Cosmogênese – Antropogênese –
Ordens Secretas
Por Eng. HERNANI M. PORTELLA e Com. V. H.
PORTELA
(Compilado
dos ensinamentos e revelações de. J. H. S.)
Dhâranâ nº 15-16 -
Jul a Dez/1960 e Jan-Fev/1961-Ano XXXV
TÍTULO I
COSMOGÊNESE
A
“Doutrina Secreta”, de Helena Petrovna Blavatsky, começa da seguinte maneira sua descrição, quando
trata da formação do nosso Universo que é o Quarto Sistema de evolução:
Estância
I
1.
Eterno Pai, envolto
2. O
Tempo não existia, pois jazia, dormindo, no Seio Infinito da Duração.
4. As
Sete Sendas da felicidade não existiam. As Grandes Causas de Desdita não
existiam, pois não havia ninguém. que as produzisse e
fosse por elas envolvido.
5. Só
trevas enchiam o Todo Sem Limites; pois Pai, Mãe e Filho eram uma vez mais Uno,
e o Filho não havia ainda despertado para a nova Roda e sua Peregrinação nela.
6. Os
Sete Senhores Sublimes e as Sete Verdades, haviam deixado de ser; e o Universo,
o Filho das Necessidades, estava submerso em Paranishpanna
(Absoluto Não-Ser, equivalente ao Absoluto Ser ou “Seidade”),
para ser exalado por aquele que é, e, no entanto, não é. Nenhuma cousa existia.
7. As
Causas da Existência haviam sido destruídas; o Visível que foi e o Invisível
que é, permaneciam no Eterno Não-Ser – o único Ser.
9.
Mas, onde estava Dangma quando o Alaya
(Alma universal ou “Anima mundi”) do Universo estava
em Paramârtha (Existência absoluta), e a Grande Roda
era Anupâdaka? (“sem pais” – que existia por si
mesmo, agênito, nascido sem pais ou progenitores).
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Rudoff Steiner, o criador da Antroposofia, ao estudar as Cadeias do Quarto Sistema de evolução,
e seguindo os ensinamentos de Helena Petrovna Blavatsky, de que a Primeira Cadeia desse Quarto Sistema
está ligada a um estado de consciência representado na simbologia do planeta
Saturno, no seu livro “O Apocalipse”, à página 37, escreve:
“Pode-se
perguntar: o que é que existia antes de haver a Cadeia de Saturno?
Outros
estados anteriores a toda nossa evolução terrestre? Será difícil recuar para
além de Saturno, porque ele marca um estado de evolução onde começa o que
chamamos de Tempo. Anteriormente havia outras formas de existência, mas a rigor
não podemos mesmo dizer “anteriormente”, pois que o Tempo não existia ainda. O
tempo teve, assim, sua origem. Antes de Saturno não havia o tempo, mas somente
a eternidade, a duração.
Tudo
existe simultaneamente. Uma sucessão de fenômenos começa então com Saturno.
Na
situação do mundo onde nada existe a não ser eternidade, duração, não pode
haver, tampouco, movimento. Porque o movimento é função do tempo. Não há
rotação. Há duração e repouso. Diz-se em ocultismo é o estado do inefável
repouso na duração. A expressão é exata: “Um estado do inefável repouso na
duração precedeu a Saturno”.
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Tomando
por base revelações e ensinamentos de seu Ven.
Mestre, a S. T. B. (hoje, Soc. Brasileira de Eubiose) tenta agora dar uma explicação
que possa, respondendo às dúvidas apontadas por Rudolf Steiner,
levantar uma ponta do véu que encobre o mistério dos Universos anteriores a Saturno,
apresentado por Helena Petrovna Blavatsky,
nas suas “Estâncias de Dzyan”. Somente a um ser na
face da terra teria sido concedido estado de consciência para penetrar, no
ciclo atual, nos arcanos desses ensinamentos; é aquele apontado por ela, na sua
“Doutrina Secreta”, à página 62 da Introdução de tal obra, quando diz: “No
Século XX, algum discípulo melhor informado e com qualidades muito superiores,
poderá ser enviado pelos Mestres da Sabedoria, para dar provas definitivas e
irrefutáveis de que existe uma ciência chamada “Gupta Vydia”;
e que, à maneira das fontes do Nilo em certa época misteriosas,
a fonte de todas as religiões e Filosofias conhecidas pelo mundo na atualidade,
permaneceu durante muitas épocas olvidada e perdida para os homens, mas que por
fim foi encontrada.” Este ser que representa o Manu
(Manas - Mental) da 7ª sub -raça, Prabasha Dharma, teve ocasião de ensinar, a nos outros, seus
discípulos, que:
“O
tempo, o espaço e a causalidade, são as três características de um Universo
“Entre uma Cadeia e outra, bem como entre um.
Sistema de evolução e outro, há sempre um Pralaia (período de obscuridade ou repouso), onde se
conserva a experiência do Globo, Cadeia ou Universo anterior. Este pralaia é representado por um 2º Trono, desde que seu papel
é separar uma coisa da outra. Os Globos luminosos se expressam no plano físico
e os obscuros num 2º Trono. São estes que conservam a experiências adquirida
nos Globos luminosos. O tempo de duração dos Globos luminosos é igual ao dos
Globos obscuros ou seja, Manuântara igual a Pralaia.
No
fim do período dos Globos luminosos (fim do Manuântara)
de determinado Sistema, vem o período dos Globos obscuros, ou
grande Pralaia e que se passa numa região que
se pode chamar de 2º Trono. Logo, o 2º Trono é o conservador da experiência
adquirida nos Globos luminosos dos Sistemas anteriores, para projetá-la no
Sistema seguinte.
A 1ª
Cadela do 1º Sistema saldo do seio do 8º Sistema, que é o embrião universal,
por trás do qual se acha o Espaço Sem Limites, não havendo colhido experiência
anterior, se faz por intermédio da Vontade posta em Atividade do 8º Sistema.
Dessa forma, o impulso para a criação desta Cadeia é o mais vigoroso de todos,
por partir da própria Causa única (o 8º Sistema).
No 1º
Sistema houve um só Globo iluminado e onde se desenvolveu o mineral, que não
era o atual e sim o “Flogístico”, daí ser a matéria
daquele Sistema o “flogiston”. Da mesma forma os
corpos dos Dhyanis (Planetários), bem como o do lshwara, eram flogísticos, sendo
também flogísticos os micro
organismos da hierarquia assúrica formada nesse
Sistema. Nele se desenvolveu o reino mineral através de suas sete
classificações, cuja expressão máxima foi o Urano, por ser o da última Cadeia,
ao qual vieram juntar-se os demais.
A
duração da 1ª Cadeia do 1º Sistema correspondeu ao que gastariam sete Globos,
se todas estivessem
No 2º
Sistema desenvolveu a mesma forma de evolução, com as sete Cadeias, sendo que
desta vez constaram dois Globos luminosos para cinco obscuros e onde, além do
mineral em forma flogística do Sistema anterior,
aparece o vegetal em sua forma arquetipal também flogística e suas sete classificações. A hierarquia formada
nesse Sistema, em suas duas Cadeias, era, como na anterior, de micro organismos
possuindo o seu Assura criador, ou seja, o acionador
vital de sua natureza ou espécie.
No 3º
Sistema, a formação, já agora animal, que se processou, de acordo com as
experiências recebidas dos dois Sistemas anteriores, era também em sete classes
e possuíam vestígios iniciais dos seres que deveriam
figurar no 4º Sistema, que é o nosso.
Na
última Cadeia do 3º Sistema, possuíam características semi
-humanas ou semi-animais,
como conseqüência das experiências anteriores.
Entremos,
agora, no 4º Sistema, que é o tratado por Helena Petrovna
Blavatsky, com as dúvidas do Sr. Rudolf Steiner, cuja primeira Cadeia foi a de Saturno, a segunda a
do Sol e a terceira a da Lua. A Cadeia de Saturno, que deu como resultado a
hierarquia dos Assuras, transformou a série flogística mineral do primeiro Sistema, no “tatva” que deveria ser o predominante na 1ª Cadeia desse 4º Sistema e que foi “Pritivi”,
elemento sutil predominante na formação do mineral, ou seja, naquele que hoje
está classificado como metais e metalóides, pela ciência considerada oficial.
Na 2ª
Cadeia desse 4º Sistema, deveria figurar o “tatva” “ Apas”, como seria lógico de se supor, sob a égide da Lua; no
entanto, tal fato não aconteceu, em virtude de “erros” (atrasos no plano arquetipal), passando a figurar sob o impulso do Sol e do “tatva” “Tejas”, dando como resultado a hierarquia dos Agnisvatas, formando também a série vegetal dessa Cadeia –
que foi plasmada como repercussão do que existia no 2º Sistema.
Esta
inversão de “tatvas” fez com que na 3ª Cadeia desse
nosso 4º Sistema se desenvolvesse a série animal correspondente à última Cadeia
do 3º Sistema de evolução, fazendo surgir, em conseqüência, uma hierarquia de
nome Pitris Barishads que
possuindo uma classe de Devas mal formados, ao ser
atingida para trabalhar na evolução da 4ª Cadeia ou da formação do “Jiva” (homem), rebelou-se. Esta revolta contra “Dharma”, a Lei Evolutiva, ficou conhecida nas tradições
esotéricas com o nome de “Taraka-Maya”, ou a Guerra
dos céus das tradições hindus. Isto explica tudo sobre os Anjos caídos. A série
animal desenvolvida na 1ª Cadeia, esteve sob a égide
da Lua, entrando em sua formação o “tatva” “Apas”.
