em Roswell, Novo México, em 7
de julho de 1947. Como me recordo agora com detalhes, lembro-me de que tinha
acesso completo a todos os arquivos da Marinha, inclusive a uma “caixa preta”,
para escrever um relatório sobre o desenvolvimento histórico da bomba atômica.
Estava em Los Álamos, quando puseram-me em um trem em direção a Washington.
Finalmente acabei em Montauk, em uma base militar e naval anterior à I Guerra
Mundial, chamada Fort Hero, na costa leste.
De Volta a 1983 como Al Bielek
Enviaram-me para lá e de repente, estava novamente em 1983. Sei
que isso é um pouco surrealista, mas foi o que aconteceu.” Puxaram-me” de
volta. Haviam resolvido livrar-se de mim; não queriam matar-me, não sei porquê.
Foi, como mencionei mais cedo, passei por uma lavagem cerebral. Não existe
nenhum registro sobre a existência de um Edward Cameron, pelo menos, nada que
eu pudesse encontrar.
Antes que me aposentasse, aconteceram
algumas coisas. Vou falar um pouco do Projeto Fênix, pois também estive
envolvido nele. Foi concebido a partir de um trabalho iniciado depois da II
Guerra Mundial, mais ou menos em 1947, ou seja, quando ressuscitaram o Experimento
Filadélfia, mas naquela altura, eram separados. O Projeto Fênix começou
no Laboratório Nacional de Bookhaven e contava com a participação de cientistas
estrangeiros emigrados. As pesquisas versavam sobre controle mental e coisas
relacionadas.
Eu já havia sido desligado da Marinha
quando ouve o acidente com um OVNI em 1947, em Roswell, Novo México.
Uma equipe do governo foi enviada para investigar o acontecimento, depois que a
Marinha já havia recolhido a nave e feito um pronunciamento - esses relatórios
são públicos. Foram enviados ao jornal de Roswell e até hoje, fazem parte de um
documentário feito
Uma das seqüências, conta qual
foi a história verdadeira do encobrimento. A nave continha os corpos mortos
de alienígenas que mais se pareciam a gafanhotos. Mas o que ocasionou uma
grande comoção em Washington, foi o fato de que havia pedaços
de corpos humanos em meio os escombros. Chamaram o Dr. Vannevar Bush, o
consultor científico do presidente, para conduzir as investigações. Quem era
seu assistente? Van Neumann - isso também faz parte dos arquivos públicos.
Houve um segundo acidente em 1947, outro em
1948 e mais um em 1949, sendo que nesse último, foi capturado um alienígena
vivo, que não se parecia com os outros; foi encontrado correndo pelos campos e acabaram
dando-lhe o nome de EBE. Apesar de ter encontrado algumas vezes com Van
Neumann, como Bielek, nunca lhe perguntei se havia conversado com o alienígena,
mas assumo que foi dele que conseguiu as pistas para saber o que tinha dado
errado no Experimento Filadélfia.
Trancas no Tempo
O problema parece muito simples
em teoria, mas é muito complicado na prática. Todo o indivíduo que nasce nesse
planeta, a partir do momento da concepção, tem o que podemos chamar de “travas
no tempo”: a alma está presa a um ponto no correr do tempo, relativo a seu
momento de concepção e assim, tudo flui em uma velocidade normal na função
tempo, principalmente a quarta dimensão. Quando o indivíduo acorda, o faz na
hora certa, com a certeza de que todos e tudo continuam iguais e que não
escorregou para uma nova realidade durante a noite. Está trancado em um período
de tempo.
Essas trancas permanecem por toda
a vida. Ao morrer, elas desaparecem e o indivíduo fica livre, por assim dizer,
para ir aonde quiser no tempo. Pode reencarnar em qualquer época, anterior ou
posterior. Essas travas ou trancas foram rompidas pela extrema força dos campos
gerados pelo método do Dr. Van Neumann.
Ele utilizou quatro bobinas Tesla gigantes. Não eram as
ordinárias, mas em forma de cones,
ativadas em dupla por cada um dos geradores de 75w, operando a uma moderada
baixa freqüência (impulsos). Tinha quatro transmissores “rf” de dois megawatts
cada (cw), a 10% de ciclo ativo de impulso. A força era equivalente a 80% de
megawatts (impulsos). A tripulação estava no deck perto da antena, que por sua
vez, estava presa ao mastro do navio. Jamais na história, alguém havia sido
submetido a campos de força de tal intensidade e muito menos a tais campos
magnéticos. Ninguém tinha a menor idéia do que poderia acontecer e ninguém
havia pensado nisso, a não ser Tesla, que sabia que algo aconteceria.
