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São Lourenço - Minas Gerais

Mitos e Símbolos do

 Cristianismo

Era o Cristo chamado o Sol da Vida (Sal) e os grandes doutores da Igreja como Euzébio, Clemente de Alexandria e tantos outros que deixaram obras imortais, fazem referência ao Sol e a Cristo. O Sol gira em torno dos  doze signos do zodíaco; por isso tinha Cristo doze apóstolos de primeira linha  (relacionados com os doze trabalhos de Hércules, do Sol ou de Cristo). Cada apóstolo desenvolveu uma característica na doutrinação ou no trabalho pelo mundo. Estes eram os mais chegados pois, como se sabe, o Cristo tinha muito mais apóstolos. Encontramos alusão a  72 apóstolos que de dois em dois pregavam em terras da Galiléia, Eclodéia, etc... que não estavam diretamente ligados a Cristo como os 12 primeiros. Tudo isso não é mero acaso. São todos números simbólicos:  72 + 12 = 84  ou seja   7 x 12. Portanto sete grupos de doze, inclusive os primordiais. Esses números têm um sentido e não nascem de simples coincidência, como os leitores podem  observar (1). Até hoje eles se repetem nos símbolos das religiões que antecederam ao próprio cristianismo. 

            Portanto, sob o ponto de vista oculto ou esotérico, o Cristianismo obedece à lei dos ciclos. Como vimos de acordo com os ensinamentos das diversas tradições místico-religiosas, de ciclo em ciclo há a manifestação de   um Ser, do AVATARA, como deixa claro o “Bhagavad-Gita”.

            A Lei que rege essas cíclicas aparições é a mesma que faz com que tais aparições possam ser descobertas também pela inspeção do zodíaco. A era de Cristo corresponde ao signo de Piscis. É por esta razão que Cristo era identificado pelo nome de Peixe, Iessus Christus Theou Uios Soter: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador, era a fórmula iniciática ou simbólica de expressar o Grande Peixe (Peixe, Piscis, Iktis: I.CH.TH.U.S). Aquele que nascera das Grandes Águas Celestes. Toda a iniciação, toda a cultura daquela época até nossos dias nasceu deste símbolo. Eram os “peixes” que semeavam a doutrina e foi o símbolo secreto do movimento. Tertuliano dizia: “Cristo era o Grande Peixe que desceu para arrebanhar os peixinhos”. Serve como palavra de ...identificação pois os primitivos cristãos não podiam, com riscos da própria vida, falar abertamente em Cristo ou na Cruz que, embora muito anterior ao cristianismo, vai surgir mais tarde.

            Vemos assim que aproximadamente de dois em dois mil anos se produz uma modificação radical nos vários setores da atividade humana. Estamos agora no final da era de Piscis e assistimos ao declínio e à decadência da religião católica, que perdeu a responsabilidade por não a ter transmitido a seus fiéis. Abre-se, portanto, uma nova página para a História da Humanidade, pois no final deste século entraremos na era de AQUARIUS e iremos nos defrontar com uma nova e esplendorosa manifestação da Divindade. Surgirá no mundo o esperado MAITRÉYA, o Buda de compaixão das tradições tibetanas, o Cavaleiro Sosion nas tradições persas, enfim, o Novo Avatara. Todos esses grandes  Seres são sempre precedidos de movimentos secretos que preparam as suas vindas através de Centros Iniciáticos ou expressões na terra do Governo Oculto do Mundo (Agartha). No caso do Cristianismo, como sabemos, duas foram as sociedades que se incumbiram de preparar sua vinda: a dos Essênios e a dos Terapeutas.

            O Cristo vai morrer crucificado na Primavera, quando o sol está surgindo depois de longo inverno e a terra vai reflorescer, isto é, cobrir-se de flores. É também a época de preparar os terrenos para a lavoura. Os deuses surgem com o poder da Primavera. No cristianismo aconteceu o inverso: Cristo, que veio transformar a “ordem estabelecida”, morre quando o sol da terra desponta e nasce quando o sol desaparece - no inverno para o hemisfério norte (21-24 de dezembro) -  e as longas noites envolvem as terras daquela região. Isto porque Ele representa o Avatara da idade de ferro, isto é, das lutas e dos conflitos: vem como luz que brilha nas trevas (Inverno) como símbolo vivo de Liberdade, Igualdade, Fraternidade, em outras palavras, da Justiça e do Amor que os homens não compreenderam, como ensina seu Apóstolo bem-amado João.

            Tentou consolidar a idéia fundamental de que todas as criaturas da terra são irmãos e como tal se devem tratar. Que todos são iguais perante o Pai (A LEI). Procurou ensinar que quem com ferro fere com ferro será ferido, porquanto nasceu durante a Idade de ferro, das lutas, dos conflitos. Quis irmanar todos os povos na sua imensa bondade. A sua grande Mensagem ou Nova para o mundo foi, sem dúvida, a que trouxe a segurança de continuidade da existência após a morte, ponto obscuro nos ensinamentos dos que o antecederam. “No reino de Meu Pai há  muitas moradas” (e não uma só, um céu comum para todos, coisa impossível já que nem todos nascem ou morrem com o mesmo estado de consciência...). Por não nascerem os homens com as mesmas tendências, experiências ou estado de consciência, é que há a diversidade de nascimento, de vida, de missão, etc...  Do mesmo modo quando se morre...  Cada um colhe na vida póstuma segundo as suas obras, realizadas enquanto vivo.

