Mitos
e Símbolos do
Cristianismo
“Era o Cristo chamado o Sol da Vida (Sal) e os grandes
doutores da Igreja como Euzébio, Clemente de Alexandria e tantos outros que
deixaram obras imortais, fazem referência ao Sol e a Cristo. O Sol gira em
torno dos doze
signos do zodíaco; por isso tinha Cristo doze apóstolos de primeira linha (relacionados com os doze trabalhos de
Hércules, do Sol ou de Cristo). Cada apóstolo desenvolveu uma característica na
doutrinação ou no trabalho pelo mundo. Estes eram os mais chegados pois, como
se sabe, o Cristo tinha muito mais apóstolos. Encontramos alusão a 72 apóstolos que de dois em dois pregavam em
terras da Galiléia, Eclodéia,
etc... que não estavam diretamente ligados a Cristo
como os 12 primeiros. Tudo isso não é mero acaso. São todos números
simbólicos: 72 + 12 = 84 ou seja
7 x 12. Portanto sete grupos de doze, inclusive os primordiais. Esses
números têm um sentido e não nascem de simples coincidência, como os leitores
podem observar (1). Até hoje eles se repetem nos símbolos das religiões que
antecederam ao próprio cristianismo.
Portanto,
sob o ponto de vista oculto ou esotérico, o Cristianismo obedece à lei dos
ciclos. Como vimos de acordo com os ensinamentos das diversas tradições
místico-religiosas, de ciclo em ciclo há a manifestação de um Ser, do AVATARA, como deixa claro o “Bhagavad-Gita”.
A
Lei que rege essas cíclicas aparições é a mesma que faz com que tais aparições
possam ser descobertas também pela inspeção do zodíaco. A era de Cristo
corresponde ao signo de Piscis. É por esta razão que
Cristo era identificado pelo nome de Peixe, Iessus Christus Theou Uios Soter: Jesus Cristo Filho de
Deus Salvador, era a fórmula iniciática ou simbólica de expressar o Grande
Peixe (Peixe, Piscis, Iktis:
I.CH.TH.U.S). Aquele que
nascera das Grandes Águas Celestes. Toda a iniciação, toda a cultura daquela
época até nossos dias nasceu deste símbolo. Eram os
“peixes” que semeavam a doutrina e foi o símbolo secreto do movimento.
Tertuliano dizia: “Cristo era o Grande Peixe que desceu para arrebanhar os
peixinhos”. Serve como palavra de ...identificação
pois os primitivos cristãos não podiam, com riscos da própria vida, falar
abertamente em Cristo ou na Cruz que, embora muito anterior ao cristianismo,
vai surgir mais tarde.
Vemos
assim que aproximadamente de dois em dois mil anos se produz uma modificação radical
nos vários setores da atividade humana. Estamos agora no final da era de Piscis e assistimos ao declínio e à decadência da religião
católica, que perdeu a responsabilidade por não a ter transmitido a seus fiéis.
Abre-se, portanto, uma nova página para a História da Humanidade, pois no final
deste século entraremos na era de AQUARIUS e iremos
nos defrontar com uma nova e esplendorosa manifestação da Divindade. Surgirá no
mundo o esperado MAITRÉYA, o Buda de compaixão das
tradições tibetanas, o Cavaleiro Sosion nas tradições
persas, enfim, o Novo Avatara. Todos
esses grandes Seres
são sempre precedidos de movimentos secretos que preparam as suas vindas
através de Centros Iniciáticos ou expressões na terra do Governo Oculto do
Mundo (Agartha). No caso do Cristianismo, como sabemos, duas foram as sociedades que se incumbiram de
preparar sua vinda: a dos Essênios e a dos Terapeutas.
O
Cristo vai morrer crucificado na Primavera, quando o sol está surgindo depois
de longo inverno e a terra vai reflorescer, isto é, cobrir-se de flores. É
também a época de preparar os terrenos para a lavoura. Os deuses surgem com o
poder da Primavera. No cristianismo aconteceu o inverso: Cristo, que veio
transformar a “ordem estabelecida”, morre quando o sol da terra desponta e
nasce quando o sol desaparece - no inverno para o hemisfério norte (21-24 de
dezembro) - e
as longas noites envolvem as terras daquela região. Isto porque Ele representa
o Avatara da idade de ferro, isto é,
das lutas e dos conflitos: vem como luz que brilha nas trevas (Inverno) como
símbolo vivo de Liberdade, Igualdade, Fraternidade, em outras palavras, da
Justiça e do Amor que os homens não compreenderam,
como ensina seu Apóstolo bem-amado João.