Na
complexa formação das Raças, no evoluir da 4ª Cadeia ou 4 º Globo, do nosso
Sistema (também o 4º), houve o saque contra o futuro feito pelo Senhor das
Eternidades, quando apelou para o 5º lshwara, que
dirigia o 5 º Sistema
representado pelo planeta Vênus, para que passasse a dirigir a evolução na
terra com os Pitris da 1ª Cadeia, os Assuras, arrastando também os Pitris
Agniswatas da 2ª Cadeia e os Pitris
Barishads da 3ª Cadeia.
Negando-se
a infundir os seres de sua hierarquia (5ª) nas formas da 1ª e da 2 ª Raças
Mães que considerava vis, segundo Sepher Enoch, colocando-se, assim, em oposição à Lei, deu motivo a
que o Eterno apelasse também para o 6º lshwara,
dirigente do 6º Sistema,
sob o signo de Mercúrio, o qual, de acordo com os textos hebraicos, com o nome
de Jeová, formasse o homem do pó da terra, soprando-lhe nas narinas o hálito de
vida (Gênesis: 2;7), que deve ser entendido em forma de energia sutil, ou seja,
o “tatva” “Vayu”, cuja bija (semente) PAN figura ainda no radical de nomes divinos
antigos, inclusive dos nossos aborígenes.
O 5º lshwara, como Planetário de Vênus, foi precipitado
pelo Eterno na terra como Anjo Rebelde, durante a formação da 3ª Raça Mãe,
conforme é tratado no Título II deste trabalho, ou seja, entre os Lêmures.
TÍTULO II
ANTROPOGÊNESE - Das raças
e sub-raças
1- Adâmica – A primeira Raça Mãe,
denominada Adâmica, pertenceu ao que os geólogos chamam de Era Primitiva (sistemas Arqueano e Algonquiano).
Habitou o Jambu Dwipa, hoje
calota polar norte, segundo a denominação dada pelos Puranas,
livro sagrado dos Hindus. Descendeu dos Pitris Barishads ou Progenitores Lunares, sob a égide de Netuno.
Não foi gerada fisicamente, mas formada pelo divino poder mental ou Kriya-Shakti. Filha dos deuses ou Eloim,
enquanto mergulhados na meditação do Ioga, teria sido
astral e traria o princípio espiritual Atmã, cego,
como princípio interior, apresentando rudimentos do sentido auditivo. Sua
aparência nada mais era do que formas (Bhutas) frustas, filamentosas, de cor prateada, sem sexo, formas
quase protistas, que saíram do corpo sutil dos seus progenitores – os Eloim.
2 - Hiperbórea – A segunda Raça Mãe, a
Hiperbórea, da Era Primária, que se teria desenvolvido entre os
sistemas Cambriano e Seluriano, correspondendo
ao continente Plaska Dwipa
dos arquivos ocultos, ocupou o norte da Ásia, a Groenlândia, o Spitzberg, uma parte da Suécia, da Noruega e das Ilhas
Britânicas. Era descendente dos
Progenitores
Solares ou Pitris Agnisvatas,
sob a influência de Urano, e ainda gerada pelo mesmo processo da raça anterior.
Possuía corpo etérico e trazia o princípio Búdico, ou intuição, ligado a Atmã,
juntando o sentido do tato ao da audição, respondendo aos impactos do ar e do
fogo. Como a anterior, eram formas mal definidas, filo-arborescentes,
com reflexos brilhantes, ígneas, de cor avermelhada, com tonalidades douradas, insinuando aspectos ora animais, ora quase humanos.
Reproduziam-se, a princípio, como na primeira raça, ou seja, por cissiparidade,
conforme os protozoários, para numa segunda fase chamarem-se nascidos do suor,
com vaga manifestação dos dois sexos, donde o apelido de andróginos latentes.
Tais
Raças Mães, pela peculiar constituição de seus indivíduos, não eram
fossilizáveis. Assim, jamais a Ciência poderia descobrir qualquer vestígio de
antepassado “pitecoide do homem primitivo”,
simplesmente porque este possuía apenas um corpo etérico-astral
(Chaya), ou seja, sem esqueleto.
3 – Lemuriana – O terceiro continente, Shalmali Dwipa, que os geólogos
conhecem por Gondwana, onde habitou a terceira Raça
Mãe, ou dos Lêmures, que a Geologia situa entre as
Eras Primária e Secundária e nos sistemas Devoniano, Carbonífero, Permeano, Triássico (apogeu da Lemúria), Jurássico e mesmo Cretáceo, surgiu pela modificação
ocorrida com emersão da imensa cadeia do Himalaia. Mais ao sul os continentes
se elevam, para Leste, ao lado de Ceilão, da Austrália até Tasmânia e a Ilha de
Páscoa; para Oeste, até Madagascar. Uma parte da África emerge, igualmente.
Dos
continentes precedentes, a Lemúria conserva a Suécia,
a Noruega e a Sibéria. A Atmã e Budi,
princípios já desenvolvidos nas duas Raças Mães anteriores, infundiu-se o
mental (ou Manas), por mérito dos Pitris Kumaras ou Luciferinos. Alcançouse um estado de consciência que responde aos
impactos do ar, do fogo e da água, formando o sentido da visão, acrescentado
aos da audição e do tato das duas Raças anteriores. Os órgãos visuais desenvolveram-se
durante a evolução da Raça Lemuriana.
No
começo, era um olho só, no meio da fronte; mais tarde se formaram os dois
olhos, porém, estes só foram utilizados na sétima sub-raça. Entretanto, apenas
na quarta Raça Mãe, chamada Atlante, é que eles se tornaram o órgão normal da
visão, processando-se lentamente a interiorização do “olho central”. Este, passou a constituir a chamada glândula pineal, cujas
funções e secreções os próprios endocrinólogos ainda desconhecem. Possuíam tais
seres, além daquele olho frontal, mais dois orifícios na face: um,
correspondendo às narinas e outro, relacionado com a boca.
É sob
a égide dos planetas Vênus e Marte que a terceira Raça Mãe obteve o mental, com
o conseqüente desenvolvimento do cérebro e, de modo geral, o sistema nervoso da
vida de relação. O desenvolvimento do cérebro fez surgir o raciocínio e,
portanto, o sentimento de ahankara ou de egoidade (eu sou), permitindo que a “alma grupo”, produto
do trabalho dos Pitris das raças anteriores, se
individualizasse, surgindo as idiossincrasias, os
obstáculos de toda sorte à evolução de cada homem, aparecendo na terra o Bem e
o Mal. Não possuíam intuição individual alguma; obedeciam estritamente e sem
esforço a qualquer impulso provindo dos Reis Divinos, sob cujas ordens
construíram Grandes cidades, monumentos e templos ciclópicos;
seus fragmentos subsistem ainda na Ilha de Páscoa e em outros lugares do Globo
durante a primeira e a segunda sub-raças da terceira Raça Mãe ou Lemuriana, a
linguagem consistiu, apenas, em gritos de dor e de prazer, de amor e ódio; na
terceira sub-raça a linguagem tornou-se monossilábica.
As
formas humanas então existentes ainda se reproduziam como os “nascidos do
suor”; como na primeira e na segunda Raças Mães, nos
seus primórdios. Posteriormente, os sexos são apenas desvendados e as criaturas
nitidamente andróginas: numa segunda fase, produziram hermafroditas bem
desenvolvidos desde o nascimento e capazes de se moverem ao saírem do ovo. Sob
a égide de Marte, estas formas hermafroditas serviram de veículos aos senhores
de Vênus (Assuras) que. através
dos Pitris ou Progenitores Solares e Lunares, com a
polarização de Prana, ou Hálito Vital, obtiveram a
nítida separação dos sexos.
Vê-se,
portanto, que, biologicamente falando, durante milhões de anos, os organismos hermafroditas foram se aperfeiçoando até
chegar a uma fase em que os gametas masculino e feminino não mais amadureciam
simultaneamente no mesmo organismo. Com o decorrer dos milênios, um dos órgãos
sexuais aborta por completo; o indivíduo passa a ser nitidamente masculino, ou
nitidamente feminino. Foi nos últimos dezoito milhões de anos que os Lêmures passaram a constituir uma raça dióica, isto é,
com os sexos totalmente separados. Os homens eram de estatura
descomunal e poderosos, pois necessitavam lutar contra animais
gigantescos, afins com a evolução daquela época, cosmogônica
e antropologicamente falando, como os megalosauros, pterodáctilos, etc. A separação dos sexos, aliada á exacerbação
dos sentidos, levou a humanidade a se desviar da Lei. (Aliás, segundo a
Teosofia e o Ocultismo, os macacos antropóides são os últimos descendentes de
cruzamento entre certa classe de homens inferiores e um tipo de animal parecido
com a lontra, havido na 3ª Raça Mãe, a Lemuriana). Os cataclismos começaram,
então, sua obra destruidora. Os fogos da terra e as estréias do céu varreram do
mundo o vasto Continente, restando a Ilha Branca ou Paradêsa,
descrita por Saint-Yves d'Alveydre, por Annie Besant e outros. Foi nela que se formou o primeiro núcleo
da Grande Fraternidade Branca, também conhecida por Shuda
Dharma Mandalam, como
escudo defensor do mistério da Esfinge, cuja figura representa os quatro
animais citados pelo grande vidente de Patmos no
Apocalipse, e que são : o
Touro
(ligado aos Barishads ou Progenitores Lunares); o
Leão (relacionado com os Agnisvatas ou Progenitores Solares);
a Águia (proveniente dos Assuras, da Cadeia de
Saturno) e, finalmente, o Homem (expressando os Jivas,
da Cadeia de Marte). Sendo ela, a Esfinge, andrógina, portanto, metade homem e metade mulher, representava também a quinta
etapa a ser atingida, a do androginismo consciente.