            É importante salientar que este Avatara nasceu em condições humildes em oposição a outros que surgiram como sacerdotes, reis, guerreiros, etc... Pois Ele veio para  os humildes e seu trabalho foi entre os oprimidos, de condição social inferior e sujeitos a  todas as humilhações e provações... Veio trazer a grande ESPERANÇA e o “meio” de alcançarem a salvação libertando-se das condições dolorosas em que viviam não apenas no campo da mística, mas, também do setor  político e social, tão pouco compreendido. Lançou a semente, o germe da Liberdade, mostrando a Fraternidade pela Igualdade, dizendo: “Os humildes serão exaltados e os exaltados serão humilhados...” e  “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de  uma agulha que entrar um rico no reino dos céus”, etc... E após decorrido quase dois mil anos, podemos verificar que as condições sociais, políticas, etc. se modificaram profundamente, cujo epílogo teve início com a Revolução Francesa. 

            Como vimos, em toda a antiguidade o Sol era adorado, e o leitor esclarecido deve  ter se apercebido de que era o Sol Espiritual. Era adorado também, o Fogo Solar, uma expressão na terra do que existia no alto, como símbolo do Poder Divino, criador da Vida e do Amor. A união do Sol (elemento  masculino) com a Terra (expressão feminina: terra, mater-rhéa, matéria...) era comemorada pelos pagãos nove meses antes do inverno,   quando se dizia que Ísis (a Mãe Divina) tinha concebido. O dia da Anunciação, dia no qual a “Virgem  Maria” recebeu o “Filho do Altíssimo”, é celebrado pelos cristãos nove meses antes do Natal...

            A Natureza, a terra, entre muitos povos e tradições é chamada a “Mãe Terra”, a Virgem sempre imaculada que, concebendo sem cessar, fecundada pelos raios ardentes e vivificantes de seu Senhor - o Sol, se torna a Mãe de tudo que vive e respira em seu vasto  seio. Daí o ritual, o caráter sagrado daquilo que Ela produz: PÃO E VINHO.  Durante os Mistérios de Elêusis (messis para os profanos - Pro-fanum - fora do templo - que veio a ser a missa cristã. Donde Messias ou Messiab: “Aquele que faz amadurecer as colheitas”), o vinho representava Baco e o pão (trigo) CERES. Ceres ou Deméter era o princípio produtor feminino da terra, esposa do Pai Zeus; Baco, o filho de Zeus-Júpiter, o próprio Pai manifestado. Ceres e Baco eram personalidades da substância (matéria) e do espírito - os dois princípios vivificantes. O Hierofante Iniciador apresentava simbolicamente aos candidatos, antes da revelação final dos mistérios, o VINHO e PÃO, que eles bebiam e comiam para testemunhar que o Espírito devia vivificar a Matéria ou, em outras palavras, que a Divina Sabedoria do Eu interior devia penetrar a Alma, tomar posse dela, para poder se “auto-revelar”.

            Esse rito foi adotado pela igreja cristã. O hierofante que, então, era chamado Pai, tornou-se Padre, o que administra a comunhão. As palavras de Jesus na Última Ceia: “Aquele que comer minha carne e beber meu sangue terá a vida eterna... as palavras que vos dou, são Espírito e Vida”, mostram o seu perfeito conhecimento do significado  do Pão e do Vinho, da União ou casamento que deve existir entre a Matéria e o Espírito (a Terra e o Céu).

            No “Kalevala”, o mais antigo poema épico dos finlandeses, antiguidade que antecede a era cristã e de que nenhum erudito pode duvidar, fala-se dos deuses da Finlândia, dos deuses do ar, das águas, do fogo, das florestas, etc. Nesta tradição encontramos também a história de MARIATTA, filha da beleza (a Virgem Mãe das terras nórdicas) que é escolhida de UKKO - o Grande Espírito - cuja morada é em Yumala (Paraíso), para se encarnar. Ela concebe, colhendo e comendo uma baga vermelha e dá nascimento ao FILHO IMORTAL numa manjedoura ou estábulo. Mais tarde o Santo Menino desaparece; depois de muitas buscas trazem-no de volta e passam a determiná-lo de “Flor”, enquanto outros o nomeiam “Filho da Dor”.”