Finalmente, Von Neumann concordou
com o óbvio, mas então, já era tarde. Acabaram com um punhado de pessoas
enlouquecidas e outras, que ao perder suas travas de tempo, andaram através do
nada e desapareceram para sempre.
Von Neumann teve que ir buscar na
metafísica as respostas para prevenir tais tipos de acidente, coisa que deve
ter sido bastante difícil para um matemático holandês, teimoso e profundamente
materialista.
Decidiu que necessitava
computadores complexos e como esses ainda não existiam, pôs-se a trabalhar. Em
1952, tinha um computador completamente operacional, construído especialmente
para a Marinha, dando uma nova abordagem ao projeto. De alguma maneira, havia
resolvido o problema de trancas-do-tempo.
O Quarto Teste e o Projeto Fênix
Fizeram um novo teste em 1953 -
um novo navio, uma nova tripulação. Foi um grande sucesso; ninguém saiu andando
através de paredes ou aparecendo em algum bar inexistente no centro de
Filadélfia (essa é uma das histórias). Tudo funcionou como planejado. O que
fizeram então? Tornaram-no parte do Projeto Fênix, que criou toda a hardware que deu origem à Stealth Hardware, o bombardeiro Stealth.
Hoje em dia, contamos com campos de invisibilidade e escudos para porta-aviões.
Há o caso, por exemplo, de um deles que sumiu dos radares e visão ótica para
reaparecer três dias depois, a
O problema havia sido resolvido e
Von Neumann desligou-se do projeto. Na realidade, tornou-se um consultor até o
fim do mesmo em 1983, quando aposentou-se, anunciando que não queria ter mais
nada a ver com o governo ou qualquer projeto por ele patrocinado. “Estou me
aposentando”, disse. Nos arquivos públicos, consta que ele faleceu de câncer em
1957. Isso é de domínio público, houve até um funeral, mas nada pode ser mais
longe da verdade. Von Neumann permaneceu no projeto como seu diretor até 1977,
quando começou a sofrer de um problema de dupla personalidade. Foi então que
tornou-se um consultor. E ainda está vivo, pelo o que eu saiba, pois tive a
oportunidade de falar-lhe em 1989, sob o efeito dessa personalidade dupla, em
sua casa ao norte do estado de Nova Iorque.
O interesse primordial do Projeto Fênix era controle mental, e as
pesquisas estavam sendo desenvolvidas nos laboratórios do governo
O Monstro Criado pelo Projeto Fênix
Em 12 de agosto de 1983, o Experimento
Filadélfia interligou-se ao Projeto Fênix. Esse último teve seu fim nessa
mesma noite, quando surgiu um monstro do tipo abominável monstro da neve, com 4
ou até
Meu Irmão 46 Anos Mais Jovem
Meu irmão morreu em 1983, momento
no qual tornou-se um entrante, no corpo de nosso irmão mais jovem, nascido em
12 de agosto de 1963 de Alexander Cameron Jr. e sua quinta esposa. Todas suas
lembranças datavam a partir daquele momento.
Minha memória começou a retornar
quando vi um filme de ficção, baseado no Experimento Filadélfia, realizado
por EMI Thorn e lançado nos EUA em agosto de 1984, chamado O Experimento Filadélfia.
O início do filme é bastante fiel à realidade, chegando a mostrar dois
personagens jogando-se do navio (eu e meu irmão), voltando para destruir o
equipamento e um deles retornando para 1983.
Meu irmão não chegou a ver o
filme, nem a ler os dois livros sobre o Experimento. Foi no processo de uma regressão
hipnótica em que ele voltou até agosto de 1963 e de repente viu-se a bordo do
Eldridge em 1983. E eu estava lá.