4 – Atlântida – Após a destruição da Lemúria o Sol deixou de brilhar sobre as cabeças da pequena
fração que restou dos “nascidos do suor”. A duração da vida diminuiu e os
homens passaram a conhecer a neve e a geada. Surgiu, então, a Atlântida ou Kusha Dwipa, o quarto Continente,
a famosa Terra dos Rutas ou dos Vermelhos, o País de
Mu, que compreendia a China, o Japão e o que hoje denominamos Oceano Pacífico
Setentrional, quase até o lado ocidental da América. Ao sul, compreendia a
índia, o Ceilão, a Birmânia e a Malásia; a oeste, a Pérsia, a Arábia, a Síria,
a Abissínia, a bacia do Mediterrâneo, a Itália meridional e a Espanha. Da
Escócia e da Irlanda, então emersas, estendia-se, a oeste, sobre o que atualmente
se denomina de Oceano Atlântico e a maior parte das duas Américas.
A
primeira catástrofe que sofreu a Atlântida, há 850 mil
anos, despedaçou-a em sete grandes ilhas de tamanhos diversos, equiparáveis a
sete continentes, trazendo para a superfície das águas a Escandinávia, grande
parte da Europa meridional, o Egito, quase toda a África e parte da América do
Norte, enquanto a Ásia setentrional afundava-se nas águas, separando, desse
modo, a Atlântida da Terra Sagrada. Essa primeira catástrofe
se deu nos meados do período Mioceno, ou seja, na Era
Terciária, e uma das maiores Ilhas, verdadeiro continente, compreendia o Norte
da África, a Europa até o Tirreno, o Iucatã e o Wgsil, constituindo dilatado império, dividido em sete
reinos, cada qual habitado por uma das sub-raças que a tradição designa pelos
nomes de Romoahls, Tlavatlis,
Toltecas, Turânios, Semitas, Acádios e Mongóis as
quais floresceram concomitantemente nos respectivos países, conforme se depreende
dos textos bramânicos.
Tais
reinos eram governados, respectivamente, pelos descendentes dos sete primitivos
filhos de Posseidonis e tinham por capitais as duas
famosas e riquíssimas cidades, conhecidas como a “Cidade das Portas de Ouro” e
a “Cidade dos Telhados Resplandecentes”. Esta última, sede fulgurante
construída pelos Toltecas e Turânios, comandava a
regido hoje correspondente ao planalto que se estende pelos confins do Amazonas
e Mato Grosso, e se liga ao planalto de Goiás.
Os indígenas de toda essa imensa região,
cuja superfície é calculada em quatro milhões de quilômetros quadrados,
conservam até hoje, envolta na poesia de suas lendas, a história do poderoso
império que alongava seus domínios até as margens do Oceano Pacífico, onde, em
épocas ainda mais remotas, existira o Continente Lemuriano,
de que as Escrituras Santas nos falam como tendo sido a “Cintura do Mundo”, o Himavat Sagrado, que abarcava todo o Globo.
As palavras desses remanescentes atlantes
são confirmadas pelos numerosos litogrifos ou
inscrições abertas nos rochedos, das quais só no Brasil já se encontram mais de
três mil, principalmente na Serra de Parimã, no
Amazonas,
Por maravilhosa que tenha sido a civilização
erguida no hoje Planalto de Roosevelt, cuja capital era a “Cidade dos Telhados
Resplandecentes”, sede temporal sob a égide do Quarto Rei Atlante e cujo povo,
os Turânios, que a construiu, rido tinha ainda
atingido o pleno desenvolvimento do princípio mental, tornando-se opressores
dos fracos e veneradores da força bruta, sofreu ela as conseqüências dos seus
desmandos, agravados pelo assalto tentado contra a Oitava Cidade. Esta era, também, chamada “Cidade Interdita”,
e por motivo do primeiro cataclismo, interiorizou-se para o Sanctum Sanctorum da Mãe Terra, constituindo,
assim, a Shamballah dos ocultistas e teósofos, ou a Jerusalém Celeste, dos iniciados cristãos,
onde se encerrava o mistério do Adam Kadmon ou Homem Celeste que se fez Adam Heve ou Pai Mãe cósmico.
Desde
as mais antigas tradições, de diferentes povos, inclusive os mais remotos, são
feitas constantes alusões a essa “Terra Sagrada”, onde estão realizados os
ideais da humanidade, dando-lhe, naturalmente, diversas denominações, sempre,
porém, relacionando com o que de divino possa o homem executar na Terra. Assim,
para os Celtas, esse lugar era conhecido como A Terra dos Mistérios, Duat de Dananda. A tradição
chinesa nos fala da Terra de Shivin ou a Cidade das
Doze Serpentes. É o “Mundo Subterrâneo, que fica na raiz do
céu”, segundo Votam Tzental e o Caminho que a
este lugar conduz é o da serpente. É o país dos Calcas, Calcis
(ou Kalki), a famosa “Cólchida”,
para onde se dirigiram os Argonautas, à procura do
Tosão de Ouro. As tradições nórdicas da antiga Germânia dizem que tal lugar é o
Walhalláh – “O Vale de Alláh
ou de Deus”, para onde eram conduzidos, pelas Walkyrias,
os seus guerreiros e heróis. Os persas chamavam-na de Alberdi ou Aryana-Vaejo,
a terra dos seus antepassados; os hebreus a denominavam de Canãa;
os mexicanos, de Tula ou Tulan: os astecas conheciam-na
com o nome de Aztalan ou a “Cidade de Chicometaza”; os maias, de Maya-Pan. Os espanhóis
acreditavam que tal cidade se achava nas Américas e denominaram-na de “El-Dorado” e ficaram contentes quando souberam que
tal cidade era conhecida, pelos aborígenes, pelo nome de Manôa ou a “Cidade dos Tetos de Prata e cujo
Rei usava vestes de ouro”.
A
Grécia, pelos seus cultos de Delfos, de Dionísios ou Eleusis, nos fala do Monte Olimpo
e dos Campos Elíseos. A região de bem-aventurança dos primitivos tempos
védicos, designados com vários nomes: Ratnâsanu (O Cume
da Pedra Preciosa), Hemádri (A Montanha de Oiro),
é o Monte Meru,
o Olimpo dos hinduistas.
Simbolicamente, o cume desse monte místico está no céu, sua parte média na
terra e sua base nos infernos... É a mesma “Cidade dos Doze Azes”, dos Edas escandinavos ou o “País Subterrâneo de Asar”, dos povos da Mesopotâmia. É o “País do Amenti” a que se refere o Livro da Sagrada Morada ou dos Mortos,
do antigo Egito. É a “Cidade das Sete Pétalas”, do Vishnu,
ou a “Cidade dos Sete Reis do Edom”, Edem ou Gan-Edem, da tradição
judaica, ou, ainda, o “Paraíso Terrestre”, onde o Manu
Moisés, da tradição bíblica, colocou a parelha manúsica
criada pelo Eterno “à sua imagem e semelhança”, para povoamento da Terra. Toda
a Ásia Menor, numa só voz, até hoje, faz referência a uma Cidade de Mistérios e
cheia de maravilhas: Shamballah (Mansão dos Deuses),
que e a mesma Ermedi dos tibetanos e mongóis. Na
Idade Média se falou nos “Reinos do Pai João”, como na “Ilha de Avalon”, onde
os cavaleiros da Távola Redonda, sob a chefia do Rei
Artur e orientação do Mago Merlin, para lá se dirigiram em demanda do “Santo
Graal”, símbolo da redenção, da justiça e da imortalidade. É conhecida, ainda,
como Belovedye,
que significa Bela Aurora, nome que também se dá à Agarta
de Saint-Yves d'Alveydre, de René Guenón
e de Ferdinand Ossendowski, cujas obras citaremos
adiante, entre outras.
As
lendas e as religiões guardam as multimilenares recordações
desses países esplendorosos, obscuramente mantidos nas tradições e na memória
dos povos, como a nostálgica pátria de nossos ancestrais. Tais foram,
igualmente, a Adivarsha dos primeiros Arias,
o Lino de Homero e de Ésquilo, a Posseidonis de Solón, o Jardim das Hespérides dos poetas da Hélade,
as Ilhas Afortunadas, a terra dos filhos de Amon e de Saturno. Tradições essas que inspiraram obras notáveis, como a “República”
de Platão, “A Cidade do Sol” de Campanela, “Utopia”
de Thomaz Moore, “O Paraíso Perdido” de Milton, sendo já de nossos dias as não
menos valiosas “De Sevilha a Iucatã” de Mário Roso de
Luna, “Por Grutas e Selvas do Indostão”,
de Blavatsky, “À Sombra dos Mosteiros Tibetanos” de
Jean Marques de Rivière, “O Coração da Ásia” de
Nicolas Roerick, “Missão da Índia na Europa” de
Saint-Yves d'Alveydre, “O Rei do Mundo” de René Guenón, “Animais, Homens e Deuses” de Ferdinand Ossendowski. Entre as de autores patrícios, merecem
ser citadas “A Era do Aquário” de Aníbal Voz de Melo,
“Ocultismo e Teosofia” de Laurentus e “O Verdadeiro
Caminho da Iniciação” de Henrique José de Souza. No gênero de romance,
em que, de forma velada, ou como aventura, se relatam
episódios ocorridos em cidades sagradas, citaremos “Horizonte Perdido”, de
James Hilton, que descreve Shangri-lá, como cidade oculta no Vale da Lua Azul, no
coração do Tibete, “A Cidade Perdida” de Jerônimo Monteiro, “Ela” e “A Volta.
de Ela” de H. Rider Haggard,
“O Clã Perdido dos Incas” de O. B. R. Diamor, etc.