              

O   PAI   DO   FOGO   SAGRADO  -  AGNI

(donde  se  originou  AGNUS  -  o  CORDEIRO)

AGNUS   DEI   QUI   TOLTIS   PECCATA   MUNDI,                             isto é, o cordeiro ou o Fogo, Sabedoria que tira o pecado do mundo...(2) o divino carpinteiro Twashil, que devia  gerar o Filho, o que prepara a Cruz, o Pramantha. A Mãe do Fogo Sagrado é a Divina Maya (que tanto vale por Maria). Quando nasce o pequeno Agni, é colocado num berço entre animais e ao lado fica a vaca (Vaca, de Vach em sânscrito, que significa o Verbo criador, a Palavra Sagrada). O Sacerdote toma-O nas mãos, colocando sobre o altar e espalhando sobre ele manteiga clarificada (A UNÇÃO ou “Santos Elos” que a mesma igreja usa nos seus batizados). É justamente quando Ele toma o nome de “Ungido”, “AKTA” em sânscrito e “CRISTOS” em grego. Torna-se tão resplandecente por isso que tudo em seu redor se ilumina. As trevas desaparecem, os demônios fogem espavoridos de sua luz cintilante. “Ele é o Guru dos Gurus - o MAHAGURU ou o Grande Instrutor do Mundo - o MESTRE dos MESTRES e toma o nome de Jatavada ou “Aquele em que a Sabedoria é Inata”. Como se vê, a lenda de Jesus, Maria e José ou a Sagrada Família é encontrada nos Vedas.”   

COLÉGIOS    INICIÁTICOS 

   

            Em cada nação antiga havia um templo iniciático que era superior aos demais. Ali residiam os grandes sacerdotes, chefiados pelo Supremo Hierofante, como “Guardião da Palavra Perdida”. Na Índia é denominado de Brahmatma (Alma de Brahmã ou seu representante na Terra, na mesma razão do “Papa como representante do Cristo”) cópia que se fez das antiquíssimas tradições vedantinas. Como chefe da Igreja Brahmânica, usa   ele uma Mitra, na qual estão cruzadas duas chaves (tal como a Mitra e a Chave da Igreja Católica), como símbolo das que abrem o cofre onde se acham guardados pergaminhos e outros objetos e a mesma Palavra Perdida. Tal  Palavra transmite ele ao seu sucessor e este passa então a usar os mesmos símbolos sagrados. Na Caldéia era chamado Java-Aleim; no Egito Pontífice Pironis e no Tibete, Maha-Choan. Este chefe de uma religião existiu sempre entre todos os povos. No México era Queltzalcoatl (a serpente de plumas ou alada), entre os Tzentais, Wotan,  etc. A igreja cria o “Sacro Colégio dos Cardeais”, simbolizando o Colégio Iniciático desses povos, todos eles com alguns milênios de tradição. 

 

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            Pouco a pouco vão se introduzindo novas cerimônias nos cultos... O Chefe toma o  nome de Pontífice e a túnica branca para as vestes. Algumas tradições gregas e hebraicas, como por exemplo a cerimônia da Páscoa, que fica também de uso cristão, ao invés de ser realizada nas sinagogas, passa a ser nas igrejas, nos templos cristãos que vão surgindo. Os festejos simbólicos de purificação da mancha do pecado original são também aproveitados, introduzidos nas cerimônias cristãs. A batina preta posta em uso entre o clero secular, foi tomada dos sacerdotes de Mitra; é a “hierocorace” assim chamada por ser a cor dos corvos (corax). A “tonsura” ou a coroa que os sacerdotes trazem no alto da cabeça, é a herança dos de Anúbis no Egito. Está relacionado com o que os hindus chamam de “chacra coronal” ou o “loto de mil pétalas”, centro de força através do qual penetra o “fio de Sutratmã”, o que liga o homem a Deus. Os sacerdotes de Júpiter usavam um chapéu preto, alto quadrado “chapéu dos Flamínios” (os chapéus dos sacerdotes armênios e gregos modernos); a casula dos padres é cópia das vestimentas que usavam os sacerdotes sacrificadores Fenícios, “vestimenta chamada Colárisis que presa no pescoço descia até os pés...”. 

            Os antigos pagãos usavam a água santa ou lustral para purificar suas cidades, seus  campos, seus templos e os homens: tudo isso se pratica hoje nos países católicos romanos. As fontes batismais, achavam-se à porta de cada templo, cheias de  água lustral e se chamavam favisses e aquimenaria. Antes de oferecer o sacrifício, o Pontífice ou curion (cura) mergulhava um ramo de louro na água lustral e a espargia para toda a congregação: o que era chamado então de lustrica e aspargilium e hoje é chamado hissope ou aspersório. Esse aspersório nas mãos das sacerdotisas de Mitra, era o símbolo do lingam universal: durante os mistérios era mergulhado no leite lustral e espargido pelos fiéis, era o emblema da fecundidade universal. O uso da água benta no Cristianismo é, portanto, um rito de origem fálica. Ainda mais, a idéia subjacente nesse fato é puramente oculta e pertence ao cerimonial mágico.

            No dicionário português do Frei Domingos Vieira, pg. 830, encontramos o seguinte: BUDISMO -  sistema moral, etc. e abaixo: “No cristianismo há muitos traços que revelam a influência do Budismo na sua formação”.  

            O Rev. R. P. Hue, missionário católico e figura acatadíssima em toda a França não só pelo alto saber como por sua vastíssima cultura diz: “As vestes de um grande Lama, que é Superior de cada Lamassaria (Mosteiro Lamaico) são rigorosamente as de um Bispo: Mitra amarela, um longo bastão em forma de báculo episcopal na mão direita”. Por mais superficialmente que se examinem as reformas do Tsong-Kapa, no culto lamaico, não se pode deixar de notar as semelhanças com os católicos. A croça, a mitra, a capa ou pluvial que os grandes Lamas usam em viagem, nas cerimônias fora dos templos, o ofício a dois, a psalmodia, os exorcismos, a benção estendendo a mão direita sobre a cabeça dos fiéis, o rosário, etc... 

