No
Caminho da Iniciação
Vive
no homem uma mola mestra, um acumulador de “energia” que estimula sensivelmente
todas as suas atitudes e modo de pensar. Este estimulador reage através dos
sentidos e impulsiona o homem a pautar sua vida dentro de certos contextos, normas
e padrões.
Praticamente,
esta energia rege a todos indistintamente vibrando inconscientemente e exercendo
sempre um direcionamento específico que faz o homem realizar suas tarefas
ligadas, inicialmente, por princípios básicos de sobrevivência.
A
prova é que nem sempre o homem acorda sabendo o que vai conquistar naquele dia,
como vai ser e o quê vai ganhar para si e para os seus.
De um
modo geral, vive-se e realiza-se dentro desse contexto estimulado pela necessidade
básica de sobrevivência.
Cada
qual à sua maneira contribui para o crescimento geral da população.
Por pequena que seja a sua
parcela vai incorporando a outras tantas, que no aspecto coletivo acaba
interagindo com o todo, numa repercussão silenciosa mas, no entanto, visível e
eficaz.
Esse fator reagente
impulsiona o homem a realizar suas tarefas, sua vida e até o seu destino.
Uns, às margens, outros,
mais participativos no contexto, e uma minoria ditando regras, costumes e
procedimentos e que muitas vezes eles mesmos não cumprem.
Estando estes reagindo e
realizando suas tarefas dentro das normas de progresso e evolução, todos, de um
modo geral, vão colhendo, uns mais, outros menos, este estímulo engrandecedor.
Quando certas pessoas
encontram-se numa posição mais privilegiada e procuram realizar obras justas e
perfeitas, nenhum desajustado poderá conseguir macular o seu crescimento e do
seu povo.
O crescimento em todos os
níveis acontece sem que as pessoas percebam efetivamente este estímulo, embora
reajam sutilmente aos seus resultados.
Muitos procuram em sã
consciência propagar ondas vivas de beleza, progresso e saber em todos as
classes sociais.
Demora, entretanto, hoje ou
amanhã, os resultados aparecem. De inicio, sutis, depois, palidamente, até
aparecerem efetivamente, como resultado de uma ação eficaz das mentes sadias e
pensantes do lugar.
Começando de maneira
individual, depois na família. Mais adiante, entre os amigos e vizinhos e logo
por toda a região.
A sabedoria popular nos
revela: Para se conhecer uma casa basta observar as crianças e os animais que
ali vivem.
Da mesma forma que
tentáculos, essa “energia”, vai se propagando em todos os níveis e direções.
Vai envolvendo o maior número possível de pessoas até que chegue, um belo dia,
ao esplendor de edificantes eventos e consagrações.
Já dizia Gandhi: “o que o
indivíduo faz, repercute em mil homens”.
Podemos também aqui citar o
estudo chamado “O centésimo macaco”:
Pesquisadores começaram a
notar que vários macacos do arquipélago dentro de algum tempo começaram a alterar
os seus hábitos, lavando as batatas que lhe eram jogadas pelos trabalhadores da
reserva biológica, quando, numa das ilhas, um dos macacos, aprendeu fazer o
mesmo.
Chegamos, invariavelmente,
ao provérbio: “todo povo tem o governo que merece”. E, diga-se de passagem,
podemos afirmar que “este é o retrato daquele”.
Num ponto menor, individual, iniciático, através das Palavras, Atos e
Pensamentos, observamos que o povo é o corpo, com todos os sistemas orgânicos
funcionando, representando a atividade, os Atos, e o governo, são palavras e
pensamentos. A saúde ou as doenças são colheitas, os resultados do modo de ser,
do que foi plantado.
Aqueles que enxergam mais
além do que o próprio nariz, e até o amanhã, procuram desenvolver essa poderosa
possibilidade em todos os momentos. Uns, os classificam de otimistas, outros de
visionários e, outros tantos, de sonhadores. Mas, como é notório, o mundo é
feito por aqueles que antevêem o que está além do cotidiano.
Obviamente, o egoísta se
fecha num espaço delimitado pela sua própria estreiteza psicomental. Por outro
lado, quanto ao humanista, tudo é realizado no sentido de crescimento,
progresso, de um modo geral.
A grande massa fica, na
realidade, aguardando os acontecimentos. Vive reagindo, sobrevivendo sob o peso
da vontade de terceiros. Quanto mais barulhenta for a “verdade”, mais ela
gosta, se envolve e até toma partido. Reage sempre pensando, o que é quase
natural, em sua sobrevivência, confortos e interesses particulares. Vive às
margens dos acontecimentos, entretanto, quando tem o poder nas mãos..., sai de
baixo.
Vale então uma assertiva:
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Podemos representar a situação
por uma pirâmide onde o ápice são os que não esperam acontecer. O meio, os que
ficam em cima do muro e a base, a grande massa, aguardando as conseqüências.