A
Fonte inspiradora dessa tradição unívoca, é que tem revelado,
nas várias épocas, a existência de uma Cidade Oculta, com nomes os mais
diversos, a qual vem guardando, até hoje, o mistério da Arvore da Vida. Seria a
Oitava Cidade Atlante, a das “Portas de Ouro”, recolhida nas profundezas
oceânicas, quando do primeiro cataclismo ocorrido na Atlântida, para evitar que
o Rei da Quarta Cidade, a dos “Telhados Resplandecentes”, onde se encontrava
plantada a “Árvore da Ciência do Bem e do Mal”, viesse a tomar conhecimento,
antes do Tempo, dos mistérios custodiados pelo sacerdócio de Melki Tsedek. O Apóstolo dos gentios
a este se refere quando, na Epístola aos Hebreus (7:3), escreve: “Sem pai nem
mãe, sem genealogia, que não tem princípio de dias, nem fim de vida, mas feito
semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote continuamente”.
Esta
digressão visa demonstrar que os ensinamentos contidos nas sacras escrituras,
inclusive na Bíblia, sobre a simbologia da Arvore da Vida (Gênesis: 3:22 – “Disse o Deus Jehová: Eis
que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Agora para
que ele não estenda a mão e tome também da árvore da vida. E coma, e viva eternamente,
Deus Jehová o enviou para fora do jardim do Éden, a
fim de cultivar a terra de que havia sido tomado. Assim expulsou ao homem...”),
vêm tendo as mais desencontradas interpretações, variáveis segundo os povos e
as épocas, desde as mais remotas, porquanto se ligam. à
história do período atlante. Os cataclismos que culminaram com a submersão e a
emersão de continentes, dando novas configurações à face do globo, nos livros sagrados,
são chamados “dilúvios”. Depois destes, apareceram os Manus,
condutores de povos, trazendo a semente para as novas gerações que se destinam
ao repovoamento da Terra.
O
Continente Atlante ou de Kusha, ao sofrer o primeiro
cataclismo, há cerca de 850 mil anos, for dividido em teto enormes ilhas, ou sub-continentes, dada sua extensão considerável, onde se
situaram aquéies sete Reinos habitados pelas
sub-raças anteriormente citadas. Outro grande cataclismo, ocorrido por volta de
há 200 mil anos, reduziu o grande conjunto para duas ilhas, apenas, uma
setentrional, denominada Ruta, e outra meridional, chamada
Daitia. Nova grande catástrofe provocou o
desaparecimento de Daitia e reduziu Ruta à pequena Ilha de Posseidonis,
colocada no centro do Oceano Atlântico, à qual se refere Platão no seu diálogo
de Crítias, e que foi submersa no ano 9.564 antes da
era cristã.
As
demais terras do globo tomaram, mais ou menos, as conformações que hoje
conhecemos, muito embora as Ilhas Britânicas aparecessem ainda ligadas à
Europa, o Mar Báltico não houvesse aparecido e o deserto de Saara continuasse
um oceano. E havendo tão tremendos sismos causado a inclinação do eixo do Terra, em relação ao plano da eclíptica, em 23 graus e 28
minutos, originou-se o fenômeno climatérico das
quatro estações anuais, assinalando o término da Satya-Yuga e o advento da Kali-Yuga, que em sânscrito significam, respectivamente :
Idade de Ouro e Idade Negra.
Antes
que sucedessem tais catástrofes, seres de alta hierarquia, iniciados nos
mistérios da Lei, eram avisados da missão que lhes cabia no posto de Manus, para a preservação das sementes que se destinavam à
formação de novas raças. Surgiu, então, o Manu Vaisvávata, veiculado pelos Senhores da Árvore da Vida que,
flogisticamente, existiam naquela Oitava Cidade (a
Interdita), a qual, com o primeiro cataclismo, interiorizara-se
no Sanctum Sanctorum da Mãe
Terra, cruzou os Himalaias e conduziu seu povo pelo
Norte da Índia, levando as vergônteas da quinta sub-raça atlante e constituindo
na meseta do Pamir o núcleo da primeira sub-raça
ariana, conhecida como Ário-Hindu. Foram-lhe
entregues as primeiras Tábuas da Lei, com os divinos Dez Mandamentos originais.
Aquela primeira sub-raça ariana teve como religião o hinduísmo primitivo e nos
deixou inestimável herança de ensinamentos, contidos no Manava Dharma Shastra (As Leis do Manu) e a Lei das Castas. Representava Vaisvávata
o ponto mais elevado da evolução alcançado na Atlântida, ou seja, a Casta
Sacerdotal, possuidora de transcendentes conhecimentos ocultos que lhe permitiram prever, com exatidão de tempo e espaço, a
catástrofe que se aproximava como resultado da queda de valores espirituais, e
preparar a emigração de que havia de melhor naquele povo extraordinário. Por
isso, a corrente migratória guiada pelo Manu Vaisvávata, que se dirigiu para a Índia, estava sensivelmente
voltada à introspeção e buscava a realização pela
senda do coração.
Milhares
de anos depois, o Manu Osíris conduziu outra leva do
povo eleito a regiões banhadas pelo Nilo, e tendo ele desposado Ísis, filha de
um Faraó egípcio, deu inicio ao período pré-dinástico dos Reis Divinos daquele
país.
Vários
êxodos da Atlântida se processaram em períodos posteriores, na iminência das
catástrofes citadas, destacando-se os dirigidos por Phra,
conhecido por Hermógenes ou Hilarião, secundando o
trabalho de Osíris. Decorridos muitos séculos, Abraão, Moisés e outros,
dirigindo as sementes da quinta sub-raça atlante, a Semítica, puderam preserva las da condenada Ilha de Posseidonis,
ficando, pois, o Egito como único depositário das tradições atlantes e a índia
como berço de toda a civilização ariana. E' a razão de chamarem a estes dois
países o Pai e a Mãe de toda a humanidade, no presente ciclo, cuja civilização
última está agonizando, para dar lugar à futura próxima que formará na já redimida
Atlântida as sexta e sétima sub-raças do ciclo ariano. Estas, irão se
desenvolver nas regiões do Planalto Central brasileiro, tendo por centros propulsores
uma nova “Cidade dos Telhados Resplandecentes”, hoje Brasília, nas imediações
do lugar onde aquela existiu como poder temporal, e, no centro do sistema geográfico
sul-mineiro, a cidade de São Lourenço, futura Capital Espiritual do Mundo.
Os Manus são os plasmadores das
raças e dos povos nascentes, aparecendo no início dos Ciclos, seja de Raças ou
de Sub-Raças, Ramos ou Famílias Raciais. A tradição e a história da formação,
da evolução e da decadência dos Povos são unânimes em afirmar a realidade dos Manus, a epopéia de um chefe primitivo, inspirado do céu, divindade
humanizada, herói e guerreiro, ao mesmo tempo santo e patriarca. Em todos os tempos,
em todas as latitudes apareceram, nas épocas necessárias, excepcionais condutores
de povos ou Manus, tais como Mu-ka,
preservando da catástrofe atlante as “sementes da nova humanidade”; Vaisvávata, à frente da vergôntea da qual nasceria raça Ária;
Rama, conduzindo os Celtas; Menés, dirigindo os Egípcios;
Fo-Hi, orientando os Chineses; Odim,
no comando dos Nórdicas; Abraão, à frente dos Hebreus;
Moisés, dos Israelitas; Manco-Capac, dos Incas; Quetzal-Coatl, dos Astecas; Itzama,
dos Maias; Bochica, dos Chibchas; Tamu
dos Caraíbas; Sumé ou Tamandaré, dos Tupis; e outros guias
excelsos a nortearam, a planetária peregrinação das mônadas
pelos Itinerários de IO.
Ocuparam-se
da Atlântida eminentes escritores da antiguidade, entre os quais Platão, no e Timeu e Critias; Plutarco, na
“Vida de Sólon”; Virgílio, na “Eneida”; Homero, na “Odisséia”. No Tibete, os
Lamas, em seus manuscritos, referiam-se ao continente submerso; na Índia, os
Brâmanes, em seus arcaicos papiros; e até nos hieróglifos deixados pelos
primitivos egípcios encontram-se evidentes alusões à grande catástrofe da Atlântida.
Mas a comprovação moderna que se deve relevar, por insofismável e surpreendente,
foi a que resultou das descobertas do arqueólogo alemão, Heinrich Schliemann, escavador da antiga cidade de Tróia, e,
posteriormente à sua morte, dos trabalhos de seu próprio neto, Paul Schliemann, de cujo relatório sobre as pesquisas de seu
ilustro avô destacam-se estas palavras textuais:
“Quando, em 1873, fiz
escavações nas ruínas de Tróia, em Hissarlik, e descobre
na segunda cidade um jarrão de forma peculiar e de grande tamanho, do famoso “Tesouro
de Príamo”, dentro do mesmo se achavam algumas peças
de ourivesaria, imagens pequenas de um metal estranho, moedas desse mesmo metal
e objetos de osso fossilizado. Em alguns desses objetos e no jarrão de bronze,
estava gravada uma frase em hieróglifos fenícios, cuja tradução é a seguinte : “DO REI CRONOS DA ATLÂNTIDA”.
Outras
provas acerca da catástrofe que fez desaparecer os últimos vestígios do continente,
se podem ler no famoso Código Troiano, manuscrito
Maia, que fez parte da coleção “Le Plongeon”, hoje
exposto no Museu de Londres, e nos arquivos do antigo Templo Budista de Lhassa, onde uma inscrição caldaica,
gravada há mais de dois mil anos a.C., fala dos mesmos acontecimentos. Que mais
seria necessário dizer, além desses preciosíssimos
informes revelados pelos dois citados documentos, um da América Central e outro
do Tibete, tão afastados pela distância de origem, mas tão próximos pela significação?
Durante
sua existência multimilenar, os povos Atlantes emigravam
continuamente, levando sua avançada civilização às várias regiões do globo, e
dominavam facilmente os povos das raças anteriores. Em toda a extensão da América
do Sul floresceram as civilizações dirigidas pelos adeptos de suas sub-raças, a
começar pelas segunda e terceira, a dos Tlavatlis e a
dos Toltecas, cujos descendentes mais ou menos puros se encontram hoje entre os
nossos índios de pele vermelha, erroneamente considerados como
homens em início de evolução.