            O  rosário  budista é  composto de 108  rodelas. Tem  seu  simbolismo  que  é  transcendente,  senão   vejamos: 365   dias   formam  um  ano.  Cem   anos um século. Dez séculos = mil anos. Pois bem, 2.250 anos   aproximadamente  é  o  tempo  em  que  o  Equinócio   da  Primavera coincide  com   uma  determinada  constelação  zodiacal.  O  aparecimento    “cíclico” dos   Avataras  se  liga  a  estes  centros  cósmicos,  como  tivemos  ocasião  de  nos  referir.  O  de  Jesus   foi  o  de  Piscis,  o  próximo  será  o  de  Aquarius.  Doze  voltas   completas  formam   um  ciclo  cósmico  maior,   aproximadamente  de   27.000  anos  segundo  nos   ensinam  as  tradições  esotéricas.  27.000  anos  vezes  os  quatro  ciclos     108.000  anos,  que  corresponde  ao  Periélio  e  quatro  ciclos  do  Periélio formam  outro  maior,  de  432.000  anos (exposto  no  início  de  nosso  trabalho).  Os  números   108  e  432  são  os  módulos  trágicos,   a chave  para  o  segredo  das  leis  dos  ciclos,  módulos  básicos  das  cronologias  bramânicas  que    medem    os  ciclos  cósmicos   a  que  nos  referimos. (exemplo  de  valor  deste  módulo:  um  minuto  igual  a  sessenta  segundos; uma   hora  igual  a  3.600  segundos.  Em  120  horas - 432.000 segundos.)

            Estes  números   108  e  432  se  ligam  á  Idade  que  atravessamos,  a  de Ferro ou Kali-Yuga,  e  como  tal  não  poderia  o  Avatara  Cristo  deixar  de  estar  estritamente  ligado  ou  relacionado  com  tais  valores.  A  Cruz  tinha, por  “coincidência”...   de  altura  4,32  metros  e  cada  braço  1,08  medidas  canônicas  do  ciclo a que Lhe dizia respeito que é o da Kali-Yuga;  mistério  que  se  liga  a  uma  OUTRA  CRUZ  -  a   do  PRAMANTHA,   a    CRUZ  DA  LEI    e   ao... CRUZEIRO  DO  SUL. Este  mistério,  que  é  também  o  da  Tragédia   do  Gólgota,  onde  o  Redentor  derramou  o  seu  sangue  para  redenção  dos  homens,  tem  o seu  amplo significado  na  Revolução  Francesa  (LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE),  onde  morreram  nada  menos  que  432.000  pessoas.

 

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            O cristianismo simbolizou todos os sacrifícios ritualísticos,  terminando com  o  derramamento  de  sangue  de   homens  ou  mesmo  de   animais,  que  se  fazia  antigamente.   Com  o  passar   dos  séculos   homens  e  animais  foram  substituídos  por  vegetais   e  mais  tarde o  sacrifício  se  resumiu  a  símbolos,  tendo  hoje como símbolo  máximo... a HÓSTIA (3)  que  simboliza   toda  a  cerimonia   do  sacramento   maior  do  cristianismo:  a  EUCARISTIA .

            Hostiário  eram  os  combatentes   que  perdiam  uma  luta  e  deviam  dar   em  troca  o  seu   próprio   sangue.   Mais  tarde,  verificando   que  os  homens  eram  necessários,  não   foram   mais   sacrificados,  mas  feitos  prisioneiros  e  imolados,  então  animais.   Sendo  também   contra  a  economia  matar  animais  que  se  tornavam  mais  escassos  e  mais  caros,  substituíram-se  os  sacrifícios  por  vegetais, as  primeiras  colheitas  do TRIGO, as   primeiras   colheitas  de   CERES.    Daí   se  originou   o  pão  de fermento  que  os  antigos  denominavam  boletus” que  eram  comidos   e  repartidos nos  templos, em substituição aos  sacrifícios  então   oferecidos.  Tudo  isso   ficou   com  o  nome  de  hostiário,  hoste  e  hóstia.  Por  isso,  quando   o   cristianismo   chegou   a  Roma,  simbolizou-se  a  última  ceia  que  Jesus  tomou   com  seus  discípulos,  antes  de  ser  crucificado  ,  a  qual   depois   tomou   forma  ainda  hoje   alegorizada  no  sacrifício   da  Missa  -  a   Eucaristia.