Tentou
consolidar a idéia fundamental de que todas as criaturas da terra são irmãos e
como tal se devem tratar. Que todos são iguais perante o Pai (A LEI). Procurou
ensinar que quem com ferro fere com ferro será ferido,
porquanto nasceu durante a Idade de ferro, das lutas, dos conflitos. Quis
irmanar todos os povos na sua imensa bondade. A sua grande Mensagem ou Nova para o
mundo foi, sem dúvida, a que trouxe a segurança de continuidade da existência
após a morte, ponto obscuro nos ensinamentos dos que o antecederam. “No reino
de Meu Pai há muitas
moradas” (e não uma só, um céu comum para todos, coisa impossível já que nem
todos nascem ou morrem com o mesmo estado de consciência...). Por não nascerem
os homens com as mesmas tendências, experiências ou estado de consciência, é
que há a diversidade de nascimento, de vida, de missão, etc... Do mesmo modo quando se morre... Cada um colhe na vida póstuma segundo as suas
obras, realizadas enquanto vivo.
É
importante salientar que este Avatara
nasceu em condições humildes em oposição a outros que surgiram como sacerdotes,
reis, guerreiros, etc... Pois Ele veio para os humildes e seu
trabalho foi entre os oprimidos, de condição social inferior e sujeitos a todas as humilhações e provações... Veio
trazer a grande ESPERANÇA e o “meio” de alcançarem a salvação libertando-se das
condições dolorosas em que viviam não apenas no campo da mística, mas, também
do setor político
e social, tão pouco compreendido. Lançou a semente, o germe da Liberdade, mostrando
a Fraternidade pela Igualdade, dizendo: “Os humildes serão exaltados e os exaltados
serão humilhados...” e
“É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha que entrar um rico no reino dos
céus”, etc... E após decorrido
quase dois mil anos, podemos verificar que as condições sociais, políticas,
etc. se modificaram profundamente, cujo epílogo teve início com a Revolução Francesa.
Como
vimos, em toda a antiguidade o Sol era adorado, e o leitor esclarecido deve ter se apercebido de
que era o Sol Espiritual. Era adorado também, o Fogo Solar, uma expressão na
terra do que existia no alto, como símbolo do Poder Divino, criador da Vida e
do Amor. A união do Sol (elemento masculino) com a Terra (expressão
feminina: terra, mater-rhéa, matéria...) era
comemorada pelos pagãos nove meses antes do inverno, quando se dizia que Ísis (a Mãe Divina)
tinha concebido. O dia da Anunciação, dia no qual a “Virgem Maria” recebeu o “Filho do Altíssimo”,
é celebrado pelos cristãos nove meses antes do Natal...
A
Natureza, a terra, entre muitos povos e tradições é chamada a “Mãe Terra”, a
Virgem sempre imaculada que, concebendo sem cessar, fecundada pelos raios
ardentes e vivificantes de seu Senhor - o Sol, se torna
a Mãe de tudo que vive e respira em seu vasto
seio. Daí o ritual, o caráter sagrado daquilo que Ela produz: PÃO E
VINHO. Durante os Mistérios de Elêusis (messis para os profanos
- Pro-fanum - fora do templo - que veio a ser a missa
cristã. Donde Messias ou Messiab: “Aquele que faz
amadurecer as colheitas”), o vinho representava Baco e o pão (trigo) CERES.
Ceres ou Deméter era o princípio produtor feminino da terra, esposa do Pai
Zeus; Baco, o filho de Zeus-Júpiter, o próprio Pai manifestado. Ceres e Baco
eram personalidades da substância (matéria) e do espírito - os dois princípios
vivificantes. O Hierofante Iniciador apresentava
simbolicamente aos candidatos, antes da revelação final dos mistérios, o VINHO
e PÃO, que eles bebiam e comiam para testemunhar que o Espírito
devia vivificar a Matéria ou, em outras palavras, que a Divina Sabedoria do Eu
interior devia penetrar a Alma, tomar posse dela, para poder se
“auto-revelar”.
Esse
rito foi adotado pela igreja cristã. O hierofante
que, então, era chamado Pai, tornou-se Padre, o que administra a comunhão. As palavras de Jesus na Última Ceia: “Aquele que comer minha
carne e beber meu sangue terá a vida eterna... as palavras que vos dou, são
Espírito e Vida”, mostram o seu perfeito conhecimento do significado do Pão e do Vinho, da União ou casamento que
deve existir entre a Matéria e o Espírito (a Terra e o Céu).