Portanto, como resposta aos
atos e pensamentos está o nosso modo de vida, quanto mais nobres, altruístas e
objetivos, tanto melhor para si e para todos.
Quando se vê tudo feio e
sujo é por que a alma não está lá grande coisa. Por isso devemos exercitar o
principio do SABER na crítica com exatidão e beleza. Não adianta censurar,
criticar para destruir. Mesmo porque toda ação resulta numa reação igual e em
sentido contrário. O verdadeiro iniciado não se arvora em Senhor do karma dos outros.
Conseqüentemente, mais hoje
ou amanhã, estaremos colhendo os frutos podres ou sazonados dos nossos
sentimentos.
O indivíduo, a personalidade
é o espelho de sua própria alma, e nos gestos, falar e agir estão aí revelados
as suas qualidades de vida.
Reparem que ao passar pelas
ruas, as casas refletem uma atmosfera diferente, na realidade, espelham os
sentimentos de seus moradores.
A Psicologia ensina sobre o
Aura, e o Aura das casas, como tudo que tem forma, tem as suas
particularidades, características.
Assim é tudo na vida.
Vivemos neste aura, campo energético, a parte exterior da alma, reflexo de
nosso pensar, sentir e agir. Portanto, para conhecer uma coletividade basta
analisar os indivíduos que nela interagem.
Estando a maioria dos
residentes “vivendo o melhor possível”, o aura do lugar espelha a grandeza,
portanto as virtudes da natureza de seus moradores crescem e atraem pessoas do
mesmo nível. Porque os semelhantes se atraem.
A Psicologia do indivíduo reage,
primeiramente dentro de si mesmo, depois como interação na família, no lar e
daí se propaga coletivamente, para a sociedade.
Por isso cada presidente e
seus comandados são os reflexos de cada um dos indivíduos de uma nação.
Do lat. initiatione. S.f. Ato ou efeito de iniciar(-se). Ato de começar qualquer coisa; início.
Os primeiros passos ou princípios de uma ciência. Introdução ao conhecimento de
coisas misteriosas ou desconhecidas. Admissão em uma sociedade secreta como, p.
ex., Eubiose, Maçonaria, Rosa Cruz.
Existem
vários tipos de natureza humana, haja vista, que as criaturas humanas nascem em
dias, horas e minutos diferentes. As criaturas humanas pensam e agem de maneira
diferente, através de “n” reações, que por sua vez acabam criando até uma nova
natureza, à parte da natureza universal. Portanto, se faz necessário
estabelecer diferentes modos de ensinamentos e aprendizagem.
Podemos
observar que existem níveis de consciência e experiências, os quais acabam
dando a forma aos vários níveis sociais.
Aparentemente,
às vezes, parece haver um caminhar contínuo dos povos, das civilizações que,
por sua vez, nos aparenta um crescimento ou progresso no plano humano, num
crescente aproveitamento que nos fica caracterizado como conforto. Por outro
lado, observamos também grandes gênios nas mais diversas áreas da ciência,
despontando como expoente e que serve de balizamento para os demais. Apresentam
alguma diferenciação no modo de ser e de pensar muito embora deixando muito a
desejar em sua vida diária. Faça o que mando ou penso, mas não faça o que faço.
Como
sabemos há um processo refinado que, no meio populacional, envolve alguns indivíduos
que os facultam a possibilidade de seguir um outro caminho. Aparentemente, em paralelo,
mas de maneira ascensional em busca da sua verdadeira origem no plano divino.
Entram
em processo mais adiantado no sistema de evolução que é adotado por pessoas
amadurecidas pela vida diária que, entretanto, exige algo mais, de maior
transcendentalidade, ou seja, a conquista da consciência superior passando a
compor os níveis maiores de trabalho de realização no contexto da evolução
humana.
Dentro
de um plano geral poderemos considerar esse processo como Sabedoria Eterna ou
Real.
Quando
o personagem sobe um pequeno nível na evolução e começa a se sentir como
individualidade, mais responsável, de um modo geral, observando certas nuance
duvidosas da vida coletiva, passa então a questionar, conscientemente cada posição,
medida ou iniciativa. Se o resultado não for justo e perfeito não assume mais
uma postura duvidosa, pois não irá mais assumir um karma coletivo. Depois que começa
a se livrar, soltar as amarras deste “porto de ilusões e desilusões”, o
indivíduo começa a observar, a questionar a essência das iniciativas e decisões
para não mais voltar, retroceder no plano evolucional, evitando,
conscientemente, a reencarnar para saldar dívidas de ordem coletiva. Passa a
atuar mais como inspirador do que como condutor, pois que a Lei inclina mais
não obriga. Quando um personagem empaca, dificilmente Brahmá irá conseguir
removê-lo e fazer mudar de opinião.
Vale
aqui uma assertiva: “Karma é para as personalidades ainda infantis”.
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