            Também  o  pagão,  na  época   das   vindimas,  procurava  exaltar    o  Deus-Sol  que   ajudava   os   homens  acalentando-os  e  cujo   calor   fazia  frutificar  as  uvas.   Baco  é  o  símbolo   do  Deus  solar  que  fez  com  que  os  gregos  dissessem:   “É  o   vinho  o  sangue  de  Baco  -  as  bacanais  -  festa  de  exaltação  e   agradecimento   ao  Deus-Sol,  doador  da  vida,  do  calor”.  O  rito  estava  completo:  o  pão  era  repartido  e  o  vinho era  tomado  pelos  que  se  reuniam  para  exaltar  e   agradecer  a  Deus,  como   o   próprio  Jesus  tinha  feito  na  última ceia.  O  PÃO  passa  a  simbolizar  o corpo do Cristo e  o VINHO  o  sangue  do  Redentor, como  ainda é  hoje.

            A  união  entre  o  homem  físico  e  o  Ser  Superior  era  o  caminho  da  salvação expressa   no   velho  simbolismo  pagão  com  o  sentido  filosófico,  místico  e  ritualístico  das  religiões  orientais.  Tem   o  Budismo  certos  rituais  que  se  ligam  a  este   mesmo  fenômeno  de  ordem  psicológica,  da  identificação  do  homem  com  o  princípio  superior,  pelo  processo  da  Teofagia,  da  manducação  divina.  Deverão  pensar  em  alguma  coisa  que  pertença  a  Deus  para  que  se  processe  ou  se  possa  seguir  o  caminho  do  Teófago.  Ele  então se identifica:  ele e o Cristo  são  uma  mesma  pessoa.  Esta  identificação  pela  grande  cerimonia  dá-lhe  a  redenção,  se  de acordo  com  a  doutrina  de  São  Paulo  é  predestinado à  salvação, senão poderá pela bondade,  pela tenacidade, conseguir a  aliança,  a  graça.

            Conta-se  que  Dioniso  foi  morto  pelos  Titãs.  Zeus  enfurecido  com  os  Titãs, resolveu exterminá-los.  O  Chefe, entretanto, a saber  da  determinação  do  Pai  dos  Deuses,  ordenou  a  seus  companheiros  que  comessem  Dioniso.  Zeus,  conta a  história,  não  pôde  exterminá-los  pois  o  seu  Filho  amado  estava  no  interior  de  cada  Titã. Para  recuperar  o  seu  filho  tinha  que  reunir  os  “pedaços”:  deste  modo  impôs  a  si  mesmo  o  trabalho  de  redimir  a  cada  um  deles...”

 

 

A      Á  R  V  O  R   E

 

            “Não   sendo   propósito   nosso  discorrer  sobre   todos  os   símbolos   e   todas   as  tradições   que  se  ligam  ao  cristianismo,  desejamos   focalizar  os   principais e, em  particular,  àqueles  ligados   ao  Natal,  tais como:  a Árvore.   As   luzes   e  lanternas   que  figuram  na  mesma,  o  Papai   Noel,  a  Estrela de  Cinco  Pontas,  o  Anjo,  os  Quatro Reis Magos,   inclusive  os  presentes  que  cada  um  recebe...  “de  acordo  com  seus  merecimentos”. Através  de todas as tradições,  verificaremos   que  a Árvore  está  estreitamente   ligada   a  vida  do   homem.  E  a  Árvore  de  Natal   que   figura   em  todos   os  lares, cujo   simbolismo   ora   apresentamos,  é   bem   anterior   a   Lutero.  Um   símbolo  vegetal  é   sempre  ligado às   religiões e Jeová  está  representado  constantemente  perto  da  chamada  Arvore  Sephirotal  -  a   árvore   do   BEM  e   do  MAL.   Deus   figurando   como   o   princípio   criador   de  tudo   e   ao  mesmo   tempo   o  Pai   e  a   Mãe   de   todas   as   coisas,  é   um  Princípio   Duplo.  Eis   porque   é  representado  ao  lado   de  Etz-ha-Daat   - a  Árvore  do   Bem  e  do  Mal,  isto  é,  do  Conhecimento e  Etz-ha-him  -  a  Árvore   da  Vida,  aquela  que   confere   a  Imortalidade.  Nos   textos   bíblicos  encontramos   a  expulsão  de  Adão  e   Eva  do  paraíso  terrestre  porque,  desobedecendo a  Deus  que  lhes proibira a aproximação de  uma das  árvores -  de  um  tabu   vegetal  -   comeram   o   fruto   proibido.  Foi   o  espírito   do  Mal ,  representado   pela  serpente,  que  lhes   havia   alertado:  “Se  comerdes   desse  fruto , ficareis   tão  sábios  quanto  Deus”.  Como   castigo  pela  desobediência foram   expulsos  do  Paraíso.  Mas, o  que  o  texto  bíblico  ( interpretado  ao    da  letra)  não  conta  é  que  eram  duas  serpentes:  uma   branca e outra preta,  por  isso  que  se  tratava  da  Árvore   do   BEM  e  do  MAL.   