No
“Kalevala”, o mais antigo poema épico dos
finlandeses, antiguidade que antecede a era cristã e de que nenhum erudito pode
duvidar, fala-se dos deuses da Finlândia, dos deuses do ar, das águas, do fogo,
das florestas, etc. Nesta tradição encontramos também a história de MARIATTA, filha da beleza (a Virgem Mãe das terras nórdicas)
que é escolhida de UKKO - o Grande Espírito - cuja
morada é em Yumala (Paraíso), para se encarnar. Ela
concebe, colhendo e comendo uma baga vermelha e dá nascimento ao FILHO IMORTAL
numa manjedoura ou estábulo. Mais tarde o Santo Menino
desaparece; depois de muitas buscas trazem-no de volta e passam a determiná-lo
de “Flor”, enquanto outros o nomeiam “Filho da Dor”.”
O PAI DO
FOGO SAGRADO - AGNI
(donde se
originou AGNUS - o CORDEIRO)
“AGNUS DEI
QUI TOLTIS PECCATA MUNDI,
isto é, o cordeiro ou o Fogo, Sabedoria que tira o pecado do
mundo...(2) o divino carpinteiro Twashil, que devia
gerar o Filho, o que prepara a Cruz, o Pramantha. A Mãe do Fogo Sagrado
é a Divina Maya (que tanto vale por Maria). Quando
nasce o pequeno Agni, é colocado num berço entre
animais e ao lado fica a vaca (Vaca, de Vach em
sânscrito, que significa o Verbo criador, a Palavra Sagrada). O Sacerdote
toma-O nas mãos, colocando sobre o altar e espalhando sobre ele manteiga
clarificada (A UNÇÃO ou “Santos Elos” que a mesma igreja usa nos seus batizados).
É justamente quando Ele toma o nome de “Ungido”, “AKTA”
em sânscrito e “CRISTOS”
COLÉGIOS INICIÁTICOS
Em
cada nação antiga havia um templo iniciático que era superior aos demais. Ali
residiam os grandes sacerdotes, chefiados pelo Supremo Hierofante,
como “Guardião da Palavra Perdida”. Na Índia é denominado de Brahmatma (Alma de Brahmã ou seu
representante na Terra, na mesma razão do “Papa como representante do Cristo”)
cópia que se fez das antiquíssimas tradições vedantinas. Como chefe da Igreja Brahmânica,
usa ele uma
Mitra, na qual estão cruzadas duas chaves (tal como a Mitra e a Chave da Igreja
Católica), como símbolo das que abrem o cofre onde se acham guardados pergaminhos
e outros objetos e a mesma Palavra Perdida. Tal Palavra transmite ele ao seu sucessor
e este passa então a usar os mesmos símbolos sagrados. Na Caldéia era chamado Java-Aleim; no
Egito Pontífice Pironis
e no Tibete, Maha-Choan.
Este chefe de uma religião existiu sempre entre todos os povos. No México era Queltzalcoatl (a serpente de plumas ou alada), entre os Tzentais, Wotan,
etc. A igreja cria o “Sacro Colégio dos Cardeais”, simbolizando o
Colégio Iniciático desses povos, todos eles com alguns milênios de tradição.
* * * * *
Pouco
a pouco vão se introduzindo novas cerimônias nos cultos... O Chefe toma o nome de Pontífice e
a túnica branca para as vestes. Algumas tradições gregas e hebraicas, como por exemplo a cerimônia da Páscoa, que fica também de uso
cristão, ao invés de ser realizada nas sinagogas, passa a ser nas igrejas, nos
templos cristãos que vão surgindo. Os festejos simbólicos de purificação da
mancha do pecado original são também aproveitados, introduzidos nas cerimônias
cristãs. A batina preta posta em uso entre o clero secular,
foi tomada dos sacerdotes de Mitra; é a “hierocorace”
assim chamada por ser a cor dos corvos (corax). A
“tonsura” ou a coroa que os sacerdotes trazem no alto da cabeça, é a herança
dos de Anúbis no Egito. Está relacionado com o que os hindus chamam de “chacra coronal” ou o “loto de mil pétalas”, centro de força
através do qual penetra o “fio de Sutratmã”, o que
liga o homem a Deus. Os sacerdotes de Júpiter usavam um chapéu preto, alto quadrado “chapéu dos Flamínios”
(os chapéus dos sacerdotes armênios e gregos modernos); a casula dos padres é
cópia das vestimentas que usavam os sacerdotes sacrificadores Fenícios,
“vestimenta chamada Colárisis que presa no pescoço
descia até os pés...”.