Muito
antes de haverem os fundadores da civilização que resplandeceu desde Tihuanaco até lucatã vencido os degenerados
descendentes dos Tlavatlis e dos Toltecas, já nestas
paragens americanas haviam florescido civilizações cujos vestígios continuam soterrados
às margens dos lagos e dos rios, nos cumes inacessíveis das montanhas ou dispersos
pelas florestas densas das planícies. Cumprindo a Lei Cíclica da Evolução, os filhos
mais antigos da Atlântida, salvos dos primeiros cataclismos e das tormentas que
lhe sucederam e destruíram parte do continente, encontraram nos povos bárbaros
e guerreiros, vindos das novas sub-raças, o fim de sua esplêndida trajetória
nesta parte do mundo. Deixaram, porém, da sua passagem, os fragmentos de
gloriosos progressos, que só os filhos da sexta e sétima sub-raças arianas, a
florescer nestas mesmos paragens, dentro de alguns
milhares de anos, conseguirão ultrapassar. Ao longo do rio Amazonas, nas
margens do lago Titicaca, em Cuzco,
que nos falam as tradições.
Tal
como a história de todos os povos e raças consigna uma série de ações heróicas
de um chefe primitivo, inspirado do céu, divindade humanizada, herói e guerreiro,
sábio e virtuoso, também as vastas regiões deste hemisfério, impropriamente dito
“novo mundo”, tiveram o condão de acolher seres de origem desconhecida. Assim,
é que, aos planaltos tropicais do México compareceu um ancião de pele clara, de
longas barbas e vestes brancas, com seu bordão de peregrino. Atinge o planalto de
Anahuac, aureolado pelo disco do Sol. Era Quetzal-Coatl, o legislador, o Manu,
sábio e bom, que trazia nova moral, novo código, nova ciência. Ninguém sabe
como apareceu. Todos ignoram como sumiu, após o término de sua missão. Quando,
um dia, os nahoas, povo antigo e belicoso, desceram do
norte para invadir o vale, onde pontificava aquele homem tão manso, puro e
bondoso, passaram a venerá-lo, chamando-o Cuculcan, a
“Serpente de Plumas”, a “Ave de Hamsa” ou o “Cisne
Branco”, portador da eterna sabedoria.
Também
no lucatã surge, certa feita, o fundador da civilização
Maia. É Itzama ou Zama, branco e venerável como Quetzal-Coatl, e como este, vindo do Oriente.
Chamaram-no o “Senhor da Aurora”, divindade solar, portanto,
como solar é o mito de todos os Manus na história de
todos os povos. Trazia a ciência e a moral, a boa nova de um. ciclo novo. A sua tradição propagou-se, idêntica à de Sumé, dos nativos paraguaios ou o Tamu,
dos Caraíbas. Dizem estes, a respeito de sua própria origem, que saíram da terra,
pela virtude de Sumé, que das profundezas de
misteriosas cavernas, vieram por Ele guiados. É a mesma lenda ou mito dos Dzingaros do centro da Ásia, povo de origem bizarra, como é
fácil compreender pela simples observação psicológica de seus decaídos descendentes
de hoje.
Os
índios caraíbas do Brasil falam da tez branca de Sumé
e atribuem sua origem ao Oriente. Dele aprenderam a agricultura e os diversos
artesanatos.
A
Colômbia nos fornece um mito análogo, igualmente de caráter solar. A destruição
pelas águas, o dilúvio que tudo levou de roldão, ali também entra como episódio
sensacional da epopéia. Assim como os Maias tiveram o seu dilúvio descrito no Codex Troanus, traduzido por Brasseur de Bourbourg, o qual é
corroborado pelo texto platônico referente à Atlântida; assim como o hieróglifo
da pirâmide de Xoxicalco fala de uma terra destruída
pelo oceano, e de seus habitantes mortos e reduzidos à poeira, também a tradição
colombiana concernente ao novo Chibcha relata uma tragédia semelhante e uma poética
história de seu Manu Bochica.
Há
muitos milênios, quando a Lua ainda não existia, misteriosamente surge, vindo do Nascente, o Grande Bochica.
Tinha a pele branca e a barba longa. Venerável em seu porte hierático, de
coração magnânimo, bom, sábio e justo. Encarnava a suprema autoridade sacerdotal
e real.
Trazia,
ao mesmo tempo, o báculo e o cetro. Era um rei e um santo. Vinha com sua esposa,
linda, sedutora e flexuosa. Tanto era bondoso e grande de
coração o venerável Bochica, quanto perversa e
daninha era sua mulher, Chia ou Ubecaimara. A cada gesto
do esposo em beneficio de seu povo amado, sempre opunha ela tortuoso e
destruidor obstáculo. Tanta perversidade medrava em seu coração que, por
virtude de seus encantamentos, pelo poder de sua nefasta magia, conseguiu que o
curso do rio Funza fosse obstruído com enormes blocos
de pedra. Inundou-se, assim, todo o vale de Bogotá.
Morreram
os chibchas na transbordante torrente. Arenas se salvaram os que fugiram para as
montanhas. Bochica, acabrunhado e melancólico, porém,
forte de ânimo, firme em sua missão e grande em amor pelo povo escolhido,
enfrenta o perigo e, com seu poder divino, envia Ubecaimara
para o céu. Ela tornou-se a Lua. Depois secou o vale de Bogotá, ordenando que
fossem retirados os escolhos que impediam o curso normal das águas do Funza. Instruiu seu povo; ensinou-lhe as artes; ordenou que
fossem erguidos os edifícios: construiu novamente a cidade. Espancou as sombras
da maldade e instituiu o culto solar.
A
eterna luta entre solares e lunares, a mesma que, conforme os documentos
arcaicos da “Sabedoria Iniciática das Idades”, travou-se violentamente na
Atlântida, teve neste mito colombiano, um símile de sua trágica história. É Thot-Hermés, no Egito, vencendo Tifon
(antecessor do “diabo dos Cristãos”; o Sol vencendo a Lua; o homem subjugando o
seu lado esquerdo, o lado lunar, o lado emocional; o espírito dominando a
matéria; o bem lutando contra o mal. Assim fundou Bochica
a sua dinastia, e quando tudo voltou à boa ordem, estando feliz o povo,
retirou-se para uma ermida, onde, segundo a tradição, viveu dois mil anos. Desapareceu
tão misteriosamente como havia vindo. É o deus solar dos Chibchas, como Osíris
o é dos egípcios. Até hoje a sua reminiscência vive no coração dos colombianos
e repercute nos penhascos da cordilheira andina. O viajante indígena, que a passo
lento vence as escarpas dos desfiladeiros, através das intempéries, ao ver sua silhueta
projetar-se, agigantada, no nevoeiro, crê que se trata do Espírito do venerado Manu, a figura ciclópica e amada
do ancestral, ali velando pelo povo querido, cuidando até hoje de suas penas.
Mais
para o sul, ainda nos píncaros andinos, onde, isolado, vive o manso pastor, e nos
vales ricos das cordilheira, onde disparam os rios
provindos das límpidas torrentes, que, nas alturas, brotam das rochas, outra
tradição tem lugar. Conta ela que há longínquas e dilatadas idades, na região
do misterioso lago Titicaca, vivia um clã de origem ignota, governado por um
rei de nome Tupac. De uma ilha do famoso lago de azuladas
e plácidas águas surge um dia, majestoso e forte, Manco-Capac.
Trazia consigo a irmã e esposa, Mama-Coia. Eram eles
os Manus dos Incas. Manco-Capac
era branco.
Usava
longas barbas. Dirigiu-se ao Peru e lá instituiu a governança teocrática.
Pregou uma ética. Fundou uma nova moral. Revelou aos seus eleitos os mais
recônditos segredos da Natureza. Ensinou as artes. Rumou para Manchu-Pichu, à frente do seu clã, semente fresca e úbere
da raça nova. Falava um idioma desconhecido, o único usado em sua corte sacerdotal.
O quíchua era a língua desse povo, bem diversa do quichê,
falado por algumas tribos Malas da América Central. De onde vinha? Ninguém o
sabe. Teria subido o Amazonas até o Titicaca? Surgiria das águas do lago, como
das águas surgira Naraiana, a divindade védica? Teria
vindo pelo Brasil? Brotaria de alguma recôndita caverna... onde
longamente me ditara, antes de vir dirigir o seu povo? Desse casal originou-se
toda uma dinastia de reis sábios, a dinastia dos Tupacs,
dos quais o mais notável foi Tupac-Capac VII.
Manchu-Pichu, um dos mais incompreendidos sítios do
mundo, guarda em seus monumentos, no simplicidade de
suas arcaicas ruínas, a lembrança do esplendor passado. Em suas rochas
inscreveu-se uma epopéia. Nelas ressoa até hoje, com o mesmo calor, a voz do Manu glorioso. Qual phoenix,
ali fulgirá novo ciclo, acompanhando a civilização que há de florescer nesta
parte do mundo, em que o Brasil tem quinhão privilegiado e onde uma obra manúsica, em verdade, faz a Sociedade Teosófica Brasileira,
instruindo e advertindo o povo sobre o futuro que aguarda os nossos descendentes,
para os quais devemos voltar todo o nosso carinho. Não é por outra razão que
seu lema: “Spes messis in semine” é eloqüentemente afirmado. Não é outra a razão pela
qual se levantou este Movimento, como “Arauto da Nova Era”, ou a “Missão da Sétima
Sub-Raça do Ciclo Áries”.