 

Vemos   assim,  que   arvore   foi  sempre  uma   expressão  ligada   às   religiões.  Encontramos  também  na  Grécia   uma   Árvore  como   tabu   religioso,  como  acontece  na  China  e  na Índia.  Mesmo  os  povos  escandinavos   tinham  a  Árvore  como   um   tabu  sagrado  por  ser  o  Símbolo   Universal  do  Conhecimento  e  da  Vida.   Através  de  nossa  cultura  podemos   explicar  o  porque  dessa   imagem e  concebermos  muito  bem  a  razão  de  terem  os  antigos  tomado   tal   símbolo  da  vegetação  para   representar,   primeiro  o CONHECIMENTO,  depois  a  VIDA.    A   idéia   de  Vida   surge  da  de   classificação, aliás muito  bem  enunciada  por   Lineu  que,  conseguindo  demonstrar  o  seu  ponto  de  vista   através  de  explicação  etnológica,  apresenta os ramos ligados todos a um único  tronco, de onde o conceito claro de ramificação e  portanto  de  classificação,  ligada  à  idéia  de   árvore,  isto  é,  origem,  quando  se  refere  à  árvore  genealógica.

 

            A  árvore  se  biparte  -  dando  duas  grandes  distinções  -  para num  processo  binário   classificar  todas  as  coisas: BEM ou MAL,  POSITIVO   ou  NEGATIVO,  LUZ  ou  SOMBRA,  etc... É  portanto  de  todo  em  todo  coerente  e  profundamente  lógica  a  concepção  de   ligarmos   todas  as  coisas à Arvore, mas, árvore no sentido ou, digamos melhor, numa   interpretação  de   conhecimento, de  ciência  das   coisas,  tanto que o  alfabeto  que  se  originou  dos  vegetais como  Gaélico,  tem  cada  letra  ou  fonema   correspondendo  a   um  vegeta,  escrevendo-se  com raminhos de  árvore  -  árvore  ligada  à  noção  de  alfabeto,  conhecimento,  etc... 

 

            Por  que  a  idéia  de  Vida?  É  porque  o   papel  do  mundo  vegetal   no  mecanismo  de nossa  vida,  do   nosso   entendimento,  é   importante.  A  tradição  nórdica  dos  povos  da  Noruega,   Suécia  ,  etc...  fala  em  freixo  do  mundo”,  desenvolvendo  muitos  aspectos   deste   simbolismo,  daquele  freixo” em  torno  do  qual  a  Terra  girava  (Arvore  do  BEM  E  DO  MAL)  onde   vicejava  a  fonte  do  Universo,  a   fonte  do  Conhecimento.  O  próprio  rei  dos  deuses,  querendo  dominar  toda  a  força  obscura  da   natureza, que faz?  Vai  até  onde  se  encontravam  os  freixos  do  mundo”,  arranca-lhe  as   folhas  e  sobre  estas   escreve  as “Runas”,  linguagem  sagrada  nórdica  que  não  poderá  ser  compreendida  nem  bem  interpretada  senão  por   aquele  que esteja de  posse  da  “chave” da mesma.  Enquanto  as  Runas” escritas, que, constam de dezesseis letras, são  conhecidas,  as  antigas,  compostas  de  traços e  sinais,  são  indecifráveis,  dando-lhes  o  nome   de  “caracteres  mágicos”.  Segundo  dizem,  foram  inventadas  por  ODIN  e  este,  para  poder  depois  beber  a “Água Pura do  Universo”,  foi  lhe  exigido  o  Olho  Direito...

 

            Desde  a  mais  remota   antiguidade  as  árvores  desempenham   um  grande   papel  no  culto e  nos  mitos  dos  povos,  isto   porque  se  liga  à  tradicional  Árvore do Paraíso - a do Conhecimento do  BEM e do  MAL  -   uma  vez  que  tudo  na  vida  do  homem  está  em   relação  ao  que   ele  pensa  ou  sente,  dentro  do  conceito  do  que  supõe  ser um MAL ou um BEM,  que  não   deve  ser   confundido  com   a   ÁRVORE  DA  VIDA,   plantada  na    8a.  CIDADE   (A  INTERDITA)  e  que  teve  de  ser      interiorizada    para  não  ser  atingida  e  conspurcada   por   aqueles  que  não   possuíam  ainda  o  estado  de  consciência  para   compreendê-la. “Nada   tem  isto  de  extraordinário, diz  o  prof.  Jung,  pois numerosos  mitos  afirmam  que  o  homem  nascia da árvore - da Mãe Árvore”.  Daí  entender-se  a  estreita  relação   entre  os  “frutos” e  os  filhos.  Em  uma  figura  mexicana da  era pré-colombiana,  encontramos desenhada a Árvore  onde  os  frutos  estão  representados  por   seios  ou  mamas  -  tendo  homens  e  crianças  se   alimentando.  

 

            Diz o prof. Klimas: “Para  um lituano  a  árvore  era uma coisa íntima  e familiar,  a  tal  ponto  que  a  vida  e  o  destino  de   um  homem  estavam  ligados  à  vida  de  uma  árvore”. 

 

            De   acordo  com  o  testemunho  contemporâneo,  na  aldeia  de  Konenai,  na  margem   direita  do  Niemeu,  em  1805  viam-se  camponesas  que  diante  de  um  chorão  oravam  pela   felicidade  e   multiplicação  das   crianças,  segurança, etc...  ligando-se  tal  fato  a  lenda  de  Blinda.  “Blinda  era  uma  mulher  miraculosa,  que  poderia  ter  crianças  de  maneira  natural,  mas   também  pelas  mãos,  pelos   pés,  pela  cabeça   pelo  sopro, etc...   Um  dia  choveu,  a  terra  ficou  úmida  e  cheia  de  lodo...  e   seus   pés  afundando-se  na terra não  pode  ela  mais  se  mexer,  transformando-se   numa  árvore.  Daí  por  diante  passou  a  alimentar  e   sustentar  os  homens  com  seus  preciosos  frutos”. 