Os
antigos pagãos usavam a água santa ou lustral para purificar suas cidades, seus campos, seus templos
e os homens: tudo isso se pratica hoje nos países católicos romanos. As fontes
batismais, achavam-se à porta de cada templo, cheias de água lustral e se chamavam favisses e aquimenaria. Antes de
oferecer o sacrifício, o Pontífice ou curion (cura)
mergulhava um ramo de louro na água lustral e a espargia para toda a
congregação: o que era chamado então de lustrica e aspargilium e hoje é chamado hissope
ou aspersório. Esse aspersório
nas mãos das sacerdotisas de Mitra, era o símbolo do lingam
universal: durante os mistérios era mergulhado no leite lustral e espargido
pelos fiéis, era o emblema da fecundidade universal. O uso da água benta no
Cristianismo é, portanto, um rito de origem fálica. Ainda mais, a idéia
subjacente nesse fato é puramente oculta e pertence ao cerimonial mágico.
No
dicionário português do Frei Domingos Vieira, pg. 830, encontramos o seguinte:
BUDISMO - sistema
moral, etc. e abaixo: “No cristianismo há muitos traços que revelam a
influência do Budismo na sua formação”.
O
Rev. R. P. Hue, missionário católico e figura acatadíssima em toda a França não só pelo alto saber como
por sua vastíssima cultura diz: “As vestes de um grande Lama, que é Superior de
cada Lamassaria (Mosteiro Lamaico)
são rigorosamente as de um Bispo: Mitra amarela, um longo bastão em forma de
báculo episcopal na mão direita”. Por mais superficialmente que se examinem as
reformas do Tsong-Kapa, no culto lamaico,
não se pode deixar de notar as semelhanças com os católicos. A croça, a mitra, a capa ou pluvial que os grandes Lamas usam
em viagem, nas cerimônias fora dos templos, o ofício a dois, a psalmodia, os exorcismos, a benção estendendo a mão direita
sobre a cabeça dos fiéis, o rosário, etc...
O rosário budista é
composto de 108 rodelas. Tem seu simbolismo
que é transcendente, senão
vejamos: 365 dias formam
um ano. Cem anos um século. Dez séculos = mil
anos. Pois bem, 2.250 anos
aproximadamente é o
tempo em que
o Equinócio da
Primavera coincide com uma
determinada constelação zodiacal.
O aparecimento “cíclico” dos Avataras se
liga a estes
centros cósmicos, como
tivemos ocasião de nos referir.
O de Jesus
foi o de Piscis, o próximo
será o de Aquarius. Doze voltas completas
formam um ciclo
cósmico maior, aproximadamente de
27.000 anos segundo
nos ensinam as
tradições esotéricas. 27.000 anos
vezes os quatro
ciclos dá 108.000
anos, que corresponde
ao Periélio e
quatro ciclos do
Periélio formam outro maior,
de 432.000 anos (exposto
no início de
nosso trabalho). Os números 108
e 432 são
os módulos trágicos,
a chave para o segredo das
leis dos ciclos,
módulos básicos das
cronologias bramânicas que
medem os ciclos
cósmicos a que
nos referimos. (exemplo de valor
deste módulo: um
minuto igual a sessenta segundos; uma hora
igual a 3.600
segundos. Em 120
horas - 432.000 segundos.)
Estes números 108
e 432 se
ligam á Idade
que atravessamos, a de
Ferro ou Kali-Yuga,
e como tal
não poderia o
Avatara Cristo deixar
de estar estritamente
ligado ou relacionado
com tais valores.
A Cruz tinha, por
“coincidência”... de altura 4,32
metros e cada
braço 1,08 medidas
canônicas do ciclo a que Lhe dizia respeito que é o da Kali-Yuga;
mistério que se
liga a uma OUTRA
CRUZ - a
do PRAMANTHA, a CRUZ DA
LEI e
ao... CRUZEIRO DO SUL. Este mistério, que
é também o
da Tragédia do Gólgota, onde o
Redentor derramou o
seu sangue para
redenção dos homens,
tem o seu amplo significado na Revolução Francesa
(LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE),
onde morreram nada
menos que 432.000
pessoas.
* * *
O
cristianismo simbolizou todos os sacrifícios ritualísticos, terminando com o
derramamento de sangue
de homens ou
mesmo de animais,
que se fazia
antigamente. Com o passar
dos séculos homens
e animais foram
substituídos por vegetais
e mais tarde o
sacrifício se resumiu a
símbolos, tendo hoje como símbolo máximo... a HÓSTIA (3)
que simboliza toda
a cerimonia do
sacramento maior do cristianismo: a EUCARISTIA .
Hostiário eram
os combatentes que
perdiam uma luta
e deviam dar
em troca o
seu próprio sangue.
Mais tarde, verificando
que os homens
eram necessários, não
foram mais sacrificados, mas
feitos prisioneiros e
imolados, então animais.