No
Brasil e no Paraguai, os Tunis e os Guaranis adoravam a Tupã, o grande Deus que
ensinara a seus ancestrais as artes da agricultura e o uso do fogo. Entre os
nossos indígenas, o folclore a respeito de suas divindades primitivas é rico de
poesia e de simbolismo. Tamandaré, o Manu Tupinambá,
cujo mito, posto em letra de fôrma pelo imortal José
de Alencar, mostra, mais uma vez, a uniformidade da história nas crônicas ameríndias,
sobre a vinda de um Manu, um dirigente de raça,
relacionado com um cataclismo pelas águas, que outro não foi senão o da
Atlântida. Conta o índio, bela musa alencarina:
“Foi longe, bem longe dos tempos de agora. As
águas caíram e começaram o cobrir a terra. Os homens
subiram ao alto dos montes; um só ficou na várzea com sua esposa.
Era Tamandaré; forte entre
os fortes; sabia mais que todos. O Senhor falava-lhe de noite; e de dia ele
ensinava aos filhos do tribo o que aprendia do céu.
Quando todos subiram aos
montes, ele disse: - Ficai comigo; fazei como eu e deixai que venha a água.
Os outros não o escutaram;
e foram para o alto; e o deixaram só na várzea com sua
companheira, que não o abandonou.
Tamandaré tomou sua mulher
nos braços e subiu com ela ao olho da palmeira; aí esperou que a água viesse e
passasse, a palmeira dava frutos que os alimentava. A água veio, subiu e
cresceu; o Sol mergulhou e surgiu uma, duas e três
vezes. A terra desapareceu; a árvore desapareceu; a montanha desapareceu.
A água tocou o céu; e o
Senhor mandou então que parasse. O Sol, olhando, só viu céu e água, e entre a
água e o céu, a palmeira que boiava levando Tamandaré e sua companheira.
A corrente cavou a terra;
cavando a terra, arrancou a palmeira, subiu com ela:
subiu
acima do vale, acima da árvore, acima da montanha. Todos morreram. A água tocou
o céu três sóis com três noites; depois baixou; baixou até que descobriu a
terra.
Quando veio o dia,
Tamandaré viu que a palmeira estava plantada no meio da várzea; e ouviu a
avezinha do céu, o guanimbí, que batia as asas.
Desceu com sua companheira e povoou a terra. (Reminiscência do mito de Noé).
Como conseqüência dos cataclismos que destruíram a Atlântida,
determinando as migrações e o aparecimento dos vários Manus
em lugares e épocas diferentes, vemos que grande parte dos habitantes da
Terra é ainda vestígio daquela quarta Raça-Mãe,
compreendendo os chineses, os polinésios, os húngaros, os bascos e os
índios das duas Américas. Estes últimos, caídos em estado de selvagismo.
As
sub-raças da raça Atlante foram:
1. os Romoahal,
povos pastores, que emigraram sob a direção dos reis divinos;
2. os Tlavatli,
de cor amarela, civilização pacífica sob a égide de seus instrutores,
os reis divinos
3. os Toltecas, de çôr avermelhada (escura), belos, de estatura elevada; poderosa
civilização, povo essencialmente guerreiro e colonizador;
4. os Turânios,
raça guerreira e brutal (designados nos antigos documentos
hindus com o nome de Rakshasas);
5. os Semitas, povo
turbulento que deu origem à raça judia, na 5ª raça-mãe;
6. os Acádios, migradores, espalharam-se pela bacia do Mediterrâneo; deram
nascimento aos Pelasgos, Etruscos, Cartagineses, Citas, etc.;
7. os Mongóis,
procedentes dos Turânios, povoaram principalmente o
norte da Ásia.
Essas
sub-raças contribuíram de modo incisivo na formação da quinta raça-mãe, a Ariana,
cuja primeira sub-raça, como foi dito, estabeleceu-se há cerca de 850 mil anos,
ao norte da Índia. Adotou por religião o hinduísmo primitivo, com as Leis do Manu e as Leis das Castas. A segunda, denominada Ario-semítica ou Caldaica,
atravessou o Afeganistão e dispersou-se pelas planícies do Eufrates e da Síria.
Sua religião foi o Sabeísmo; senhores das forças e
dos segredos da alta magia; seus rabinos assombraram o mundo com os “milagres”
que provocaram. A terceira, por nome Irânica,
conduzida pelo primeiro Zoroastro, estabeleceu-se na Pérsia e daí desceu à
Arábia e ao Egito. Sua religião foi o Zoroastrismo, Parsismo
ou Mazdeismo, há mais de 8 mil anos a.C., sub-raça
que estadeou a pureza, com suas cerimônias do Fogo, símbolo do Deus supremo.
Constituída de irânicos moralizados pela palavra
redentora de Zaratrusta, procuravam pautar a vida nos
moldes de uma sublime trilogia: Hu-Matten, Hu-Varsten e Hu-Hukhten,
significando Bons Pensamentos, Boas Palavras e Boa Ações,
que era a essência do Zend-Avesta. Quem a realizasse, passava a ser chamado Ashaven, o
Senhor da Pureza.
A
Céltica, ou quarta sub-raça, conduzida por Orfeu, habitou a Grécia, a Itália, a
França, a Irlanda e a Escócia, constituindo os celebérrimos povos de “Tuatha de Dananda” ou Jinas, devotos de Deus Dan, Djan,
Dzian, Diana ou Djin, que
nas velhas línguas do tronco indo-europeu, turânico e
semita, significava: “o conhecimento obtido pela meditação,
a percepção direta dos nôumenos, etc.”. A mitologia
apresenta Orteu como filho de Eagro
e da musa Calíope. A tradição esotérica o identifica
como Arjuna, filho de Indra
(misticamente) e discípulo de Krishna. Percorreu o
mundo ensinando às nações a sabedoria e as ciências e estabelecendo os
Mistérios. Mesmo a lenda de haver Orfeu perdido sua esposa Eurídice e depois
encontrá-la no Hades, o mundo inferior, sugere outro
ponto de semelhança com a história de Arjuna, que vai
ao Potala (Hades ou Inferno,
mas em realidade aos antípodas ou América), onde encontra a Ulupi,
filha do rei Nâga e se casa com ela. Orfeu, com seu
gênio e espiritual inspiração, deu novo poder ao verbo solar de Apoio, por meio
dos Mistérios de Dionísios.
Já a
quinta sub-raça, chamada Germânica, a cujo declínio assistimos,
emigrando da Europa central, espalhou-se por todo o mundo contemporâneo. Há
milhares de anos atingiu o apogeu de seu desenvolvimento, deixando desse passado
remoto e votivo as tradições que ainda hoje fulguram nos cânticos sublimes dos Eddas, nos Sagas nórdicos e na
linguagem dos símbolos de seu alfabeto sagrado, as “Runas”
que, ao contrário do que pensam os sábios modernos, remontam às eras esquecidas
do esplendor dessa sub-raça. As traições dos Nibelungos
falam de Wottan esculpido num galho do carvalho “Iggdrasil” – a árvore da sabedoria primitiva – as Runas mágicas que lhe deram o domínio sobre as forças da
natureza, quando ele fez a “lança dos pactos”, destacando-a do tronco milenar.
Assistimos
agora o desabrochar da sexta sub-raça, a qual terá o mental (manas) desenvolvido
como veículo da intuição (budi), cujas sementes foram
lançadas na América do Norte pelos Adeptos da Linha Mória
e por Helena Blavatsky. Porém, razões transcendentes,
que ainda não nos é dado divulgar, estão a conduzi-las
para o Planalto Central do Brasil, onde, a 21 DE ABRIL DE 1960, data gloriosa
para o nosso país, assistimos à inauguração de BRASÍLIA , a nova capital,
espetacularmente erigida nas imediações do lugar onde, há milênios, teria
existido a “Cidade dos Telhados Resplandecentes”. O trabalho de fixação desta
sexta sub-raça naquele planalto, será o apoio material
para o advento da espiritual sétima sub-raça no Sistema Geográfico Sul-Mineiro,
que será a portadora do mental (manas) intuição (budi),
como veículos do princípio crístico universal (atmã).
Coroando
o trabalho dos Manus, maiores e menores, os Senhores
da Arvore da Vida, cristalizam-se ciclicamente, tornando-se objetivos e
transmitindo seu verbo através dos Bridas, dos Bodisatvas, dos Adeptos, dos Santos e dos Sábios. Estes, tonificam as almas e aceleram a marcha das civilizações,
empenhando suas forças em dois campos distintos: um, exotérico, agnóstico,
manifesto, que passa a constituir as grandes religiões; o outro, esotérico,
gnóstico e secreto, que inspira os movimentos filosóficos e artísticos, fazendo
vibrar as lutas políticas e sociais.
Além
do Hinduísmo ou Bramanismo e do Zoroastrismo, também chamado Parsismo ou Mazdeismo, já
citados, a história assinala importantes surtos religiosos, alguns mais
teológicos, tais como o Jainisrno, fundado por Rishabhadeva e 28 outros grandes profetas chamados Djinas (conquistadores), que se localizou na Índia; o Budismo,
tão difundido na Índia, na China e no Japão, fundamentado nos ensinamentos do
heróico e sábio príncipe Sidarta, de Kapilavastu,
depois cognominado Gautama, o Buda, 600 anos a.C.; o Cristianismo, surgido na
Palestina mediante o Verbo do Grande Iluminado que foi Jeoshua
Ben Pandira; o Islamismo, fundado a 29 de agosto de
570 por Materna e tendo por base de operações a Arábia e a Síria; e, por fim, o
Sikismo, no século XV da nossa Era, tendo por propagador
o Guru Nanak e nove outros profetas, e ainda, como
palco de seu ensinamentos, a Índia.