 

            O   Carvalho foi  considerado o  Deus  Supremo  da  Gália  e  respeitado  pelo   seu  povo.  Nos   bosques  de  carvalhos  é  que  os druidas  tinham  seus  santuários  e,  segundo  nos   afirma  Plínio “não efetuavam  nenhum  rito  sagrado sem as  folhas do carvalho.  Depois  de  ter  sacrificado  dois  touros  brancos,  o  sacerdote,  vestido  de  branco,  sobe  na  árvore  e  corta  com  uma  foice   de  ouro   uma  bolota  que   recolhe  num   lençol  branco...   A  força   desta  tradição  é  conservada  até  hoje”. 

 

            Consideradas  sob  o  ponto  de  vista  da  influência  planetária,  há árvores  nobres  e  árvores  plebéias,  árvores  distintas  e  árvores  vulgares,  como   as   benéficas  e  jupiterianas  (como  a  goiabeira,  o  sapotizeiro, etc...)  e  as   maléficas   ou  saturninas  (entre  as  quais  é digna  de  nota  a  mancebinha  que  pode  provocar  a  morte  do  incauto   que  por  acaso  dormir  sob  sua  folhagem),  havendo  ainda,  a  marciana   como  a  nogueira  cujas  folhas  e  frutos  são  vermelhos.  Embora  maléfica   ou  saturnina  quanto  à  influência  planetária,  a  figueira  era  árvore  sagrada  para os  romanos, o que deu origem a uma porção de cultos extraordinários    interessantes que se perderam  em  grande  parte,  alguns apenas chegando  até  nós.  Havia  até  uma  fraternidade  que  Frans  Orvales  encontrou  em  1790,  na  igreja  de  São  Pedro,  fazendo  referência  a  um  cântico  de  fraternidade  e  ritos  em  torno  da  figueira  sagrada .

 

            Existem  árvores  de  muitas  espécies:  as  de  beleza,  as  de   ternura,  graça,  pura  força,  majestade,  austeridade,  raridade,  antiguidade,  etc...

 

            O   Pinheiro,  a   árvore  escolhida   para  o  Natal,   vem  das  tradições  nórdicas:  é a que  melhor  expressa o  conceito  de  “nobreza”,  de  “realeza”.  E  é  o  ar  de   ancianidade   do  pinheiro   que  lhe    uma  posição  especial  entre  as  árvores,  semelhante  ao  aspecto  de  um  sábio,  solitário,  como   diz  o  chinês,  vestido  de  ampla  túnica,  com  uma  cana  de  bambu  na  mão  e  que  caminha  por  uma  trilha  na  Montanha   e  como  que   representa  o  mais  alto  ideal  entre  os  homens.  O  pinheiro  personifica  o  silêncio,  a  majestade  e  o  desprendimento   pelas  coisas  terrenas  -  tão  semelhante  à  maneira  de  ser  do  sábio  solitário.  Símbolo  de  austeridade,  de   antiguidade,  de  paz  e  de  isolamento,  como  diz  o  poeta: “é  silencioso  e  imperturbável,  olha-nos  das  alturas,  pensando  que  viu  crescerem  tantas  crianças  e  envelhecerem  tantas  pessoas.  Como  um  velho  sábio,  compreende  tudo,  mas  não  fala.  Nada  tem  a  dizer.  Nisso  está  o  seu  mistério  e  a  sua  grandeza.”    

 

E que  dizer   das   Árvores  Sagradas?  Na  Agartha  existe  uma  árvore  de  nome ZAITANIA  que    leite  e  sangue  em  certos  períodos  ( os  dois  cálices)  o  de  SOMA e o de CHUKRA simbolizados  nas duas  folhas  da  porta  principal   de  nosso  Templo  de  São  Lourenço. As  pessoas  que  para    forem, já bem idosas  e  que,  por  motivos superiores,  tiverem   que  se  colocar  debaixo dessa  árvore, recuperarão a antiga  vitalidade  (Aliás  quanto  a  palavra  ZAITANIA,  queremos  esclarecer  que  todos  os  vocábulos  que  iniciam  com  a  letra “z” são  de  origem sagrada   Em  grego  ZEUS  é  DEUS) . 

 

            A  árvore  que  nasceu  sob  o  túmulo  de Tsong  Kapa, no Kook-Noor  e  que  dizem  ser  a  cabeleira  do  célebre  reformador  tibetano  do  século XIV,  a “árvore das dez mil imagens”,  como  a  chamavam,  traz  nas  suas  folhas,  mesmo  as  mais  novas,  como  fez  ver  ao  mundo  o  Padre  Huc  em  seu  livro “Dans le Tibet”,  a  seguinte  frase:  OM  MANI  PADME  HUM   (  Salve  ó   jóia   preciosa  do  loto ) .    