Sendo também contra
a economia matar
animais que se
tornavam mais escassos
e mais caros,
substituíram-se os sacrifícios
por vegetais, as primeiras
colheitas do TRIGO, as primeiras colheitas
de CERES. Daí se
originou o pão de
fermento que os
antigos denominavam “boletus” que eram
comidos e repartidos nos templos, em substituição aos sacrifícios
então oferecidos. Tudo isso
ficou com o
nome de hostiário,
hoste e hóstia.
Por isso, quando
o cristianismo chegou
a Roma, simbolizou-se
a última ceia
que Jesus tomou
com seus discípulos,
antes de ser crucificado ,
a qual depois
tomou forma ainda
hoje alegorizada no
sacrifício da Missa
- a Eucaristia.
Também o pagão,
na época das
vindimas, procurava exaltar
o Deus-Sol que
ajudava os homens
acalentando-os e cujo
calor fazia frutificar
as uvas. Baco é
o símbolo do
Deus solar que
fez com que
os gregos dissessem:
“É o vinho
o sangue de
Baco - as
bacanais - festa
de exaltação e
agradecimento ao Deus-Sol,
doador da vida,
do calor”. O rito
estava completo: o
pão era repartido
e o vinho era
tomado pelos que
se reuniam para
exaltar e agradecer
a Deus, como
o próprio Jesus
tinha feito na
última ceia. O PÃO passa
a simbolizar o corpo do Cristo e o VINHO o
sangue do Redentor, como ainda é
hoje.
A união entre
o homem físico
e o Ser
Superior era o
caminho da salvação expressa no
velho simbolismo pagão
com o sentido
filosófico, místico e
ritualístico das religiões
orientais. Tem o
Budismo certos rituais
que se ligam
a este mesmo
fenômeno de ordem
psicológica, da identificação
do homem com
o princípio superior,
pelo processo da Teofagia, da manducação divina.
Deverão pensar em
alguma coisa que
pertença a Deus
para que se processe ou
se possa seguir
o caminho do Teófago. Ele então se
identifica: ele e o Cristo são
uma mesma pessoa.
Esta identificação pela
grande cerimonia dá-lhe
a redenção, se de
acordo com a
doutrina de São
Paulo é predestinado à salvação, senão poderá pela bondade, pela tenacidade, conseguir a aliança,
a graça.
Conta-se que Dioniso
foi morto pelos
Titãs. Zeus enfurecido com
os Titãs, resolveu
exterminá-los. O Chefe, entretanto, a saber da
determinação do Pai
dos Deuses, ordenou
a seus companheiros
que comessem Dioniso.
Zeus, conta
a história, não
pôde exterminá-los pois o seu
Filho amado estava
no interior de
cada Titã. Para recuperar o
seu filho tinha
que reunir os
“pedaços”: deste modo
impôs a si
mesmo o trabalho
de redimir a
cada um deles...”
A
Á R V
O R E
“Não sendo propósito
nosso discorrer sobre
todos os símbolos e
todas as tradições
que se ligam
ao cristianismo, desejamos focalizar os
principais e, em particular, àqueles
ligados ao Natal,
tais como: a Árvore. As luzes
e lanternas que
figuram na mesma,
o Papai Noel,
a Estrela de Cinco
Pontas, o Anjo,
os Quatro Reis Magos, inclusive
os presentes que
cada um recebe...
“de acordo com
seus merecimentos”. Através de todas as tradições, verificaremos que a Árvore está estreitamente ligada
a vida do
homem. E a
Árvore de Natal
que figura em
todos os lares, cujo
simbolismo ora apresentamos, é
bem anterior a
Lutero. Um símbolo
vegetal é sempre
ligado às religiões e Jeová está representado constantemente perto
da chamada Arvore
Sephirotal
- a árvore
do BEM e
do MAL. Deus
figurando como o
princípio criador de
tudo e ao
mesmo tempo o
Pai e a
Mãe de todas
as coisas, é
um Princípio Duplo.
Eis porque é
representado ao lado
de Etz-ha-Daat - a
Árvore do Bem
e do Mal,
isto é, do
Conhecimento e Etz-ha-him
- a Árvore
da Vida, aquela
que confere a
Imortalidade. Nos textos
bíblicos encontramos a
expulsão de Adão
e Eva do paraíso terrestre
porque, desobedecendo a Deus
que lhes proibira a aproximação
de uma das árvores -
de um tabu
vegetal - comeram
o fruto proibido.