Ao
par desse movimento exotérico das religiões, ordens secretas inspiravam, com seu
esoterismo, outros trabalhos de natureza filosófica, política e social. Assim,
é que, orientando a obra de Ram, na Índia, e a epopéia
narrada no Ramaiana, havia a secretíssima
Ordem do “Dragão de Ouro” citada no livro “Sanctum Sanctorum” de Fra Diávolo e trazido a lume numa revelação Jina
da obra póstuma do insigne teósofo Mário Roso de Luna, intitulado “Los Montes
Santos y sus Mistérios”, no qual faz também referência
ao livro “Choan Chin
Chang”, que o mesmo “Dragão de Ouro” escreveu com suas prodigiosas garras.
Quando
os Árias estavam mergulhados na mais profunda noite do obscurantismo da decadência
imperial, despontou nos horizontes daquele torrão indiano, o esplendoroso Sol
Nascente que se chamou Yezeus Krishna,
a fim de restabelecer o mito solar e de restaurar o Império Sinárquico
conspurcado pelos Ionidias decaídos. Não podendo ensinar
ao povo os grandes mistérios e transmitir-lhes as verdades de seu ciclo, criou
a “Ordem dos Traichu-Marutas”, também conhecida com o
nome de “Maçonaria Construtiva dos Três Mundos”. Da sua epopéia ficaram os
ensinamentos narrados no Bhagavad-Gitâ e em outros
episódios do Mahabhârata.
Na
Ásia houve a “Ordem dos Irmãos Asiáticos”; na Pérsia, a dos “Irmãos do Fogo”; na
Caldéia, a dos “Magos”.
No
ano
Obedecendo
ao itinerário pelo qual a humanidade, através das múltiplas etapas evolutivas,
centraliza suas potências máximas de cultura e espiritualidade; no século
Estabeleceram-se
na Baía de Guanabara, numa tentativa iniciática de lançar, em nossas plagas, as
bases para a futura sexta sub-raça, ou seja, preparando o Brasil-Fenício
para o desabrochar do Brasil-Ibero-Ameríndio,
como realmente aconteceu. O imperador Badezir constituiu
dois governos, o temporal, abrangendo todo o norte, desde o Amazonas até a Bahia,
dirigido por ele próprio, e o espiritual, com jurisdição sobre a parte sul, que
se limitando com a parte já citada, estendia-se até onde hoje se denomina Rio
Grande do Sul, o qual era chefiado por seu filho Yetbaal
(o deus branco).
Ora, aconteceu que em épocas remotas, tendo
se fixado em Teresópolis os Gurupiras ou Grupiaras, clã que era guardiã dos mais preciosos tesouros
iniciáticas da civilização atlante, e que tentava, através das sete regiões sagradas
cem os nomes atuais de Barra do Pirai, Marquês de Valença, Paraíba do Sul, São Fideles, Cantagalo, Friburgo e Niterói, redimir a tragédia
dos Rutas (Atlântida), foram perseguidos pelos Caacupés, elementos francamente lunares, cujas
características comprovavam a sua remota origem lemuriana. Fizeram eles, com que o Manu
Mora-Morotim, dos Grupiáras,
abandonasse a região serrana de Itapira, ao lado do Aca-Bangu
(Dedo de Deus), fixando-se às margens do rio Airuoca,
região da fartura, da paz e da felicidade.
O
trabalho do imperador Badezir e de seus filhos, no restabelecimento
desse sistema geográfico, foi interrompido, quando da tessitura espiritual
entre o templo interior da Pedra da Gávea, no atual São Sebastião do Rio de
Janeiro, ex-capital da República, e a capital fluminense, ou seja, Niterói,
termo tupi que faz sonância com o sânscrito Nishtau-ram,
significando “Caminho iluminado pelo Sol”, as forças do mal desencadeando os elementos
do natureza, fizeram soçobrar a barca em que viajavam
os divinos redentores Yetbaal e Yetbaal-bel,
cujo sacrifício transformou a Pedra da Gávea
Passaram-se
os anos. Eis que surge na Índia, tal qual um lótus nasce no pântano imundo, Sáquia-muni, príncipe de Kapilavastu,
chamado Goutama, o Buda, fundador do sistema filosófico
que resultou na constituição da religião que mais adeptos conseguiu
na face da terra. O objetivo do Budismo era libertar o homem da dor e da roda
de Samsara ou dos renascimentos, mediante ensinamentos
que se encontram exotericamente no Mahaiana (o grande
barco) e esotericamente no Hinaiana (o pequeno
barco), suas duas escolas místicas. Combateu a lei das castas, instituída pelos
Brâmanes decadentes, que, transformando a casta sacerdotal em parasita do povo,
reduziu os párias à condição de marginais da evolução. Restabeleceu o
verdadeiro conceito da Lei da Causa e Efeito (carma), e o da transmigração da
alma ou dos renascimentos. Como expressão cíclica do quarto Ishwara.
cuidou da libertação do homem do mundo dos efeitos, e
no aspecto mais culto, teceu a veste Shambogakaica
para a manifestação do quinto Bodisatva – Jeoshua ben Pandira
que seria, na sua expressão cíclica, o quinto Ishwara,
portador da tríade divina: rigor, revolta e esplendor, redentora do trabalho cármico que pesava sobre o anterior e que eram anátema,
tributo e sacrifício.
Assim,
Ele veio. Mas, o advento do Christus Universal, trazendo
também a expressão do sexto Ishwara, de Glória,
Justiça e Amor, tinha sido cíclica e ocultamente incentivado por duas Ordens
Secretas religiosas da Palestina: a dos Irmãos da Pureza e dos Nazar, inspiradas por Polydorus Isurenus e Mama Shaib, com o
objetivo de restaurar na face da terra a sinarquia
universal ou império de Melki-Tzedek.
Consumada
a tragédia, sobraram os paus da cruz, os pregos, o manto inconsútil e a corôo
de espinhos, como relíquias materiais daquele trabalho. No Livro-Síntese do grande
vidente de Patmos – O Apocalipse – temos a herança
espiritual, revelada nas cartas dirigidas aos Dhyan-Choans
(Anjos) das sete Igrejas: de Éfeso, Smyrna, Pérgamo, Tiátira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, circundando a oitava cidade – Jerusalém – onde
se encontrava o Templo dos templos. A disposição dessas localidades formava uma
espiral em torno da cidade luz, que seria o fulcro do grande trabalho cósmico e
terreno. Teria sua expressão espiritual e temporal firmada num trono dual, na
velha Roma-Kapura atlante, naquela época Roma Itálica
fundada por Romulus e Remus,
justamente no dia 21 de abril do ano
A
Obra do quinto Bodisatva não terminou com a tragédia
do Gólgota, pois seus discípulos e fiéis
correligionários prosseguiram na missão de proteger e redimir a humanidade,
dividindo tal obra em duas partes bem distintas: a espiritual e a temporal. A primeira,
sob a direção dos sete Seres ligados a ordens religiosas de valor, com raízes
no mundo dos mortos. Seus principais elementos diretores eram os Veneráveis
José de Arimatéia, Nicodemos e os monges que
guardavam os mistérios do Santo Graal. Eram eles os mentores da Igreja Romana e
conservaram a tradição do quinto Bodisatva na sua pristina pureza. A segunda, temporal, abrangia
exotericamente os assuntos de ordem política, social e religiosa, sob a
orientação da Igreja de Roma, cujo clero, influindo nos monarcas, nobres e
chefes militares, passou a dirigir os povos, tendo o
poder papal conseguido sua unidade Ocidental. Graças ao talento portentoso de
São Paulo, o catolicismo romano consolidou-se na terra, bem assim o poder da
força simbolizado pela espada do imperador Constantino.
As
invasões dos Árabes, dirigidos pelos Califas, e a dos Godos,
Visi-Godos, Mouros, etc., havidas na península
Ibérica, provocaram uma efervescência cultural na Espanha e no resto da Europa.
O neoplatonismo cultuado pelo povo de Mafoma levou novas luzes aos ibéricos. As ciências
helênicas, judaicas, árabes, foram ampliadas pelas druídicas
ali existentes. O velho mundo rejuvenesceu com a circulação da cultura grecoarábica. Córdoba tornou-se o ponto de irradiação desse
novo surto de civilização.
Um
grupo de homens não identificados reunia-se nas proximidades de certo lugar, conhecido
ainda hoje com o nome de São Lourenço dos Anciãos, onde fundaram uma Ordem
ultra-secreta, à qual deram o nome de Ordem dos Mariz (Maria, Mória, Mouros, etc.). Seus raros e seletos filiados
espalharam-se pelo mundo, como membros dó culto de Melki-Tzedek.
As insígnias do Ordem eram uma cruz presa por uma fita
verde e encarnada (cores da bandeira de Portugal).
Com o
predomínio da cultura greco-arábica,
a Igreja Romana foi perdendo o seu poder. Já não possuía mais aquela unidade
ocidental, firmada por São Paulo e Constantino. O ensino das ciências, das
matemáticas, das filosofias, da história e mesmo da teurgia,
era ministrado pelos colégios e pelas academias e escolas greco-euroarábicas, que, no verdade, possuíam
perfeito conhecimento dessas disciplinas. Toda a vida civilizada
concentrava-se, então, nos Impérios Árabe, Muçulmano, Bizantino e Cismático. Tanto os árabes, como es gregos e os judeus conservavam a prática das ciências
e das artes da antiguidade helênica. Os principais centros da cultura eram duas
grandes cidades, localizadas nos dois extremos da Europa :
no oriente, Constantinopla, ornamentada com a residência do Imperador, a do
Patriarca, os tradicionais minaretes, luxuosos
palácios, a Basílica de Santa Sofia e enormes muralhas; no ocidente, era Córdoba,
sede do governo e residência do Califa Árabe, contando meio milhão de habitantes,
600 mesquitas, 21 bairros populosos e possuindo adiantados centros de estudos.