 

            Diante   de  todas  essa  citações  e  tradições ,  perguntamos:  Donde  vem  a  força,  o  poder   deste    símbolo,  desta   idéia  de  árvore,  tão  profundamente  enraizada  na  história,  na  cultura  e  no  Inconsciente Coletivo  da  Humanidade?   Vem  da  VERDADE,  que  as  civilizações,  que  o  tempo  não  conseguiu  apagar  ou  sufocar.  Vem  do  fato  de  existir   realmente  uma ÁRVORE - A  ÁRVORE  DOS  KUMARAS  ou  dos  KUMA-MARAS.  São  os  sete  que  se  encontram  em  “Aras”,  no  Kume  de  toda  a  Evolução,  os  Seres  que  se  firmaram  desde  o  início  da  evolução  de  nosso  Globo,  como  expressão  da  própria  LEI,  do   Propósito Divino na Terra ou, em outras palavras, expressão do Segundo  Trono. É  destes   Seres  ou  destas  Árvores  que  ciclicamente  amadurecem,  para  alimento   e  libertação  dos  homens,  os  preciosos  e  benditos   frutos   dos   AVATARAS  -  tais  como  Buda,  Jesus  e  muitos  outros  -  portadores  do  Conhecimento, da  Ciência  do  BEM e do MAL,  Senhor  de  Rigor  e  de  Justiça e outro  Sacerdotal.  Convém  notar  que  tão  excelsos  e  benditos  frutos  desta  Árvore  foram anunciados: um  por  uma  ESTRELA  e  outro  por  um  ANJO.  A  Estrela  anunciou  e  guiou  os  Reis,  os  homens  de  Estado,  enfim  o  Poder  Temporal  expresso  pelos  Quatro  Reis  Magos  ou  Magnos,  simbolizando  as  conquistas,  as  experiências,  os  valores  do  passado  nas  quatro  raças  que  se  foram:  daí  as  dádivas  ou  a  transferencia  dos  poderes  dos  séculos -  expressos  pelo  Ouro,  Mirra  e  Incenso”  à  Aquele  que  deveria  firmar  na  Terra  o  chamado      IMPÉRIO.  E  o  Anjo  foi  a  expressão  anunciadora  do  Poder  Espiritual  ou  Sacerdotal  -   O  QUE   SOBREVIVEU  A  TRAGÉDIA  DO  GÓLGOTA  PARA  QUE  SUA  MISSÃO  PUDESSE   CHEGAR  ATÉ  NOSSOS  DIAS  -  anunciou e guiou os Pastores - vocábulo que mais tarde passou aos Papas, finalizando o ciclo com o PASTOR ANGÉLICO...     

 

            Diante dos acontecimentos que vem ocorrendo na face da Terra, em especial no momento atual que atravessamos - conforme publicado em nossos trabalhos anteriores - a nossa mente se volta para aquilo que deveria ser realizado e não ocorreu. Sente-se, antes a necessidade, e agora o surgimento de uma Nova Idade, de uma Nova Ordem Universal, do QUINTO IMPÉRIO...

 

            Surgiu um misterioso e extraordinário livro, do poeta Augusto Ferreira Gomes, intitulado o QUINTO IMPÉRIO. Este intuído poeta português, entre outros maviosos versos, disse o seguinte:

 

 

Ao noturno passado - fé crescente -

erguendo olhos em sombras abismados,

e fechando-os de novo marejados

pelo sinal da névoa ainda ausente,

todos sentem que a alma, em vão dormente,

cisma com horizontes dilatados;

e vivem a verdade de esperados

domínios. E assim, abstratamente,

se constrói um Império ao pé do Mar,

- sentido universal de um só altar -

fundindo-se no céu imenso e aberto...

gentes! esperai que Deus, com sua mão,

desfaça para sempre a cerração

que envolve há tanto tempo o Encoberto...

“Quando dado o Sinal, o Império for

e quando o OCIDENTE ressurgir,

no momento marcado hão de tinir

pelos ares as trombetas do Senhor.

E haverá pelos céus, só paz e amor.

UM SÓ CÁLICE DE OURO há de fulgir,

uma só cruz na Terra há de existir

sem inspirar receio nem temor...

Será a hora estranha da Verdade.

E morta a pompa do pagão sentido,

Surgirá, então, A OUTRA IDADE.

Acabará este viver incerto.

Será o Império único e unido

Quando der o sinal o Encoberto!

 

 

 

            Tais versos não careciam comentários, devido a sua clareza. De fato, “quando o Ocidente ressurgir”, “UM SÓ CÁLICE DE OURO HÁ DE FULGIR”, e, “surgirá, então, A OUTRA IDADE”, o que é o mesmo que dizer: “um fim de ciclo apodrecido e gasto para o alvorecer de um outro portador de melhores dias para o Mundo”.

            Aqueles que visitarem o nosso Templo, hão de no mesmo encontrar um CÁLICE DE OURO LUZINDO sobre o seu ALTAR que, sendo dedicado a todas as Religiões do Mundo, isto é, ao Deus único de todas Elas, e, por conseguinte, à PAZ UNIVERSAL, tem o “sentido universal de um só Altar”.