Foi o espírito
do Mal , representado
pela serpente, que
lhes havia alertado:
“Se comerdes desse
fruto , ficareis tão sábios
quanto Deus”. Como
castigo pela desobediência foram expulsos
do Paraíso. Mas, o
que o texto
bíblico ( interpretado ao
pé da letra)
não conta é
que eram duas
serpentes: uma branca e outra preta, por
isso que se
tratava da Árvore
do BEM e
do MAL.
Vemos assim, que
arvore foi sempre
uma expressão ligada
às religiões. Encontramos também
na Grécia uma
Árvore como tabu
religioso, como acontece
na China e na Índia. Mesmo os
povos escandinavos tinham
a Árvore como
um tabu sagrado
por ser o Símbolo Universal
do Conhecimento e da Vida.
Através de nossa
cultura podemos explicar
o porque dessa
imagem e concebermos muito
bem a razão
de terem os
antigos tomado tal
símbolo da vegetação
para representar, primeiro
o CONHECIMENTO, depois
a VIDA. A idéia de
Vida surge da
de classificação, aliás
muito bem enunciada
por Lineu que,
conseguindo demonstrar o
seu ponto de
vista através de
explicação etnológica, apresenta os ramos ligados todos a um
único tronco, de onde o conceito claro
de ramificação e portanto de
classificação, ligada à
idéia de árvore,
isto é, origem,
quando se refere
à árvore genealógica.
A árvore se
biparte - dando
duas grandes distinções
- para num processo
binário classificar todas
as coisas: BEM ou MAL, POSITIVO
ou NEGATIVO, LUZ ou SOMBRA,
etc... É portanto de
todo em todo
coerente e profundamente
lógica a concepção
de ligarmos todas
as coisas à Arvore, mas, árvore
no sentido ou, digamos melhor, numa
interpretação de conhecimento, de ciência
das coisas, tanto que o
alfabeto que se
originou dos vegetais como
Gaélico, tem cada
letra ou fonema
correspondendo a um
vegeta, escrevendo-se com raminhos de árvore
- árvore ligada
à noção de alfabeto, conhecimento,
etc...
Por que a
idéia de Vida?
É porque o
papel do mundo
vegetal no mecanismo
de nossa vida, do
nosso entendimento, é
importante. A tradição nórdica
dos povos da
Noruega, Suécia , etc... fala em “freixo do
mundo”, desenvolvendo muitos
aspectos deste simbolismo,
daquele “freixo”
em torno
do qual a
Terra girava (Arvore do
BEM E DO MAL) onde
vicejava a fonte
do Universo, a
fonte do Conhecimento.
O próprio rei
dos deuses, querendo
dominar toda a
força obscura da
natureza, que faz? Vai até onde
se encontravam os “freixos do mundo”,
arranca-lhe as folhas
e sobre estas
escreve as “Runas”, linguagem
sagrada nórdica que
não poderá ser
compreendida nem bem
interpretada senão por
aquele que esteja de posse
da “chave” da mesma. Enquanto as
“Runas” escritas, que, constam de dezesseis
letras, são conhecidas, as
antigas, compostas de
traços e sinais, são indecifráveis, dando-lhes
o nome de
“caracteres mágicos”. Segundo dizem,
foram inventadas por ODIN e este,
para poder depois
beber a “Água Pura do Universo”,
foi lhe exigido
o Olho Direito...
Desde a mais
remota antiguidade as
árvores desempenham um
grande papel no
culto e nos mitos
dos povos, isto
porque se liga
à tradicional Árvore do Paraíso - a do Conhecimento do BEM e do
MAL - uma
vez que tudo
na vida do
homem está em
relação ao que
ele pensa ou
sente, dentro do
conceito do que
supõe ser um MAL ou um BEM, que
não deve ser
confundido com a ÁRVORE
DA VIDA, plantada
na 8a. CIDADE (A INTERDITA)
e que teve
de ser interiorizada
para não ser atingida
e conspurcada por
aqueles que não
possuíam ainda o
estado de consciência
para compreendê-la. “Nada tem isto
de extraordinário, diz o
prof. Jung, pois numerosos mitos
afirmam que o
homem nascia da árvore - da Mãe
Árvore”. Daí entender-se a
estreita relação entre
os “frutos” e os
filhos. Em uma
figura mexicana da era pré-colombiana, encontramos desenhada a Árvore onde
os frutos estão
representados por seios
ou mamas -
tendo homens e crianças
se alimentando.
Diz
o prof. Klimas: “Para um lituano a
árvore era uma coisa íntima e familiar,
a tal ponto
que a vida
e o destino
de um homem
estavam ligados à
vida de uma
árvore”.