O Significado do 12 de Agosto
A importância do significado
dessa data só se tornou clara em 1988. É um fato estabelecido que o ser humano
tem três biorritmos. A Terra, porém, possui quatro, fato descoberto por um
amigo meu nos anos 80, ao fazer uma pesquisa com receptores “rf” e
interferências. Com sua descoberta inicial, conseguiu fundos governamentais
para desenvolver seus estudos. Verificou, assim, que a Terra tem quatro
biorritmos e que estes têm um momento de pico sempre na mesma data, 12 de
agosto de 1943, 1963, 1983, em qualquer direção ao passado ou ao futuro, ad
infinitum. O dia pode variar, mas sempre com uma aproximação de 24
horas. Aí estava a sincronização entre os dois experimentos, que geraram
energia suficiente para causar a interligação.
O livro, “Como Explorar Dimensões Superiores no Espaço e no
Tempo”, de T.B. Pawlicki, 1989, oferece alguns aspectos teóricos importantes.
Nele, Pawlicki fala do toro (círculo) do tempo. Baseado nessa teoria, é
possível a começar a entender o que aconteceu, isto é, se você tiver uma boa
cabeça para a matemática ou para visualizar. Einstein afirmou que, em nosso
universo não existe uma linha reta. Se começarmos de um ponto (não importando a
direção) e mirar um ponto adiante em linha reta, acabaremos formando um
círculo, seremos atingidos nas costas. O mesmo aplica-se ao tempo - um circuito
fechado, ao qual chamamos toro do tempo - uma representação matemática de uma
estrutura de imensas dimensões. No centro dessa rosca, desse toro, o tempo flui
com um coeficiente linear, mas também flui em espiral em torno da periferia,
falando matematicamente. Se a pessoa afastar-se do centro em direção à borda
exterior, encontrar-se-á em uma realidade alternada. Ao progredir ao longo
dessa borda, o indivíduo entrará em realidades alternadas, paralelas à dele.
O Eldridge moveu-se no tempo, mas
também entrou no hiperespaço, quando a intenção era que somente girasse o campo
do tempo para tornar-se invisível. Com a hardware
adequada, é possível atingir uma rotação do tempo, criando-se um campo
energético de sexta-ordem, coisa que o Eldridge foi capaz de fazer. O Projeto
Fênix, criou um campo de oitava-ordem. Eram necessários 12 campos para entrar
no hiperespaço, então, de onde vieram os outro quatro?
Segundo relatórios, o Projeto
Montauk estava inativo em 22 de julho de 1983. Em 01 de agosto, receberam uma
ordem incomum de reativar o projeto e mantê-lo em operação ininterruptamente. O
sistema gerado pelas funções do Montauk em conjunto com a energia, era capaz de
ser direcionada para mais ou para menos no infinito em termos de tempo. Em
outras palavras, elas poderiam circunavegar completamente o toro do tempo em
menos de 24 horas. Ao fazer isso, adicionaram uma ordem de realidade que ficou
impressa nas redes formadoras de impulsos e nos bancos especiais que possuíam
para o sistema modulador. Uma nova ordem de realidade foi acrescida por dia e
após cinco dias, podiam penetrar na décima-segunda ou qualquer outra ordem que
desejassem. Com isso, mais a data crítica de 12 de agosto em 1943 e em 1983, os
sistemas, em operação naquele momento, interligaram-se. Abriram um buraco no
hiperespaço do tamanho de quarenta anos.
Houve uma invasão maciça de Greys a partir de 1950. Ela só terminou
porque eles já estão aqui. Há indicações de que aqui chegaram vindos de um
outro continuum tempo-espaço, de um universo diferente do nosso. Hoje em dia,
penso que esses dois projetos foram criados com o propósito específico de criar
um buraco no espaço para permitir uma invasão na Terra. Pelo que eu saiba, não haviam
extraterrestres envolvidos no Experimento Filadélfia, ao contrário do
Projeto Fênix. Em 1970 já possuíamos as máquinas, mas não a capacidade
de criar “buracos no espaço”, como Dr. Sagan denominou-os - a capacidade de
viajar não só através do tempo, como também do espaço. Essa era a função do
Montauk e para tanto, exigia uma tecnologia gerada e fornecida
por um grupo de alienígenas que trabalharam durante dez anos
convertendo seus dados tecnológicos para nosso formato 360 IBM, porque na
época, as conversões tinham que ser feitas à mão para nossos computadores. Hoje
em dia, temos computadores à altura dos deles, como o Cray 3, que não existia
na época. Eles quiseram vir e criaram uma maneira de entrar em nosso
universo. Acreditem-me.