Por
volta do sétimo século, os Reis Francos começaram a perder o poder unitário. Os
condes, os chefes militares, os príncipes e os duque3 passaram a governar à
revelia do poder central. Houve um desmembramento do império e do poder
católico. No século oitavo, ante a decadência dos povos europeus, apareceu
Carlos Magno, empunhando sua poderosa espada, como um grande defensor do poder
papal. Apoiado pela Igreja de Roma e baseado na sua herança, ousa estender seus
tentáculos pelo Orbe. Dominou a França, parte da Espanha, a Itália, a Alemanha
e a Inglaterra, onde pontificara o Rei Artus (nascido
no fim do quinto século) com os célebres doze Cavaleiros da Távola
Redonda e coincidentemente tomando parte em 12 batalhas em favor da coroa real
inglesa. E por falar
O
esplendor de Córdoba, resultado da penetração no Ocidente, da cultura do Islã, cuja
semente fora lançada por Mafoma, bem como o de
Constantinopla, atraíram as vistas ambiciosas do grande imperador Carlos Magno,
que, aproveitando-se da fraqueza militar dos povos em decadência, provocada
pelas invasões periódicas, estendeu seu domínio aos pontos principais da
Europa. irrompeu pelo oriente médio, chegando até às portas
da Índia, onde faleceu.
Seu
trabalho, no entanto, encheu uma época e definiu um símbolo: o de verdadeiro príncipe
dos encantamentos e da “feérie”, com seus Doze Pares
de França – um significado oculto dos 12 signos do Zodíaco. Seu reino é como
uma parada solene e brilhante, entre a barbárie e a idade média; é uma aparição
de majestade e de grandeza, que lembra as pompas do Rei Salomão. Nele, o
Império Romano, passando sobre as ruínas gaulesas e francas, ressurge em todo o
seu esplendor; nele também, como num tipo evocado e realizado por adivinhação,
mostrou-se de antemão o império perfeito das idades da civilização amadurecida,
império coroado pelo sacerdócio e apoiando seu trono contra o altar. Com esse
imperador, tiveram início a “era da valaria” e a
epopéia maravilhosa dos romanos.
Carlos
Magno teria sido dirigido e orientado por Ordens Secretas e Iniciáticas, conhecedoras
dos grandes mistérios da vida humana. Procurou preparar o Itinerário de IO, o
caminho seguido pelas Mônadas ou as Hordas provindas
do Pamir, a fim de derramar, sobre o Ocidente, os
prodigiosos ensinamentos relativos ao Ciclo do Nascimento do Grande Avatara, o Supremo Rei Universal.
A
ação construtiva do islamismo levou Roma a cogitar da organização das Cruzadas.
Partiram da Europa logo após a derrota dos Cristãos pelos Turcos. A Primeira Cruzada
foi enviada ao Oriente Médio sob a chefia de Frederico de Bouillon.
Quando chegam à Ásia Menor tiveram contato com seres de imenso valor
intelectual e espiritual. Grande número de Cruzados inteligentes, preferiu instruir-se ao invés de combater, estupidamente,
por um ideal sem objetivo prático e evolucional. Desses Cruzados de escol saíram
as Ordens de Jerusalém ou do Cristo e a dos Templários.
Os
Templários espalharam-se por toda a Europa. Trabalhavam para a implantação da sinarquia. Possuíam esplêndida organização e visavam dois
fins:
a. constituição do que se poderia chamar Estados Unidos da
Europa;
b. distribuir instrução pública obrigatória e gratuita. O
desenvolvimento dessa Ordem, na Europa, pôs em perigo o poder papal, porque o
número de analfabetos estava diminuindo.
Felipe
IV, “O Belo”, então rei de França, tendo já dissipado tudo o que havia pilhado
aos lombardos e aos judeus, sem conseguir, todavia, a unificação da França tradicional
de Carlos Magno, tentou apossar-se das imensas riquezas dos Templários, originadas dos vencidos nas guerras de religião e de
conquista e de doações que recebiam de príncipes e senhores feudais, pelo
auxilio que prestavam a esses na expansão de seus domínios. Repelido em suas
pretensões pelo papa Bonifácio VIII, cuja bula expedida em 5 de dezembro de
1301, faz queimar em praça pública, convoca o conclave que elege o arcebispo de
Bordeus, Bertrand de Got,
com o nome de Clemente V. Conseguido o “sócio” para a grande
aventura, o novo Pontífice, sem forças para repelir as despudoradas imposições
de Felipe IV, rei de França, consuma o grande crime, expelindo a bula “Ad providam Christi” que sanciona a torpíssima
resolução do concílio de Viana mandando suprimir a Ordem do Templo com a
entrega de todos os seus bens aos “Hospitalários”, Ordem
sem expressão, submissa às imposições do monarca ambicioso e sem escrúpulos.
Possuíam os Templários excepcionais privilégios em Portugal, onde reinava
D.Diniz, rei atilado e previdente que, compreendendo os desígnios do rei de
França em relação ao Templários e a pusilanimidade de
Clemente V, incapaz de se erguer à altura moral de seu predecessor Bonifácio
VIII, criou a Ordem Militar de Cristo, por carta régia de 15 de novembro de
1319, para onde transferiu todos os privilégios e bens materiais dos
Templários, cujos heróicos esforços enaltecia pela ajuda recebida para expulsão
dos mouros das fronteiras de Portugal.
Com a
morte dos chefes templários, inclusive Jacques de Molay,
desapareceu a Ordem do Templo que, fundada no ano de 1118 de nossa era, foi
destruída em 1312. Das suas cinzas surgiram as ordens da “Cruz de Malta”, da
“Cruz de Cristo”, de “Aviz” o
outras que tiveram seu papel em épocas posteriores.
Convém
notar que já no século XI encontramos os Franco
Juizes, da Alemanha, que diziam existir desde a época de Carlos Magno.
Combatiam o Catolicismo e, muitas vezes, levaram a guerra às portas de Roma.
Protegiam as instituições difusoras dos ensinos trazidos pelos Árabes.
Nos
séculos seguintes, intensificando-se a expansão do Islamismo e dos ensinos
árabes que, das Universidades da Espanha iluminavam toda a Europa, libertando o
Espírito Humano do poder do Cura e do poder feudal,
revelou-se a instituição denominada “Monges Construtores”, encarregada das
construções e ornamentações das igrejas e catedrais do Catolicismo. Eram Seres
de grande saber e Iniciados nos grandes mistérios.
Graças
a essa Ordem encontramos em várias igrejas símbolos pagãos, maçons, cabalistas, etc., tendo esculpido as cabeças de certos
bispos e cardeais, disfarçados em demônios, nessas portentosas entradas de
igrejas e catedrais do mesmo Cristianismo, dentre elas a de Notre-Dame,
de Paris. Essa Ordem preparou o ambiente para a vinda dos
ROSA-CRUZES, da Alemanha.
Todas
essas Sociedades formavam uma, vasto núcleo que fazia estremecer, cada vez
mais, a Humanidade, à medida que o poder do Rei se aproximava do absolutismo.
Foi o
momento em que apareceram misteriosos Seres que realizavam curas verdadeiramente
miraculosas; mas que ao invés de pedirem dinheiro, de explorarem o próximo,
ofereciam oiro do mais puro ou verdadeiro; foram os ROSA-CRUZES, cuja História é por demais secreta para ser
aqui revelada. Por isso mesmo, tudo quanto se conhece hoje com esse nome não
passa de mistificação ou mentira.
Seguindo
seu Mestre Fundador, KRISTIAN ROSENKREUTZ, que tentava disseminar na Alemanha
os velhos ensinamentos iniciáticos, baseados nos
princípios eubióticos, a fim de trazer a felicidade
ao povo, os propagadores desse movimento não encontraram eco na mente e no coração
do público e dos nobres. Tendo sido seu fundador muito perseguido, devido à
reforma moral, intelectual e espiritual que procurara implantar entre os povos
da Europa, o movimento falhou, adaptando então seus princípios ao Cristianismo
vigente.
A
FRATERNIDADE ROSA-CRUZ tinha sete discípulos, os quais se espalharam por diversos
pontos da terra. Esses, reuniam-se de vez em quando em
determinada capelinha, próxima de Eifurt, na
Alemanha, de nome “Capelinha do Espírito Santo”.
A
ROSA-CRUZ viveu 120 anos, secretamente. Em 1614 foi publicado, na Europa, seu
primeiro trabalho, em fascículo, cujo nome era “
Nota : Em próximo trabalho dissertaremos sobre a natureza
oculta que as demais Ordens Secretas, a partir do Rosacrucianismo,
pretenderam realizar em relação à América e, principalmente, ao nosso país.
OCULTISMO E TEOSOFIA
Laurentus
Maçons
do Brasil! Maçons de Todas as partes do Globo! Quem vos dirige a palavra é hoje
Teósofo para vos dizer que HIRAM, – o filho da viúva,
ressuscitou... E traz consigo o mais precioso de todos os símbolos, que é o do
excelso TETRAGRAMATON como expressão ideoplástica do
Homem Cósmico que é JEHOVAH!
HIRAM, KUNATON,
CHRISTIAN-ROSENKREUTZ, S. GERMANO! Pouco
importa o nome, pois que “Ele já veio e vós não o reconhecestes”... Mas, em breve, Ele voltará à sua Santa Morada, para fazer jus à
antiga palavra Franco-Maçônica VITRIOL – composta de sete letras com a qual era
formada a frase mais secreta que se conhece, verdadeira “Palavra de Passe”,
cujo sentido real até hoje não foi decifrado, senão por Aqueles que têm o
direito de penetrar no mais sublime de todos os Tabernáculos:
VISITA
INTERIORA TERRAS RECTIFICANDO INVENIES OMNIA LAPIDEM.
JUSTUS ET PERFECTUS