De acordo com
o testemunho contemporâneo, na
aldeia de Konenai, na
margem direita do Niemeu, em 1805
viam-se camponesas que
diante de um
chorão oravam pela
felicidade e multiplicação das
crianças, segurança, etc... ligando-se tal fato
a lenda de
Blinda. “Blinda era
uma mulher miraculosa,
que poderia ter
crianças de maneira
natural, mas também
pelas mãos, pelos
pés, pela cabeça
pelo sopro, etc... Um
dia choveu, a
terra ficou úmida
e cheia de
lodo... e seus
pés afundando-se na terra não
pode ela mais
se mexer, transformando-se numa
árvore. Daí por
diante passou a
alimentar e sustentar
os homens com
seus preciosos frutos”.
O Carvalho foi considerado o
Deus Supremo da Gália e
respeitado pelo seu
povo. Nos bosques de
carvalhos é que os
druidas tinham seus
santuários e, segundo
nos afirma Plínio “não efetuavam nenhum
rito sagrado sem as folhas do carvalho. Depois
de ter sacrificado
dois touros brancos,
o sacerdote, vestido
de branco, sobe
na árvore e
corta com uma
foice de ouro
uma bolota que
recolhe num lençol
branco... A força
desta tradição é
conservada até hoje”.
Consideradas sob o
ponto de vista
da influência planetária,
há árvores nobres e
árvores plebéias, árvores
distintas e árvores
vulgares, como as
benéficas e jupiterianas (como
a goiabeira, o
sapotizeiro, etc...) e
as maléficas ou saturninas (entre
as quais é digna
de nota a
mancebinha que pode
provocar a morte
do incauto que
por acaso dormir
sob sua folhagem),
havendo ainda, a marciana
como a nogueira cujas
folhas e frutos
são vermelhos. Embora maléfica ou saturnina quanto
à influência planetária,
a figueira era
árvore sagrada para os
romanos, o que deu origem a uma porção de cultos extraordinários interessantes que se perderam em
grande parte, alguns apenas chegando até
nós. Havia até
uma fraternidade que Frans Orvales
encontrou em 1790,
na igreja de
São Pedro, fazendo
referência a um
cântico de fraternidade
e ritos em
torno da figueira
sagrada .
Existem árvores de
muitas espécies: as de beleza,
as de ternura,
graça, pura força,
majestade, austeridade, raridade,
antiguidade, etc...
O Pinheiro, a
árvore escolhida para
o Natal, vem
das tradições nórdicas:
é a que melhor expressa o
conceito de “nobreza”,
de “realeza”. E é
o ar de ancianidade do pinheiro
que lhe dá
uma posição especial
entre as árvores,
semelhante ao aspecto
de um sábio,
solitário, como diz
o chinês, vestido
de ampla túnica,
com uma cana
de bambu na
mão e que
caminha por uma
trilha na Montanha
e como que
representa o mais
alto ideal entre
os homens. O pinheiro personifica
o silêncio, a majestade e
o desprendimento pelas
coisas terrenas -
tão semelhante à
maneira de ser
do sábio solitário.
Símbolo de austeridade,
de antiguidade, de
paz e de
isolamento, como diz
o poeta: “é silencioso
e imperturbável, olha-nos
das alturas, pensando
que viu crescerem
tantas crianças e
envelhecerem tantas pessoas.
Como um velho
sábio, compreende tudo,
mas não fala.
Nada tem a
dizer. Nisso está
o seu mistério
e a sua
grandeza.”
E que dizer das
Árvores Sagradas? Na Agartha existe
uma árvore de
nome ZAITANIA que dá leite e sangue em
certos períodos ( os
dois cálices) o
de SOMA e o de CHUKRA simbolizados nas duas
folhas da porta
principal de nosso
Templo de São
Lourenço. As pessoas que
para lá forem, já bem idosas e
que, por motivos superiores, tiverem
que se colocar
debaixo dessa árvore, recuperarão
a antiga vitalidade (Aliás
quanto a palavra
ZAITANIA,
queremos esclarecer que
todos os vocábulos
que iniciam com
a letra “z” são de
origem sagrada
A árvore que
nasceu sob o
túmulo de Tsong Kapa, no Kook-Noor e que
dizem ser a cabeleira do
célebre reformador tibetano
do século XIV, a “árvore das dez mil imagens”, como
a chamavam, traz
nas suas folhas,
mesmo as mais novas,
como fez ver
ao mundo o
Padre Huc em
seu livro “Dans
le Tibet”, a
seguinte frase: OM MANI PADME HUM
( Salve ó
jóia preciosa do
loto ) .
Diante de todas
essa citações e
tradições , perguntamos: Donde
vem a força,
o poder deste
símbolo, desta idéia
de árvore, tão
profundamente enraizada na
história, na cultura
e no Inconsciente Coletivo da
Humanidade? Vem da VERDADE,
que as civilizações,
que o tempo
não conseguiu apagar
ou sufocar. Vem do
fato de existir
realmente uma ÁRVORE - A
ÁRVORE DOS KUMARAS ou
dos KUMA-MARAS. São os
sete que se
encontram em “Aras”,
no Kume de toda a
Evolução, os Seres
que se firmaram
desde o início
da evolução de
nosso Globo, como
expressão da própria
LEI, do Propósito Divino na Terra ou, em outras
palavras, expressão do Segundo Trono. É destes Seres
ou destas Árvores
que ciclicamente amadurecem,
para alimento e
libertação dos homens,
os preciosos e
benditos frutos dos AVATARAS - tais
como Buda, Jesus
e muitos outros
- portadores do
Conhecimento, da Ciência do BEM
e do MAL, Senhor de
Rigor e de
Justiça e outro Sacerdotal. Convém notar
que tão excelsos
e benditos frutos
desta Árvore foram anunciados: um por
uma ESTRELA e
outro por um
ANJO. A Estrela anunciou
e guiou os
Reis, os homens
de Estado, enfim
o Poder Temporal expresso
pelos Quatro
Reis Magos ou
Magnos, simbolizando as
conquistas, as experiências,
os valores do
passado nas quatro
raças que se
foram: daí as
dádivas ou a “transferencia
dos poderes dos
séculos - expressos pelo
Ouro, Mirra e
Incenso” à Aquele
que deveria firmar
na Terra o
chamado 5º IMPÉRIO.
E o Anjo
foi a expressão
anunciadora do Poder
Espiritual ou Sacerdotal
- O
QUE SOBREVIVEU A TRAGÉDIA DO GÓLGOTA PARA QUE
SUA MISSÃO PUDESSE
CHEGAR ATÉ NOSSOS
DIAS - anunciou e guiou os Pastores - vocábulo que
mais tarde passou aos Papas, finalizando o ciclo com o PASTOR ANGÉLICO...
Diante
dos acontecimentos que vem ocorrendo na face da Terra, em especial no momento
atual que atravessamos - conforme publicado em nossos trabalhos anteriores - a
nossa mente se volta para aquilo que deveria ser realizado e não ocorreu.
Sente-se, antes a necessidade, e agora o surgimento de uma Nova Idade, de uma
Nova Ordem Universal, do QUINTO IMPÉRIO...
Surgiu
um misterioso e extraordinário livro, do poeta Augusto Ferreira Gomes,
intitulado o QUINTO IMPÉRIO. Este intuído poeta português, entre outros
maviosos versos, disse o seguinte:
Ao noturno
passado - fé crescente - erguendo olhos em
sombras abismados, e fechando-os
de novo marejados pelo sinal da
névoa ainda ausente, todos sentem que
a alma, em vão dormente, cisma com
horizontes dilatados; e vivem a
verdade de esperados domínios. E assim,
abstratamente, se constrói um
Império ao pé do Mar, - sentido
universal de um só altar - fundindo-se no céu
imenso e aberto... gentes! esperai que Deus, com sua mão, desfaça para sempre
a cerração que envolve há
tanto tempo o Encoberto... “Quando dado
o Sinal, o Império for e quando o
OCIDENTE ressurgir, no momento
marcado hão de tinir pelos ares as trombetas
do Senhor. E haverá
pelos céus, só paz e amor. UM SÓ CÁLICE
DE OURO há de fulgir, uma só cruz na
Terra há de existir sem inspirar
receio nem temor... Será a hora
estranha da Verdade. E morta a
pompa do pagão sentido, Surgirá,
então, A OUTRA IDADE. Acabará este
viver incerto. Será o
Império único e unido Quando der o
sinal o Encoberto! |
Tais
versos não careciam comentários, devido a sua clareza. De fato, “quando o
Ocidente ressurgir”, “UM SÓ CÁLICE DE OURO HÁ DE FULGIR”, e, “surgirá, então, A
OUTRA IDADE”, o que é o mesmo que dizer: “um fim de ciclo apodrecido e gasto
para o alvorecer de um outro portador de melhores dias
para o Mundo”.
Aqueles
que visitarem o nosso Templo, hão de no mesmo
encontrar um CÁLICE DE OURO LUZINDO sobre o seu ALTAR que, sendo dedicado a
todas as Religiões do Mundo, isto é, ao Deus único de todas Elas, e, por
conseguinte, à PAZ UNIVERSAL, tem o “sentido universal de um só Altar”.